MÃE SALVA RECÉM-NASCIDA DE ENGASGO USANDO A MANOBRA DE HEIMLICH, EM OUTRO VÍDEO MÉDICO SOCORRE FILHO


O chá aconteceu em julho e Laura nasceu pouco mais de um mês depois — Foto: Arquivo pessoal
O chá aconteceu em julho e Laura nasceu pouco mais de um mês depois — Foto: Arquivo pessoal

Mãe salva recém-nascida de engasgo após aprender manobra em chá de bebê

Izabella aprendeu as manobras de desengasgo no chá de bebê da filha, Laura. Ela só não imaginava que teria que colocá-las em prática tão rapidamente — apenas três dias após o nascimento da menina. "É uma prática tão simples e tão rápida, mas que pode salvar a vida de uma criança", disse a mãe, em entrevista. 

Por Sabrina Ongaratto

22/09/2023 09h41  Atualizado há um mês


Durante o chá de bebê da filha, a empresária Izabella Barreto, 29 anos, do Rio de Janeiro, e a companheira, Isabelle, participaram de uma breve aula de primeiros socorros, ministrada pelo primo, Daniel Veiga, que é instrutor e idealizador do Dicas Q Salvam Vidas (@dicasqsalvamvidas). "O meu primo tem um projeto em que ensina sobre práticas de primeiros socorros. Ele estava no chá de bebê e, em um momento, perguntou se eu permitia que ele desse uma pequena aula sobre como agir em uma situação de engasgo com crianças, e eu, claro, permiti. Ele fez o treinamento com a gente — comigo e com minha esposa", conta.


A empresária disse que no terceiro dia após o parto, a produção de leite estava muito irregular. "O corpo ainda não sabe qual é a demanda do bebê, então eu estava com muito, muito leite. E ela, ainda sem saber mamar direito, engasgava muito. Toda vez que ela vinha para o peito, engasgava. Ainda na maternidade, ela engasgou e a pediatra, que estava junto, colocou sentadinha e ela desengasgou sozinha. Depois disso, aconteceram outras vezes, eu fiz o mesmo e funcionou. Nesse dia, eu estava sozinha no quarto e ela engasgou muito feio. Eu a coloquei sentadinha e ela continuava engasgada. Eu via que ela não estava com ar e, como o que a pediatra fez não estava adiantando, lembrei na hora da manobra — coloquei ela de bruços na minha mão, inclinada para frente, dei os tapinhas nas costas e, na hora, ela desengasgou. Tem toda uma técnica e, por mais que estivesse nervosa, consegui fazer tudo o que precisava ser feito. Minha esposa entrou no quarto e só lembro dela dizendo: 'Isso, muito bem'. Deu tudo certo, foi muito rápido. Ela desengasgou e voltou a mamar normalmente", disse.

"Eu diria para os pais se informarem e buscarem aprender, pois são manobras simples, mas que podem fazer toda diferença no dia a dia. A gente não sabe o que pode acontecer na rotina com um bebê. Às vezes, a gente acha que tem controle da situação, mas se eu não tivesse feito essa aula com meu primo no dia do chá de bebê, muito provavelmente ela teria ficado engasgada e eu não saberia o que fazer. Foram cinco minutos de conhecimento que vou levar pra vida", completou.

Manobras de desengasgo

Em entrevista à CRESCER, Daniel disse que o chá de bebê é uma "oportunidade incrível" para compartilhar conhecimentos importantes sobre como lidar com engasgos. "Isso ajuda futuros pais, familiares e amigos a estarem preparados para agir em situações de emergência e proteger os recém-nascidos", afirmou.

Daniel deu uma aula sobre desengasgo para as futuras mamães no chá de bebê — Foto: Arquivo pessoal
Daniel deu uma aula sobre desengasgo para as futuras mamães no chá de bebê — Foto: Arquivo pessoal

"Infelizmente, muitas pessoas não têm conhecimento adequado sobre primeiros socorros. Ou, quando sabem, são crenças populares, como sacudir o bebê para desengasgar, o que pode ser perigoso. Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria de 2022 relatam que aproximadamente 15 bebês perdem a vida todos os dias, engasgados. Precisamos mudar essa realidade", defendeu. Segundo ele, qualquer pessoa é capaz de realizar a manobra, desde que tenha conhecimento adequado. "Não é necessário ser um profissional de saúde para aprender e aplicar as técnicas básicas. Uma prova concreta disso é que pais, mães, professores e outras pessoas já ajudaram a salvar vidas, aplicando o conhecimento que nós ensinamos. Até hoje, temos o incrível registro de 11 vidas salvas, reforçando o quanto é vital que todos estejam preparados para agir com habilidades de primeiros socorros", afirmou.

E finalizou alertando: "Uma dica valiosa para quem vai ter filhos é buscar aprender sobre primeiros socorros por meio de livro ou curso, para estar preparado em caso de emergências. E para quem já é pai ou mãe, é importante verificar se a escola do seu filho está de acordo com a Lei Federa 13.722/18 conhecida como Lei Lucas, que obriga as instituições a capacitarem professores e funcionários em Primeiros Socorros, garantindo a segurança das crianças".

Manobra de Heimlich

Caso suspeite que uma criança engasgou, em primeiro lugar, peça ajuda às pessoas ao redor. Na sequência, ligue para o serviço de emergência (SAMU 192) ou para os bombeiros (193). O profissional de saúde poderá orientar o primeiro atendimento à distância, enquanto o resgate não chega. A boa notícia é que, na maioria dos casos, as crianças conseguem desobstruir as vias respiratórias sozinhas ou com uma simples intervenção dos adultos, como golpes com as mãos nas costas, no caso dos maiores, por exemplo. Porém, quando o engasgo não se resolve de imediato, há necessidade de agir rápido, com manobras específicas (clique e veja o passo a passo).

Confira, abaixo, como é feita a Manobra de Heimlich:

Em crianças acima de 2 anos
1) Posicione-se atrás da criança, sendo que ela fica de pé e o adulto ajoelhado.
2) Abrace a criança e apoie uma mão fechada na altura do estômago e a outra mão aberta apoiada sobre a mão fechada.

Em bebês:
1) Coloque o bebê de bruços apoiado no antebraço e com a cabeça virada para baixo.
2) Dê cinco tapas no meio das costas e entre os ombros não muito fortes
3) Se o engasgo persistir, o bebê deve ser virado de barriga para cima, sobre o outro antebraço, pressionando cinco vezes com os dois dedos indicadores no meio do peito do bebê, entre os dois mamilos.
4) Caso chore, vomite ou tussa, é sinal que conseguiu desengasgar. Se continuar engasgado, repita o procedimento até que consiga desengasgar.

Entre os vilões do engasgo na infância estão balas e pirulitos, pipoca, amendoim e feijão, frutas e vegetais, peixes e carnes, leite e outros líquidos, bexigas, pilhas e baterias, moeda, botão e brinquedos.


Fonte:https://revistacrescer.globo.com/bebes/saude/noticia/2023/09/mae-salva-recem-nascida-de-engasgo-apos-aprender-manobra-em-cha-de-bebe.ghtml


  • GIOVANNA FORCIONI
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    PRD Saúde Ed. 333 Em caso de engasgo (Foto: Getty Images)

    Frutas pequenas e redondas devem ser partidas antes de ser oferecidas para as crianças pequenas (Foto: Getty Images)

    Mesmo tomando todos os cuidados e evitando que a criança tenha acesso a pequenos objetos, os engasgos podem acontecer na hora da mamada, das refeições, de uma brincadeira… Apesar de ser uma situação delicada, é importante respirar fundo e manter a calma.

    Engasgos leves, quando a criança ou o bebê continuam rosados e conseguem respirar ou chorar, não são tão graves assim, nem exigem manobras ou qualquer outro tipo de intervenção. A pediatra Francielli Tosatti, especialista em emergências médicas (SP), dá dicas de como agir em caso de asfixia, quando a criança não consegue respirar.

    O que fazer

    - Manter a calma, sempre
    - Checar se a criança consegue tossir, chorar ou respirar
    - Ir para o hospital ou acionar o serviço de emergência imediatamente
    - Aplicar a manobra de Heimlich, caso a criança não
    consiga respirar de jeito nenhum. Antecipe-se e aprenda com o pediatra, o quanto antes, a melhor maneira de realizá-la, dependendo do tamanho e da idade do seu filho.

    O que não fazer

    - Chacoalhar ou bater nas costas da criança
    - Usar os dedos para tentar tirar o objeto da garganta
    - Oferecer água ou outros líquidos

    Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Saude/noticia/2021/10/o-que-fazer-e-o-que-nao-fazer-em-caso-de-engasgo.html?

    • NAÍMA SALEH
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    Izabella, que estava grávida da primeira filha do casal, só não imaginava que colocaria o aprendizado em prática tão rapidamente. "Foi muito importante, pois com apenas três dias, eu precisei fazer a manobra nela", lembra a mãe. "Ela nasceu um pouco mais de um mês depois do chá. Aprendemos a manobra, fizemos a simulação, mas, na hora, ficamos torcendo para não precisar. Imaginamos que, caso ocorra um engasgo, o nervosismo vai tomar conta e não vamos conseguir fazer a manobra. Mas não foi assim", completou.


    Criança comendo pipoca (Foto: Thinkstock)

    Muito se fala sobre o perigo de deixar objetos pequenos ao alcance das crianças, que podem levá-los à boca e engoli-los. Mas, muitas vezes, a ameaça pode estar mais perto do que se imagina: na sua mesa. Um estudo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, identificou os alimentos que mais provocaram engasgos em crianças de até 14 anos. Especialistas analisaram os dados obtidos a partir de 112 mil visitas ao pronto-socorro causadas por engasgos não-letais, entre 2001 e 2009, e listaram os alimentos mais propícios a causarem esse tipo de incidente. (Confira a tabela)

    ALIMENTOS E NÚMEROS DE VISITAS AO PRONTO SOCORRO

    Balas duras - 16.100

    Outras balas - 12.671

    Carnes - 13.324

    Osso - 12.496

    Frutas e vegetais - 10.075

    Fórmula, leite ou leite materno - 9.985

    Sementes, castanhas ou ostras - 6.771

    Chips, pretzels ou pipoca - 4.826

    Biscoitos, cookies ou bolachas - 3.189

    Salsicha - 2.660

    Pães - 2.385

    Batatas fritas -  87

    As campeãs de engasgos são as balas duras e outras guloseimas, que, sozinhas, representam quase 25% das ocorrências. O resultado é compatível com a vivência do pediatra Eduardo Gubert, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Ele concorda que os doces realmente encabeçam a lista de acidentes e alerta que “a Academia Americana de Pediatria recomenda não oferecer balas nem nenhum tipo de alimento de mascar para menores de 5 anos”.

    Embora a recomendação para evitar as balas também esteja relacionada ao alto teor de açúcar e à falta de nutrientes, elas realmente oferecem grandes riscos às crianças menores que são realmente as mais vulneráveis aos engasgos. De acordo com o Datasus, no Brasil, em 2014, foram registrados 108 casos de inalação ou ingestão de alimentos, sendo que 74% deles aconteceram com menores de 4 anos. Destes, metade aconteceu com crianças menores de 1 ano. Isso porque até os 4 anos as crianças ainda não têm o controle da mastigação 100% desenvolvido.

    “A recomendação é não dar nada que ofereça risco de engasgo se for engolido direto. Alimentos muito lisos e arredondados, como uvas e tomate cereja, devem sempre ser cortados ao meio ou em mais partes”, alerta Gabriela Guida de Freitas, coordenadora da ONG Criança Segura.  Para o pediatra, a dentição também faz toda a diferença no processo da mastigação. “Crianças de 1 a 2 anos não têm os pré-molares ainda e o fato de terem só gengiva na parte de trás da boca pode fazer com que os pedaços escorreguem direto”, explica. Por essa razão, alimentos muito duros, como castanhas, que se quebram em muitas partes ao serem mordidos, devem ser evitados, assim como aqueles que podem ser aspirados inteiros, como feijão, milho e amendoim.

    Melhor deixar as frutas em pedaços menores (Foto: Thinkstock)

    Para Gubert , os maiores problemas aparecem quando a criança não tem mais restrições alimentares. "Do primeiro para o segundo ano de vida, é bem comum ouvir do pediatra que "agora a criança pode comer de tudo". Mas isso não quer dizer que a criança possa comer de qualquer maneira e alguns pais pecam com o tamanho dos pedaços", explica. É preciso sempre pensar em uma progressão. No caso das carnes, por exemplo, o ideal é começar oferecendo-as bem desfiadas, depois em pedaços pequenos e, só então, em pedaços maiores. Tudo isso deve ser orientado pelo pediatra.

    E não pense que são apenas os alimentos sólidos que oferecem riscos. Mesmo o leite, seja na amamentação ou na mamadeira, também pode provocar engasgos. Tanto é que ele aparece em 6º lugar no ranking da pesquisa. “É menos perigoso quando a criança engasga com um líquido porque, se parar na via respiratória, é possível contornar com medidas mais brandas”, explica o pediatra. Sem contar que o próprio mecanismo da traqueia colabora para que o alimento que causou o engasgo retorne à boca.

    Já, quando o engasgo é provocado por alimentos sólidos, a criança pode precisar ser submetida a uma broncoscopia, que é um exame que permite visualizar o sistema respiratório, para identificar onde a comida está presa e, assim, encontrar a melhor forma de desobstrui-lo. . 

    Sinais de engasgo e o que fazer

    Há dois tipos de engasgo: o parcial, quando ainda está passando um pouco de ar, mas não a quantidade ideal, e o total, quando as vias respiratórias estão completamente obstruídas. No primeiro caso, a criança vai apresentar tosse rouca e chiado no peito. No segundo, a criança não consegue falar, nem tossir e vai começar a ficar com lábios arroxeados pela falta de ar. Nessa hora, por mais desesperador que seja o quadro, é preciso manter a calma e ajudar a criança a desengasgar.  Veja o que fazer com:

    Crianças de até 1 ano
    1. Segure-a (de bruços) com o rosto voltado para baixo e com a cabeça mais baixa que o tórax;
    2. Cuidado ao apoiar a cabeça, sustente-a firmemente com seu antebraço;
    3. Aplique cinco golpes energéticos no meio das costas (usando o punho da mão com os dedos estendidos);
    4. Vire a criança (de barriga para cima) firmemente apoiando sua cabeça e a mantendo mais baixa que o corpo;
    5. Observe se ocorreu a saída do objeto, caso contrário aplique cinco compressões rápidas no tórax (utilize três dedos para aplicar as compressões no meio do tórax, entre a linha dos mamilos);
    6. Se esse procedimento não expulsou o objeto, peça ajuda e acione o serviço de emergência (SAMU 192);
    7. Repita os procedimentos acima até a chegada do serviço de emergência.

    Crianças maiores de 1 ano
    1. Ao reconhecer um engasgo, posicione-se atrás da criança de joelhos e atrás do adolescente ou adulto de pé - é preciso ficar na mesma altura;
    2. Abrace o tronco da criança envolvendo-o com os dois braços;
    3. Feche uma das mãos e coloque a parte plana (onde está o polegar) na “boca do estômago”, que fica logo acima do umbigo;
    4. Segure o punho com a outra mão e realize cinco compressões rápidas (apertando para dentro e para cima);
    5. Encoraje a criança a tossir (se ela conseguir durante a manobra);
    6. Após realizar a manobra ao menos duas vezes e perceber que o objeto não saiu, ou que a criança apresenta-se pálida, com lábios arroxeados, acione a emergência (SAMU 192) e continue a manobra até a chegada do socorro ou até que a criança esteja inconsciente.

    Vale lembrar que o reflexo que muitos pais têm na hora do engasgo é enfiar o dedo na garganta da criança para retirar o alimento entalado, mas isso pode mais atrapalhar do que ajudar. Se depois de comprimir o peito da criança você conseguir ver o alimento no fundo da garganta, você pode tentar enfiar o dedo para tirá-lo - tente com o mindinho, que é mais fino. "Mas, se você não conseguir enxergar o alimento e enfiar o dedo, provavelmente vai empurrá-lo mais para baixo", alerta Gabriela. Na dúvida, não hesite em chamar o serviço de emergência.

    Dicas para prevenir engasgos

    - A criança deve comer sempre sentada – não dá para brincar, correr ou andar ao mesmo tempo em que se mastiga ou se bebe alguma coisa.

    - Quando há crianças de faixas etárias diferentes à mesa, é preciso ficar de olho! O menor pode pegar uma comida diferente do prato do maior, ou algum pedaço grande demais.

    - Desde cedo, é importante ensinar a criança a mastigar direito antes de engolir, assim como criar um ambiente de tranquilidade na hora das refeições.

    - O ideal é deixar o bebê pequeno o mais quieto quanto for possível por pelo menos 1 hora e meia depois da mamada. Eles devem ficar inclinados em um ângulo de 30° para evitar o refluxo. Coloque um travesseiro debaixo do colchão ou eleve os pés do berço pelo menos 10 centímetros.

    - Não force a alimentação da criança. Nada de ficar perseguindo o seu filho com o prato de comida nas mãos, querendo enfiar uma colherada de comida na boca dele.

    - Se a criança engasga com frequência, vale verificar se ela não apresenta nenhum outro problema, como refluxo gastroesofágico.

    - Para crianças menores, só ofereça talos de vegetais cozidos, que são mais macios que os crus e não se partem com tanta facilidade quando mordidos. Na dúvida, peça orientação ao pediatra para saber até que idade é necessário cortar os alimentos ou desfiar a carne em pedaços apropriados.

    - Nunca deixe a criança comendo sozinha. Sempre esteja próximo e atento.

    Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Criancas/Alimentacao/noticia/2016/03/engasgo-quais-sao-os-alimentos-mais-perigosos-para-criancas.html

    • CRESCER ONLINE
     ATUALIZADO EM 
    Ter conhecimento sobre manobras de primeiros socorros pode salvar vidas (Foto: Getty)

    Ter conhecimento sobre manobras de primeiros socorros pode salvar vidas (Foto: Getty)

    Assim que um bebê adquire firmeza e coordenação para segurar um objeto, a primeira coisa que ele faz é levá-lo até a boca, não é? É dessa forma que ele aprende a diferenciar texturas e sabores. Logo depois, vem a fase da introdução alimentar e aí é preciso ficar atento aos pedacinhos de alimentos.

    O fato é que, nessa fase, qualquer mínimo objeto pode representar um risco enorme. Por outro lado, é muito difícil limitar a curiosidade e, consequentemente, as descobertas de uma criança. Mas saiba que, a qualquer momento, você pode ser surpreendido por um engasgo acidental. Por isso, ter conhecimento sobre como agir pode ser determinante. De acordo com a cartilha da Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto (SP), há dois tipos de engasgo. Entenda cada um deles e saiba quais são as manobras recomendadas com crianças de até um ano de idade.


    ENGASGO PARCIAL

    O engasgo parcerial é quando as vias respiratórias não estão completamente obstruídas, isto é, ainda há uma passagem de ar. Nesse caso, a criança chora, fica agitada, ofegante, com respiração rápida, apresenta uma tosse rouca e/ou chiado no peito.

    O que fazer? Em primeiro lugar, matenham a calma. Segure o bebê no colo em posição confortável, virado de frente para você e ligue imediatamente para a emergencia (SAMU 192 ou Bombeiros 193). Na maior parte das vezes, ao tossir, a criança consegue expelir o que provocou o engasgo. Jamais use os dedos para tentar retirar o objeto, pois você pode empurrá-lo ainda mais fundo, piorando a situação. Também não sacuda a criança. 


    ENGASGO TOTAL

    Quando o objeto ou alimento obstrui completamente a passagem do ar, a criança não consegue falar, nem tossir ou chorar e começa a ficar com lábios arroxeados. O bebê ainda pode ficar "molinho" por causa da falta de ar. Por mais desesperador que seja o quadro, é preciso manter a calma e ajudar a criança a desengasgar. 

    O que fazer? Ligue para a emergencia (SAMU 192 ou Bombeiros 193) e não tente retirar o objeto com os dedos. Enquanto espera socorro, você pode tentar as seguintes manobras:

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    Se, após as manobras, o bebê chorar, vomitar ou tossir é sinal que desengasgou e sua cor voltará ao normal. No entanto, se ele continuar engasgado e consciente - tentanto respirar - repita as manobras acima. Mas se ele perder a consciência e ficar sem reação, prossiga conforme as orientações abaixo.

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    O que fazer quando seu bebê engasgar? (Foto: USP)

    Enquanto estiver realizando as manobras, é importante saber que a cada um minuto, você deve fazer no mínimo 100 e no máximo 120 compressões. Após cada compressão, deixe o peito do bebê voltar a posição inicial para que o coração possa se encher se sangue.

    Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Seguranca/noticia/2019/05/se-o-seu-bebe-engasgar-voce-saberia-o-que-fazer.html?



    Médico aplica manobra de desengasgo no filho — Foto: Reprodução/Câmera de segurança
    Médico aplica manobra de desengasgo no filho — Foto: Reprodução/Câmera de segurança

    Vídeo mostra momento angustiante em que médico socorre filho engasgado, em SC

    O naturopata e psicoterapeuta Heber Andrade, de Itapema, Santa Catarina, estava com a família em uma festa de aniversário quando o filho, Mateus, 4 anos, começou a engasgar. "Ele começou e se desesperar. Colocou a mãozinha na garganta e arregalou os olhos. Foi quando percebi o engasgo", lembra. "Na minha cabeça, vinha o pensamento a todo momento: 'Tenho que salvar meu filho'", admite

    Por Sabrina Ongaratto

    18/09/2023 08h44  Atualizado há 2 meses

    O médico naturopata e psicoterapeuta Heber Andrade (@dr.heberandrade), de Itapema, Santa Catarina, levou um grande susto durante uma confraternização de aniversário. Ele, a esposa e o filho, Mateus, 4 anos, estavam sentados em uma mesa quando, de repente, o menino engasgou com um pedaço de mini-hamburguer. "Ele já estava satisfeito e ficou envergonhado de pedir para tirar a comida da boca dele, como é de costume quando não quer mais um alimento. Acredito que ele tentou engolir e se engasgou", conta o pai.

    "A minha esposa aproximou o guardanapo para ele retirar o alimento da boca, mas ele começou e se desesperar e tentar beber água para conseguir engolir. Sem saber o que estava acontecendo, ele coloca a mãozinha na garganta e arregala os olhos — foi nesse momento que percebi o engasgo e corri contra o tempo para fazer a manobra de Heimlich", continuou.

    No vídeo [assista no fim da reportagem], é possível ver quando Heber levanta e agarra o filho pelas costas, aplicando a manobra de desengasgo. Felizmente, em poucos segundos, o menino cospe o pedaço de alimento. "Foi uma experiência forte, apesar de muito rápida — cerca de 1 minuto. Mesmo sabendo a técnica, tem o lado emocional que quer falar mais alto. Tive que manter a calma para aplicar a manobra. Na minha cabeça, vinha o pensamento a todo momento: 'Tenho que salvar meu filho'", lembra.


    Repercussão online

    O médico decidiu compartilhar as imagens nas redes sociais. O caso aconteceu em julho, mas continua repercutindo. "O intuito é informar o maior número de pessoas sobre a importância de pais, professores e pessoas em geral terem noção de primeiros socorros. Isso salva vidas", alertou. "A repercussão [do vídeo] foi e ainda é gigantesca. Foram quase 6 milhões de visualizações no Brasil e no mundo nas minhas redes sociais. Muitas pessoas legais parabenizando e outras criticando a forma como foi aplicada a manobra. Nessas horas, descobrimos que existem muitos especialistas de plantão (risos)", disse.

    Heber disse que nem mesmo sua esposa foi poupada das críticas online. "Algumas pessoas proferiram palavras más, falando que ela 'não é mãe de verdade'. Chamaram de tonta, lerda, mole etc. Na verdade, as pessoas não sabem o que se passa em um momento como esse. Ela também foi uma heroína, pois soube manter a calma, me passou tranquilidade e deixou nosso pequeno confortável. Se ela tivesse se desesperado, poderia ter sido um caos. Formamos uma bela equipe. Mas confesso que não passou pela minha cabeça que o vídeo poderia viralizar. Quando abri minha rede social, depois de dois dias, percebi a proporção que tomou e esta tomando até hoje", afirma.

    Mateus e Heber — Foto: Arquivo pessoal
    Mateus e Heber — Foto: Arquivo pessoal

    Manobra de Heimlich

    O pai explicou que a manobra que aplicou no filho, deve ser a mesma para crianças a partir de 1 ano. "Consiste em compressões abaixo das costelas, com sentido para cima, abraçando a criança por trás até que o corpo estranho seja deslocado da via aérea para a boca e expelido", explicou.

    Caso suspeite que uma criança engasgou, em primeiro lugar, peça ajuda às pessoas ao redor. Na sequência, ligue para o serviço de emergência (SAMU 192) ou para os bombeiros (193). O profissional de saúde poderá orientar o primeiro atendimento à distância, enquanto o resgate não chega. A boa notícia é que, na maioria dos casos, as crianças conseguem desobstruir as vias respiratórias sozinhas ou com uma simples intervenção dos adultos, como golpes com as mãos nas costas, no caso dos maiores, por exemplo. Porém, quando o engasgo não se resolve de imediato, há necessidade de agir rápido, com manobras específicas (clique e veja o passo a passo).

    Confira, abaixo, como é feita a Manobra de Heimlich:

    Em crianças acima de 2 anos
    1) Posicione-se atrás da criança, sendo que ela fica de pé e o adulto ajoelhado.
    2) Abrace a criança e apoie uma mão fechada na altura do estômago e a outra mão aberta apoiada sobre a mão fechada.

    Em bebês:
    1) Coloque o bebê de bruços apoiado no antebraço e com a cabeça virada para baixo.
    2) Dê cinco tapas no meio das costas e entre os ombros não muito fortes
    3) Se o engasgo persistir, o bebê deve ser virado de barriga para cima, sobre o outro antebraço, pressionando cinco vezes com os dois dedos indicadores no meio do peito do bebê, entre os dois mamilos.
    4) Caso chore, vomite ou tussa, é sinal que conseguiu desengasgar. Se continuar engasgado, repita o procedimento até que consiga desengasgar.

    Entre os vilões do engasgo na infância estão balas e pirulitos, pipoca, amendoim e feijão, frutas e vegetais, peixes e carnes, leite e outros líquidos, bexigas, pilhas e baterias, moeda, botão e brinquedos.

    Fonte:https://revistacrescer.globo.com/criancas/seguranca/noticia/2023/09/video-mostra-momento-angustiante-em-que-medico-socorre-filho-engasgado-em-sc.ghtml

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