CIGARRO ELETRÔNICO E FUMAR NA GRAVIDEZ E GESTAÇÃO OU SER UM FUMANTE PASSIVO: QUAIS SÃO OS RISCOS PARA GESTANTES, BEBÊS E CRIANÇAS?

  

cigarro eletrônico vaper gestantes (Foto: Getty Images)

(Foto: Getty Images)

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Apesar de proibido no Brasil desde 2009, o cigarro eletrônico tem se tornado cada vez mais popular, especialmente entre jovens e pessoas interessadas em parar de fumar o cigarro tradicional. Entretanto, não há comprovação de que o aparelho, de fato, apresenta menos riscos — principalmente para gestantes, bebês e crianças — quando comparado ao cigarro comum.

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estado Unidos, analisou mais de 3 mil mães recentes dos estados de Oklahoma e Texas. Os resultados constataram que pelo menos mil haviam feito uso de cigarro eletrônico pouco tempo antes, durante ou pouco tempo depois da gravidez. De acordo com o estudo, 45,2% das mães que fizeram uso de cigarro eletrônico durante a gravidez acreditavam que ele poderia ajudar a reduzir ou a parar o consumo do cigarro tradicional.

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) publicou em 2016 uma cartilha com informações acerca do cigarro eletrônico. Ao contrário do que se pensa, esse aparelho não ajuda na diminuição da dependência do cigarro tradicional, já que também contém nicotina. Mesmo os modelos sem a subtância, que só usam o líquido aromatizante, também apresentam riscos, já que o líquido aquecido pode prejudicar as vias aéreas.

Além dos problemas para o usuário, o cigarro eletrônico tem um potencial efeito sobre o feto. Ainda não existem muitos estudos sobre o assunto, mas já é possível afirmar que a nicotina é negativa durante a gravidez. "A nicotina é uma das substâncias que mais causa dependência. Ela tem implicações negativas sobre o feto, principalmente relacionado ao crescimento e à função pulmonar a longo prazo", explica a pediatra Débora Chong, do Departamento Científico de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP).

Ainda que o vapor do cigarro eletrônico não seja tão prejudicial para as crianças quanto a fumaça do cigarro tradicional, o risco de tabagismo passivo — quando um não fumante inala a fumaça gerada por um fumante e é afetado pelos malefícios — é grande. Entretanto, esses não são os maiores problemas. Já foram registrados casos em que a criança, curiosa, consegue acesso ao cigarro eletrônico, quebrando o vidro ou cartucho e tendo contato direto com o líquido da nicotina. "Um acidente como esse gera uma intoxicação agura que pode causar vários problemas gastrointestinais, neurológicos e, em alguns casos mais graves, pode levar à morte", alerta a pediatra.

E nao há fórmula mágica. A uníca forma de evitar esses riscos é interrompendo o uso do cigarro, ao menos ao longo da gravidez e no período após o parto!

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2019/06/cigarro-eletronico-pode-ser-prejudicial-para-gestantes-bebes-e-criancas-afirma-estudo.html

Mais de 50 crianças, menores de 4 anos, já consumiram cigarro eletrônico na Austrália, segundo ministro

O Ministro da Saúde da Austrália, Mark Butler, quer controles mais rígidos para importação e fiscalização de vapes (cigarros eletrônicos), depois que o uso explodiu e há vários vídeos envolvendo crianças. Entenda;

Por Crescer Online

24/03/2023 13h09  Atualizado há 9 meses

Cigarros eletrônicos com embalagem de unicórnios cor-de-rosa, de desenho animado, sabor de chiclete, morango, tutti frutti... Também conhecidos como vapes, eles invadiram mercados no mundo todo e, embora vários estudos mostraram o quanto fazem mal à saúde, com casos até de morte, recentemente vídeos de crianças sendo estimuladas a usar vapes, que é proibido para adultos e crianças, estão circulando pela internet.

Cigarro eletrônico é proibido no Brasil — Foto: Crescer
Cigarro eletrônico é proibido no Brasil — Foto: Crescer

O ministro da saúde da Austrália, Mark Butler, acredita que os cigarros eletrônicos são um problema comportamental nas escolas de todo país e que será preciso medidas mais severas para barrar esta indústria. Não só ele, mas outros políticos da Austrália, estão pedindo controles de importação e fiscalização mais rigorosos, depois que o uso de cigarros eletrônicos explodiu nos últimos anos, com o mercado praticamente sem regulamentação.

Segundo informou o Kidspot, apesar das mudanças nas regras no ano passado, que tornaram os vaporizadores de nicotina disponíveis apenas com receita, surgiu um mercado paralelo, voltado principalmente para as crianças. Butler disse que os produtos com “unicórnios cor-de-rosa, sabor de chiclete e outros” estavam causando “danos muito reais às crianças” e ameaçavam desfazer todo o trabalho árduo para acabar com as taxas de tabagismo no país. “Nos últimos 12 meses, os pais de mais de 50 crianças com menos de 4 anos tiveram que ser denunciadas por causa da ingestão perigosa de nicotina dos vapes”, disse ele à ABC Radio.

“Este é agora o maior problema comportamental nas escolas primárias. Esta é uma indústria de marketing descarada, não apenas para adolescentes, mas para crianças pequenas. Quando você olha para essas coisas, unicórnios cor-de-rosa e sabores de chiclete, sabe que não estão querendo atingir só adultos. Essa é uma indústria que está tentando criar uma nova geração de viciados em nicotina, para que eles driblem todo o trabalho árduo que nosso país e outros países fizeram nas últimas décadas para erradicar o tabagismo”, observa.

Ele citou o exemplo de uma criança “muito jovem” que foi encontrada com um vape em seu estojo, que parecia um marcador de texto. No início deste mês, um bebê de 11 meses foi obrigado a chupar e inalar um vape, em um vídeo postado online. No vídeo, o menino de Nova Gales do Sul, estado australiano, pode ser visto lutando para respirar enquanto está apoiado no colo de sua mãe adolescente, enquanto as pessoas ao seu redor riem e dizem: “está tudo bem, Bubba”. Um vídeo anterior compartilhado online mostrava uma mulher perguntando ao bebê: “quer experimentar?”, antes dela colocar o vape na boca da criança.

Dias depois, surgiram mais vídeos online de uma menina do sul da Austrália fumando ao lado de um parente. No primeiro vídeo, o bebê soprou fumaça para a câmera; enquanto no segundo a criança recebe o vape, inala e exala.

Cigarro eletrônico pode levar à morte

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) e Conselho Federal de Medicina (CFM), o uso do cigarro eletrônico, em qualquer faixa etária, traz graves prejuízos para a saúde individual e coletiva. Em um comunicado, a SBP explica que trabalhos científicos e relatos apontam inúmeros casos de pessoas que desenvolveram doenças em decorrência dessa prática. "O cigarro eletrônico possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte", diz comunicado. Vale lembrar que de acordo com a Resolução nº 46, de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibida a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, entre eles o cigarro eletrônico no Brasil. De acordo com a Anvisa, estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.


Fonte:https://revistacrescer.globo.com/fique-por-dentro/noticia/2023/03/mais-de-50-criancas-menores-de-4-anos-ja-consumiram-cigarro-eletronico-na-australia-segundo-ministro.ghtml

Mãe faz apelo para medidas eficazes contra cigarro eletrônico, após encontrar um vape na mochila da filha de 12 anos

Por Crescer Online

24/02/2023 10h28  Atualizado há 10 meses

O número de crianças e adolescentes, de 11 a 17 anos, que consomem cigarro eletrônico aumentou de 4% para 7%, segundo pesquisa realizada na Grã-Bretanha, em 2020. Especialistas acreditam que este número deve ter aumentado ainda mais nos últimos meses, porque há um “boom” de casos de crianças e adolescentes usando o famoso vape, como é conhecido. O dispositivo é acionado por bateria que esquenta um líquido que contém diversas substâncias químicas, entre elas a nicotina, que faz mal à saúde. Já existem casos de pessoas que morreram ao fumar o cigarro eletrônico.

Sarah ficou indignada por encontrar vape na mochila da filha — Foto: Reprodução 7News
Sarah ficou indignada por encontrar vape na mochila da filha — Foto: Reprodução 7News

Sarah, mãe de três filhos de Perth, na Austrália, revelou em entrevista ao 7News, que ficou absolutamente horrorizada quando encontrou na mochila da escola da filha, de 12 anos, um cigarro eletrônico. “Honestamente, fiquei indignada porque acho que agora o consumo de vape explodiu completamente. Nós, até certo ponto, deixamos isso acontecer", disse. Segundo Sarah, a filha disse que havia conseguido o cigarro eletrônico com alguém na escola e estava fumando já por um tempo. “Há uma urgência real nisso porque são muitas crianças e adolescentes que estão consumindo esta porcaria que mata”, falou indignada.

À medida que a epidemia de cigarro eletrônico aumenta, a mãe implorou por apoio dos pais e do governo para lidar com o problema. Segundo ela, é preciso medidas mais eficazes e urgentes para brecar o consumo, principalmente nesta faixa etária.

De acordo com pesquisa feita pelo Alcohol and Droug Foundation, entidade australiana, 14% dos jovens de 12 a 17 anos já experimentaram um cigarro eletrônico.

Cigarro eletrônico pode levar à morte

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) e Conselho Federal de Medicina (CFM), o uso do cigarro eletrônico, em qualquer faixa etária, traz graves prejuízos para a saúde individual e coletiva. Em um comunicado, a SBP explica que trabalhos científicos e relatos apontam inúmeros casos de pessoas que desenvolveram doenças em decorrência dessa prática. "O cigarro eletrônico possui altos índices de nicotina e de outras substâncias nocivas em sua composição, causa dependência química e pode levar milhões de pessoas ao adoecimento e à morte", diz comunicado.


Fonte:https://revistacrescer.globo.com/pre-adolescentes/saude/noticia/2023/02/mae-faz-apelo-para-medidas-eficazes-contra-cigarro-eletronico-apos-encontrar-um-vape-na-mochila-da-filha-de-12-anos.ghtml

Cigarros eletrônicos: a perigosa nova onda que seu filho não precisa entrar

Meninos e meninas que provavelmente nunca fumariam hoje são estimulados a consumir vapes, que escondem uma série de efeitos colaterais que podem ser maiores que os cigarros convencionais


15/06/2023 14h27  Atualizado há 6 meses


Cigarros eletrônicos, e-cigar, vape ou simplesmente vaporizador têm seu uso cada vez mais disseminado no país, especialmente entre os adolescentes e jovens, trazendo enorme preocupação para a saúde de todos.

Mesmo tendo sua comercialização proibida no Brasil, é facilmente adquirido em lojas ou pela internet, o que cria uma falsa percepção de segurança, de alternativa para reduzir o uso do tabaco, mas, na verdade, seus riscos são ainda maiores. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o uso do cigarro eletrônico aumenta em mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro.


Embora isentos de alcatrão, a concentração de nicotina nos dispositivos é cerca de três vezes maior que nos cigarros convencionais, além da presença de vários outras substâncias nocivas, que podem causar lesões pulmonares e síndrome respiratória aguda, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), câncer de pulmão, aumento de crises de asma e 42% mais chance de ter infarto agudo do miocárdio, por exemplo.


Levamos décadas, por meio de intensas campanhas contra o tabagismo, desconstruindo a criminosa imagem criada da associação entre o cigarro e o sucesso, a fama, homens maduros e mulheres sensuais. Chegamos a taxas de menos de 10% de fumantes entre os maiores de 15 anos de idade no Brasil. Corremos o risco de vermos todas essas conquistas se perderem.

Infelizmente, são os adolescentes as principais vítimas dessa propaganda enganosa, já que garantem aos produtores um enorme tempo de uso do viciante produto. Meninos e meninas que provavelmente nunca fumariam hoje são estimulados a consumir este perigoso e disseminado produto, uma verdadeira epidemia.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelou que, em 2019, 16,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, sendo quem 13,6% tinham entre 13 e 15 anos e 22,7% entre 16 e 17 anos.

Todas as fumaças são prejudiciais. Cuide bem da sua saúde e não se deixe enganar!

Renato Kfouri é pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mestre pela UNIFESP — Foto: Divulgação
Renato Kfouri é pediatra infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Mestre pela UNIFESP — Foto: Divulgação
Fonte:https://revistacrescer.globo.com/colunistas/renato-kfouri-saude-infantil-360/coluna/2023/06/cigarros-eletronicos-a-perigosa-nova-onda-que-seu-filho-nao-precisa-entrar.ghtml

 

grávida fumante (Foto: Thinkstock)
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Você sabia que 87% das fumantes que engravidam não abrem mão do cigarro durante a gestação? Se este dado, por si só, assusta, o cenário se agrava ainda mais ao incluirmos as mulheres que até conseguem dar uma pausa no vício, mas o retomam em até seis meses após o parto, elevando a estatística para 94%. Para a enfermeira especialista em saúde coletiva e desenvolvimento infantil Anna Chiesa, da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (SP), a dificuldade de se livrar do cigarro se deve, em parte, à falta de incentivo e políticas antifumo no país. “Durante o pré-natal, os profissionais não alertam as gestantes sobre a gravidade do hábito nem apresentamos recursos disponíveis para abandoná-lo.”

E quem geralmente volta a fumar depois de dar à luz o faz por causa do peso. Segundo a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (SP), o tabaco inibe o apetite, levando ao emagrecimento. Por isso, algumas mães recorrem a ele para recuperar a forma, abrindo precedente para outros problemas sérios.

Bebê em risco

* Na barriga: mãe e filho compartilham a circulação sanguínea, portanto, a criança fica exposta à nicotina. A substância tem a capacidade de diminuir o calibre das artérias responsáveis por levar nutrientes e oxigênio ao feto, retardando, assim, seu crescimento e favorecendo malformações congênitas, como lábio leporino, além de complicações digestivas e respiratórias.

* Recém–nascido: o contato coma fumaça ou o ambiente de um fumante pode levar a criança a ter infecções nas vias aéreas, diminuição da capacidade pulmonar e outras doenças respiratórias, além de elevar o risco demorte súbita. Para a mãe que amamenta e fuma, o bebê será exposto à nicotina por meio do leite materno.

QUERO ENGRAVIDAR
Procure ajuda para abandonar o vício antes de tentar a concepção. Os métodos mais eficazes de combate ao fumo são medicamentos proibidos para quem espera um filho.

ESTAVA GRÁVIDA E NÃO SABIA!
Não é preciso entrar em pânico. Os riscos que o tabaco promove ao feto são cumulativos e dependem da quantidade de cigarros. Mas, assim que descobrir a gestação, informe seu médico sobre o vício.

E AGORA, O QUE FAÇO?
1. Consulte seu obstetra, que irá avaliar o grau do vício e definir o tratamento.
2. Busque ajuda psicológica para entender a raiz do problema – como estresse e ansiedade, por exemplo.
3. Procure um grupo de apoio.
4. Abra o jogo com sua família e companheiro, sem omitir o desejo de fumar, por temer o  julgamento deles.
5. Questione seu médico a respeito da segurança e eficácia de métodos como goma de mascar de nicotina.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2016/05/gravidas-fumantes-os-maleficios-do-tabagismo-na-gestacao.html

Gravidez: cigarro eletrônico pode retardar desenvolvimento do bebê, diz estudo

Apesar de serem considerados uma alternativa mais segura ao fumo, cientistas afirmam que podem conter nicotina, que é conhecida por retardar o desenvolvimento dos bebês

Muitas pessoas, inclusive gestantes, tem recorrido ao cigarro eletrônico por acreditar que eles são menos prejudiciais, pois, apesar de ainda conterem nicotina, eles não produzem toxinas como o monóxido de carbono. No entanto, testes feitos por especialistas da Durham University, na Inglaterra, apontam que os efeitos são tão ruins após a vaporização quanto após fumar cigarros convencionais. E mais, os efeitos negativos são estendidos aos bebês de mulheres que usaram o cigarro eletrônico durante a gravidez. 

De modo geral, o peso ao nascer, o período de gestação e o perímetro cefálico dos bebês não diferiram entre aqueles cujas mães fumaram e-cigarros durante a gravidez e aqueles que não fumaram. Em comparação, bebês de mães que fumaram cigarros tradicionais durante a gravidez tiveram peso ao nascer e perímetro cefálico significativamente mais baixos. Mas os bebês expostos à nicotina no útero — tanto de cigarros quanto de vapor — tinham um número maior de reflexos primitivos anormais. Eles também foram um pouco menos capazes de se autorregular em comparação com os bebês de não fumantes, influenciando o quão consoláveis ​​eles são após chorar, habilidades de auto-acalmar e movimentos de mão-boca. Bebês com menos habilidades de autorregulação costumam ser mais irritáveis ​​e têm dificuldade em se consolar ou serem consolados por outras pessoas. O estudo também descobriu que maiores quantidades de nicotina se correlacionavam com a redução da maturidade motora em bebês, como o quão flexível ou rígido um bebê é quando segurado.

O estudo, publicado na revista E Clinical Medicine, analisou os resultados neurocomportamentais de mais de 80 bebês de um mês nascidos com pelo menos 37 semanas de gravidez. A coorte incluiu 44 filhos de mães que não fumaram durante a gravidez, 29 que fumaram cigarros e dez que fumaram e-cigarros. Essa é a primeira pesquisa conhecida sobre os efeitos da exposição pré-natal à nicotina em bebês. Apesar do pequeno tamanho da amostra, os pesquisadores sugerem que suas descobertas são uma indicação robusta de que a exposição à nicotina por fumar cigarros eletrônicos pode retardar o desenvolvimento do feto.

"A nicotina pode causar efeitos negativos generalizados no sistema nervoso central, afetando subsequentemente o desenvolvimento do cérebro, com estudos em animais indicando os efeitos devastadores no cérebro. Embora os e-cigarros possam expor a mãe a menos toxinas do que os cigarros, dada a quantidade descontrolada de nicotina no consumo de e-cigarros e os efeitos no feto que podem ser vistos após o nascimento, não acreditamos que as mães devam ser encorajadas usar cigarros eletrônicos durante a gravidez", disse a autora principal do estudo, Suzanne Froggatt. "As mães não devem ser incentivadas a usar cigarros eletrônicos durante a gravidez. Os formuladores de políticas de saúde pública precisam estar cientes de que o uso de cigarros eletrônicos não é isento de riscos", reforçou a co-autora do estudo, Professora Nadja Reissland. 

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2020/10/gravidez-cigarro-eletronico-pode-retardar-desenvolvimento-do-bebe-diz-estudo.html

pesquisa mostra efeito de fumar durante a gravidez (Foto: divulgação)

pesquisa mostra efeito de fumar durante a gravidez (Foto: divulgação)


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Fumar durante a gestação causa má formação placentária e aumenta a chance de o bebê nascer antes do tempo e com baixo peso. Para a mulher, o risco é de ter trombose venosa profunda – o que pode levar à morte. Tudo isso, a ciência já sabia. Agora, um novo estudo mostra, por meio do ultrassom (clique na imagem para ampliar a foto), o comportamento do feto de mães que fumam e reforça o alerta para que as mulheres tentem parar durante o período.

Novas descobertas

Uma pesquisa das universidades de Durham e Lancaster, no Reino Unido, revelou que os efeitos nocivos do fumo durante a gravidez podem ser vistos no rosto do bebê por meio de ultrassom 4D.

parar de fumar na gravidez evita efeitos nocivos ao feto e à mãe  (Foto: thinkstock)

Observando as imagens, os pesquisadores descobriram que os fetos das fumantes tocavam na própria boca um número de vezes significantemente maior, em comparação com os das mulheres que não fumam.

Os cientistas acreditam que isso acontece porque, quando a mulher fuma, o sistema nervoso central do feto não se desenvolve como deveria – e essa parte é justamente a responsável por controlar os movimentos da face e do corpo.

O esperado é que, conforme o avanço da gestação, os bebês criem habilidade para executar outros movimentos, mais complexos. No entanto, os pesquisadores perceberam que essa evolução leva um tempo maior para acontecer no caso dos fetos das grávidas fumantes.

Detalhes do estudo

Foram analisados 80 exames de ultrassom 4D referentes a 20 fetos de 24 a 36 semanas. Desse total, quatro gestantes fumavam uma média de 14 cigarros por dia, e as outras 16 não eram fumantes.

Os autores do estudo salientam que ainda são necessárias pesquisas mais amplas para que os resultados se confirmem.

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2015/03/fumar-na-gravidez-efeitos-podem-ser-vistos-ja-no-ultrassom.html

cigarro; tabagismo; fumo; fumo passivo (Foto: Thinkstock)

  • ANDRESSA BASILIO
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A partir desta quarta-feira, 3 de dezembro, fumar em ambientes fechados de uso coletivo fica proibido em todo o Brasil. Alguns estados já contavam com regras próprias antitabagismo, mas com a vigência da Lei 12.546, o veto passa a valer em todo o território nacional. A notícia é positiva para a saúde da população em geral, mas principalmente para os bebês que ainda estão dentro da barriga, mesmo nos casos em que a gestante apenas convive com fumantes. Isso porque as substâncias presentes no cigarro não se dissipam com a primeira corrente de ar que passa através da janela. Pelo contrário, permanecem na pele, nas roupas e no cabelo e até nos móveis da casa. Os efeitos podem ser mais intensos para crianças em formação do que para a mãe exposta à fumaça. Isso por que as partículas podem causar o estreitamento dos vasos na região da placenta, o que diminui o fluxo sanguíneo e restringe a passagem de nutrientes, prejudicando o crescimento fetal. Há estudos que acusam malformação, embora ainda haja necessidade de mais pesquisas nesse sentido.

De acordo com dados apresentados no Women’s Health Initiative (WHI), projeto que mapeia a saúde feminina nos Estados Unidos, as mulheres expostas à fumaça do tabaco têm ainda risco aumentado de complicações na gravidez, incluindo aborto espontâneo, morte fetal e gravidez ectópica (fora da cavidade uterina). Para cada complicação da gestação, o risco varia de 17% a 61% em mulheres expostas ao cigarro, seja durante a infância, em casa ou no trabalho.

A fumaça dentro de casa


Um artigo publicado na revista Pediatrics, jornal oficial da Academia Americana de Pediatria, apresentou uma revisão de estudos que mostram que o pai do bebê é a primeira fonte de fumaça do cigarro, seguido pelos colegas de trabalho. De acordo com Jo Leonardi-Bee, uma das autoras do estudo, parar de fumar deveria ser um pré-requisito antes mesmo de a mulher engravidar, já que o cigarro afeta a qualidade do esperma do homem.

A norma também extingue os fumódromos e acaba com a possibilidade de propaganda comercial de cigarros até mesmo nos pontos de venda. Os produtos podem ser expostos somente quando acompanhados por mensagens sobre os males provocados pelo fumo. Além disso, os fabricantes vão ter de aumentar os espaços para os avisos sobre os danos causados pelo tabaco. Agora, eles devem aparecer em 100% da face posterior das embalagens e de uma de suas laterais.

Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, em áreas abertas de estádios de futebol, em vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções também estão cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar, caso isso faça parte do ritual.

A melhora de efeitos em fumantes passivos ainda não foi medida por aqui. Porém, uma revisão de 14 estudos online feitos em várias cidades dos Estados Unidos mostrou que legislações antifumo foram associadas com reduções na prematuridade e atendimento hospitalares por asma em crianças. A notícia é boa, mas, antes de medidas políticas, é necessário maior conscientização da população fumante com a percepção de que eles podem tornar não só suas vidas mais saudáveis, mas também as vidas daqueles que amam.

Fontes: Rossana Pulcineli, professora do departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP); Fátima Rodrigues Fernandes, alergoalergista e pediatra da Escola Paulista de Medicina.

https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/Saude/noticia/2014/04/por-que-o-fumo-passivo-e-tao-prejudicial-gravidas-e-criancas.html

cigarro-fumaca (Foto: shutterstock)
  • ANDRESSA BASILIO
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Se você é do tipo que não consegue largar o cigarro, mesmo perto do seu filho, é hora de ler essa reportagem. Há muito se descobriu que o fumante passivo, aquele que aspira a fumaça do cigarro de outra pessoa, desenvolve tantos problemas de saúde quanto os tradicionais fumantes. Isso quer dizer que basta que apenas um dos pais tenha o vício para que a criança carregue consequências ao longo da vida.

As estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que uma em cada quatro crianças brasileiras estão expostas aos efeitos nocivos do cigarro dentro de casa. O dado é ainda mais preocupante pelo fato de que o fumante passivo corre, na verdade, mais riscos do que o ativo, já que a fumaça do cigarro contém concentrações maiores de nicotina e outras substâncias tóxicas em relação à tragada dada pelo fumante. E, não adianta fumar em um quarto onde a criança não esteja ou, mais comum, no quintal de casa. As substâncias não se dissipam com o ar, pelo contrário, elas permanecem na pele, nas roupas, no cabelo e podem ser passadas para as outras pessoas.

As infecções respiratórias estão no topo das causas de morte por fumo passivo, mas existem outras complicações que o cigarro pode trazer. Separamos cinco delas para você se informar e aproveitar a chegada do próximo ano para repensar nos velhos hábitos. Confira:

- Perda da capacidade auditiva
Um levantamento recente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa (SP) descobriu, ao analisar 145 estudantes de 8 a 10 anos, que os alunos cujos pais eram fumantes (41% dos analisados) tinham maior risco de perdas de audição. A fonoaudióloga Alessandra Durante, uma das autoras, conta que a nicotina causa falta de oxigenação nas células auditivas, que adoecem e morrem. Em longo prazo, isso pode significar diminuição na capacidade auditiva da criança. “Essa perda não significa necessariamente surdez, mas pode afetar a maneira como a criança processa a informação. Em sala de aula, por exemplo, um aluno com essas condições pode ter dificuldade de prestar atenção no que a professora fala se houver outros ruídos ao fundo”, explica a especialista.

- Agressividade e isolamento social
Quanto mais cedo a criança é exposta à fumaça do cigarro, maiores são as chances de desenvolver problemas de comportamento, como agressividade e isolamento social. É o que diz um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, que analisou dados de 2.055 crianças do nascimento aos 10 anos, além de informações de pais fumantes e o do comportamento em sala de aula. Os pesquisadores acreditam que as estatísticas provem que é possível atribuir uma relação causa e consequência, como explica a psicoeducadora Linda Pagani, uma das autoras. “Nós sabemos que o período do pós-nascimento é muito importante para a formação do cérebro. A exposição aos agentes nocivos da fumaça retarda o crescimento do cérebro e podem alterar as características neurológicas”.

- Doenças do coração
Se você ou seu companheiro fumam dentro de casa, o coração do seu filho sente. Esse foi um dos temas abordados no Congresso Anual de Cardiologia, que aconteceu nos Estados Unidos em março de 2013. Um dos estudos apresentados mostrou que adultos de 40 a 80 anos que tiveram contato com cigarro de forma passiva na infância ou juventude eram mais propensos a sofrer um ataque do coração. Isso porque o tabaco forma placas nas artérias coronárias que, com o tempo, danificam a região e podem levar ao ataque cardíaco. Isso sem contar em outras consequências que podem aparecer por conta da fumaça tóxica, entre elas, o diabetes, colesterol alto e hipertensão.

- Mais faltas na escola
Cientistas do Hospital Infantil da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que crianças que convivem com pais fumantes são mais propensas a sofrer com doenças respiratórias. Em época escolar, essas complicações, como rinite ou asma, podem levar a quatro vezes mais faltas na escola, de acordo com a pesquisa. “As crianças tendem a ter mais infecções respiratórias, consultas médicas, atendimento de emergências e internações hospitalares, por isso, se ausentam de boa parte das aulas”, defende Frank Gilliland, um dos pesquisadores.

- Sintomas de dependência
Nove instituições canadenses assinam esse estudo publicado no periódico Addictive Behaviors. Cerca de 1.800 crianças foram avaliadas e as conclusões apontaram que 5% daquelas cujos pais fumavam em casa ou no carro enquanto elas estavam junto relatavam, mesmo sem nunca ter colocado um cigarro na boca, sintomas típicos da dependência de nicotina, como humor deprimido, dificuldade para dormir, irritabilidade, ansiedade, inquietação, dificuldade de concentração e aumento de apetite.

Depois de todos esses perigos, é melhor não acender mais nenhum, certo?

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Saude/noticia/2013/12/fumo-passivo-veja-cinco-perigos-que-o-seu-cigarro-pode-causar-criancas.html

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