MITOS E VERDADES SOBRE A ALERGIA AO LEITE DE VACA
Dra.Nilza Perin,Gastropediatra
1 – Alergia à proteína do leite de vaca é a mesma coisa que intolerância à lactose
Mito. Claro que há semelhanças, mas APLV e intolerância à lactose são condições diferentes. A alergia acontece quando o sistema imunológico – a defesa do seu corpo contra corpos estranho – tem uma reação a um determinado alimento. Pode ser leve, como uma sensação de coceira, ou grave, como um choque anafilático.
Intolerância à lactose significa que o organismo não produz de forma suficiente a enzima necessária para digerir a lactose, presente no leite de vaca. Essa enzima se chama lactase e é essencial para a digestão do leite e de seus derivados.
Quando a criança intolerante à lactose ingere um alimento com leite, ela pode experimentar sintomas da APLV, como a diarreia. No entanto, a alergia têm sintomas mais graves e que não envolvem apenas o sistema digestivo. Uma criança com APLV pode também ter apresentar problemas respiratórios e cutâneos.
2 – Crianças não se curam da APLV
Mito. De acordo com um relatório publicado em 2012 pela European Society of Paediatric Gastroenterology Hepatology and Nutrition (ESPGHAN), cerca de 50% das crianças com alergia à proteína do leite de vaca desenvolvem tolerância com um ano de idade; cerca de 75% até os três anos e 90% até completar seis anos.
Assim como a alergia ao leite de vaca, as alergias a ovo, trigo e soja também costumam ser superadas pelas crianças. Já as reações a alimentos como frutos do mar e amendoim são mais persistentes.
3 – O leite é o principal alimento causador de alergias.
Verdade. A alergia à proteína do leite é o tipo mais comum de alergia alimentar. Os oito alimentos mais alergênicos são: leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas.
4 – Os sintomas da APLV podem surgir vários dias após a ingestão do leite de vaca?
Verdade. Há três tipos de sintomas que podem ocorrer após a ingestão de leite de vaca: imediatos, tardios ou mistos. Os primeiros ocorrem minutos ou poucas horas após o consumo e costumam ser mais graves e persistentes, como urticária, choque anafilático e vômito em jato. Já as reações tardias podem surgir dias ou até semanas após o início do contato com o leite, principalmente nos casos em que o paciente apresenta manifestações gastrointestinais.
As reações mistas, por fim, podem ser tanto imediatas, logo após a ingestão do leite de vaca, ou tardias, surgindo horas ou dias depois. Asma, refluxo e baixo ganho de peso são alguns dos sintomas tardios.
5 – O paciente com APLV precisa excluir também a carne de vaca da dieta?
Mito. O leite de vaca e seus derivados, como queijo, iogurte e manteiga, devem ser excluídos da dieta da criança com APLV ou da mãe que amamenta um bebê com a condição. O mesmo não vale para a carne de vaca.
O leite de vaca é composto por proteínas como caseínas e as proteínas do soro. Já a carne de vaca possui proteínas diferentes. Portanto, a APLV nada tem a ver com uma possível alergia à carne, bastante rara. Além disso, o risco de reatividade cruzada da proteína do leite com as proteínas da carne de vaca é muito pequeno. Assim, esta última só deve ser retirada da alimentação da criança se for confirmado que ele apresenta reação após o consumo.
6 – O diagnóstico da APLV é simples e rápido.
Mito. O diagnóstico da APLV depende dos sintomas apresentados, mas pode compreender quatro etapas:
§
§ História clínica
§
§ Exames laboratoriais
§
§ Dieta isenta das proteínas do leite
§
§ Teste de provocação oral
Os testes cutâneos e a pesquisa de anticorpos IgE específicos, produzidos pelo corpo em certas reações alérgicas ao leite, só podem ser aplicados quando há suspeita de alergia alimentar IgE mediada, que causa sintomas como urticária, angioedema, broncoespasmo e anafilaxia.
Quando as reações à APLV são tardias, o corpo não produz anticorpos IgE específicos. A reação é desencadeada por outras células. Neste caso, não é possível identificar a APLV por meio de exames. A história clínica e mudanças na dieta são as medidas geralmente indicadas.
7 – Para a mãe que amamenta, seguir a dieta isenta de leite de vaca é quase impossível?
Mito. A dieta de exclusão de leite de vaca e seus derivados não é fácil, mas pode ser adotada quando a mãe segue as recomendações de um profissional competente. Este irá traçar um plano nutricional para que a exclusão seja feita de maneira adequada, sem riscos para mãe e bebê.
8 – Os utensílios da cozinha devem ser substituídos para evitar a contaminação cruzada?
Mito e verdade. Utensílios plásticos e esponjas para lavar louça devem ser substituídos, pois são materiais porosos e, por consequência, aderem os resíduos alimentares. Os demais utensílios podem ser bem higienizados e reutilizados.
9 – Existem substâncias que, mesmo sem ter o nome de leite, podem indicar a presença de proteínas do leite nos alimentos.
Verdade. Caseína, caseinato, lactoalbumina, lactoglobulina, lactose, lactulose, proteínas do soro, sabor artificial de manteiga, caramelo e manteiga são algumas das substâncias que podem indicar a presença de proteínas do leite. Por outro lado, o ácido lático, ingrediente muito comum em alimentos industrializados, é 100% de origem vegetal. O leite de coco também é liberado porque não é proveniente da vaca.
10 – A criança pode se desenvolver normalmente e adquirir todos os nutrientes que precisa mesmo sem leite de vaca em sua dieta?
Verdade. Cortar o leite de vaca da dieta do seu filho pode ser assustador, afinal, tal alimento contém substâncias importantes, como cálcio e vitamina D, além de ser a principal fonte de proteína na infância. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, pelo menos 30% das necessidades nutricionais da criança devem vir do leite e, de acordo com a Pirâmide Alimentar, são recomendadas três porções de lácteos por dia. Portanto, nos casos de APLV, o acompanhamento médico é fundamental, para que substitutos adequados sejam orientados na dieta.
11 – APLV e refluxo podem estar ligadas?
Verdade. O refluxo fisiológico, com episódios de regurgitação, é recorrente nos primeiros meses de vida. O número de diagnósticos da APLV também tem aumentado. Portanto, pode ser que o seu filho apresente ambas as condições, e que uma interfira na outra. Sabe-se que medicamentos usados para combater o refluxo podem reduzir a secreção ácida no intestino e, portanto, afetar a digestão de proteínas, aumentando a exposição intestinal a substâncias alérgicas.
Além disso, como a APLV é de prevalência alta entre lactentes, é recomendável que as crianças com refluxo sejam testadas também para a alergia ao leite de vaca, submetendo-a a uma dieta de exclusão.
12 – A APLV não é uma condição séria e, portanto, não precisa de tratamento
Mito. A criança com APLV corre diversos riscos quando não atendida adequadamente. Além do perigo de uma reação imediata grave, como o choque anafilático, a criança com APLV, quando não acompanhado de forma correta, pode sofrer um déficit nutricional que pode se acentuar na medida em que a dieta de substituição demora para ter início.
A APLV, portanto, é uma condição que exige atenção médica e tratamento adequado. De acordo com os sintomas e com o quadro clínico do seu filho, o pediatra irá sugerir as melhores estratégias a adotar.
13. A criança que apresenta APLV pode apresentar reação concomitante a outros alimentos?
Verdade. O lactente, quando apresenta APLV, pode apresentar alergia concomitante à soja em até 60% dos casos, ao considerar as não mediadas por IgE. Nos casos mediados por IgE, essa porcentagem varia de 10 a 14%.
Fonte: https://www.alergiaaoleitedevaca.com.br/guia-aplv/treze-mitos-e-verdades-sobre-aplv-pagina
Crianças com alergia a proteína do leite de vaca podem tomar a vacina contra o Rotavírus?
Frequentemente nos deparamos no consultório com questionamentos sobre a utilização da vacina do rotavírus em lactentes com diagnóstico ou suspeita de alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Parte destas dúvidas decorrem de informações falsas postadas nas redes sociais sociais, relacionando a vacina do rotavírus ao desencadeamento de APLV.
A vacina contra o rotavírus é recomendada pela OMS e utilizada em 89 países de todos os continentes em seus calendários de vacinação. É composta por vírus vivo atenuado, incapaz de causar doença. Não há estudos publicados que demonstrem aumento ou desencadeamento de APLV em crianças vacinadas contra o rotavírus.
A idade em que a vacina é realizada coincide com a idade de maior diagnóstico da APLV, podendo aí haver forte coincidência temporal. Além disso, as alergias alimentares estão aumentando em número, mesmo antes da introdução da vacina do rotavírus.
Bebês que já apresentam quadro de APLV com doença diarreica moderada ou grave ou vômitos, devem ter a aplicação da vacina apenas adiada até a recuperação geral.
As Sociedades Brasileiras de Alergia e Imunologia (ASBAI), Imunizações (SBIm) e de Pediatria (SBP – Departamentos de Imunizações e Alergia) reafirmam a eficácia e a segurança das vacinas rotavírus e recomendam o uso rotineiro no calendário vacinal da criança, face à grande importância e impacto que a doença tem na saúde infantil.
Os testes cutâneos ou a detecção na circulação de anticorpos IgE específicos contra o alérgeno podem ser utilizados quando há suspeita de alergia alimentar IgE mediada (quadros de urticária, falta de ar, inchaço olhos e face, anafilaxia). Entretanto, indicam somente sensibilização para os alimentos testados, e não necessariamente reatividade clínica. Sozinhos não confirmam o diagnóstico, apenas demonstram se o paciente tem IgE específica para determinado alimento.
Podem ser positivos em crianças sem nenhuma história de alergia e podem permanecer positivos mesmo após a criança já ter desenvolvido tolerância ao antígeno (“cura” da alergia).
Quando são negativos significam que a probabilidade é alta da criança não ter alergia pelo mecanismo IgE.
A maioria das alergias com manifestações apenas gastrointestinais, não são mediadas por IgE, logo os exames serão negativos e consequentemente desnecessários.
O diagnóstico fundamenta-se na anamnese e exame físico detalhados, na melhora clínica na vigência da dieta de exclusão dos alérgenos e no teste de desencadeamento positivo, quando indicado.
§ A base do diagnóstico é uma boa consulta e um acompanhamento com um profissional capacitado.
§ Não existe um exame ou teste que confirme isoladamente o diagnóstico de alergia alimentar.
§ Exames positivos não indicam necessariamente que a criança apresenta alergia ao alimento testado.
§ A dosagem de anticorpos IgG não possui função no diagnóstico de alergia alimentar e não é recomendada.
§ Cuidado com exames caros para múltiplos alimentos presentes no mercado, pois são muito sedutores, mas não são eficazes.
§ Cuidado ao interpretar os testes!
O diagnóstico de alergia alimentar não é simples e deve ser sempre avaliado por um profissional bem capacitado. Uma história clínica bem feita e detalhada é a chave para o diagnóstico correto. Uma consulta mal conduzida pode gerar exames e dietas de exclusão desnecessárias, que vai gerar mais sofrimento e insegurança para a família.
Para confirmar o diagnóstico é preciso fazer a dieta de exclusão total do alimento suspeito e ocorrer melhora dos sintomas. No caso de crianças que tem manifestações tardias, pode demorar até 4 semanas para apresentarem uma melhora significativa. É importante que as famílias destas crianças tenham consciência deste fato, e sigam as orientações. Muitas vezes a ansiedade leva às famílias a mudar de médico, ou mesmo que estes realizem mudanças muito frequentes nas orientações alimentares, não esperando o tempo necessário para avaliar corretamente a resposta clínica.
Após a dieta de exclusão, realiza-se o teste de provocação oral para confirmação diagnóstica.
Converse e tenha confiança no profissional de saúde que acompanha seu filho!
O que é Alergia Alimentar?
A alergia alimentar é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos. Envolve um mecanismo imunológico e tem apresentação clínica muito variável, com sintomas que podem surgir na pele, no sistema gastrointestinal e respiratório. As reações podem ser leves com simples coceira nos lábios até reações graves que podem comprometer vários órgãos. A Alergia Alimentar resulta de uma resposta exagerada do organismo a determinada substância presente nos alimentos.
Qualquer alimento pode desencadear reação alérgica, no entanto, leite de vaca, soja, ovo, trigo, peixe, frutos do mar, amendoim e castanhas.são os mais envolvidos.
Receitas para crianças com alergia alimentar
Aqui você encontrará livros de receitas para crianças alérgicas para download.
http://www.girassolinstituto.org.br/downloads/receitas_culinarias.pdf
http://www.girassolinstituto.org.br/downloads/receitas_culinarias_festas.pdf
Essas duas patologias, são frequentemente confundidas pelo fato de ter um alimento causador em comum: o leite, mas são bem diferentes entre si. É muito frequente escutar: meu filho tem “alergia à lactose”, porém este termo não existe. A expressão “alergia à lactose” é errada, pois a alergia é uma reação à proteína e a lactose é um açúcar. São dois fenômenos diferentes, que ocorrem em idades distintas.
A intolerância à lactose é decorrente da dificuldade do organismo em digerir a lactose, açúcar do leite, devido à diminuição ou ausência de lactase, enzima que a digere. A falta dessa enzima favorece o acúmulo da lactose no intestino, onde atrai água, ocorre fermentação por bactérias, provocando diarréia, gases, cólicas e distensão abdominal. Pesquisas demonstram que aproximadamente 70% da população adulta apresenta deficiência da enzima lactase, porém muitos não apresentam os seus sintomas. Algumas pessoas toleram certas quantidades de lactose, apresentando sintomas somente quando ingerem quantidades maiores deste açúcar. Como somos mamíferos, nascemos com muita lactase e só vamos desenvolver a intolerância bem mais tarde na vida, quando vamos perdendo essa enzima. A maioria dos indivíduos adultos permanece com apenas 10% da capacidade de produção da lactase em relação aos níveis observados durante o período de lactentes. As crianças pequenas só tem intolerância à lactose quando, por uma lesão intestinal extensa, perdem essa enzima. Isso ocorre nos casos de doenças, como as gastroenterites graves, por exemplo.
Diferente da intolerância à lactose, a alergia ao leite de vaca é um fenômeno imunológico. Proteínas do leite são identificadas pelo nosso sistema imunológico como um agente agressor, desencadeando vários sintomas, como: diarréia, gases, cólicas, distensão abdominal, déficit de crescimento, lesões na pele, dificuldade de respirar, sangramento intestinal, entre outros. Ocorre mais agressivamente nos primeiros anos de vida, principalmente na transição do leite materno para o leite de vaca em bebês menores de 6 meses. Os sintomas tendem a diminuir com o passar dos anos.
Na intolerância à lactose o componente que precisa ser excluído, ou ingerido em menor quantidade é a lactose, enquanto na alergia deve-se excluir totalmente a proteína e mesmo frações dela, pois até mesmo alimentos ‘contaminados” com proteínas do leite podem desencadear sintomas.
Assim é fundamental o diagnóstico correto, tanto para evitar restrição alimentar desnecessária, como garantir que as crianças com alergia alimentar tenham o tratamento precoce adequado.
Fique de olho no rótulo
“Se seu filho tem alergia ao leite de vaca, leia atentamente a relação de ingredientes dos alimentos industrializados antes de comprá-los ou consumi-los.”
Esses são os ingredientes que não podem ser consumidos:
Lactoglobulina
Lactoalbumina
Fosfato de lactoalbumina
Lactoferrina
Lactulose
Caseína
Caseína Hidrolisada
Caseinato de cálcio
Caseinato de potássio
Caseinato de amônia
Caseinato de magnésio
Caseinato de sódio
Leite (integral, semi-desnatado, desnatado, em pó, condensado, evaporado)
Leitelho
Nata /creme de leite
Soro de leite
Soro de leite deslactosado/desmineralizado
Gordura de leite
Coalhada
Proteína de leite hidrolisada
Lactose
Ingredientes que podem indicar a presença de leite
Corante/saborizante caramelo
Sabor de açúcar mascavo
Chocolate
Saborizantes naturais ou artificiais
Sabor artificial de manteiga
Nougat
Ingredientes que NÃO contêm leite
Apesar de seus nomes, os ingredientes abaixo listados podem ser consumidos por pessoas com alergia às proteínas do leite.
Lactato de cálcio
Lactato de sódio
Estearoil
Lactilato de Sódio
Estearoil
Lactilato de Cálcio
Cremor de Tártaro
Manteiga de cacau
Leite de coco
Esta lista deve fazer parte da sua rotina de compras de alimentos. Verifique sempre se os alimentos que você está comprando possuem alguns desses ingredientes em sua composição.
DICAS:
§ Leia todos os rótulos de alimentos e outros produtos industrializados, como cosméticos (sabonetes, pomadas, xampu, condicionador, protetor solar, etc) e de medicamentos (lactulona, suplementos de cálcio, etc), pois podem conter leite.
§ Frios (presunto, mortadela, etc) fatiados em padarias e mercados são geralmente cortados na mesma máquina que queijos, podendo ocorrer contaminação cruzada.
Substitutos do leite em receitas:
Água, suco de frutas e/ou de vegetais, ou
Bebida à base de arroz, ou
Bebida à base de soja (se a criança não for alérgica à soja)
Substitutos do ovo em receitas:
Substituto da clara de ovo em receitas:Dissolver 1 xícara de polvilho azedo em uma tigela com água. Coloque na panela e mexa, até dar o ponto de clara de ovo.
Outros substitutos: * Selecione receitas que levem apenas 1 ou 2 ovos e pelo menos 200 gramas (2 xícaras) de farinha e sempre misture bem os itens molhados de cada receita.
Para cada ovo utilize um dos substitutos relacionados:
1 colher de chá de levedo dissolvido em ¼ de xícara de água quente, ou
1 ½ colher de sopa de água + 1 ½ colher de chá de óleo + 1 colher de chá de fermento em pó, ou
1 pacote de gelatina comum + 2 colheres de sopa de água quente (não misturar até estar pronta para usar), ou
1 colher de sopa de farinha de linhaça (pó) misturada com 3 colheres de sopa de água (misture e deixe descansar por 2 minutos antes de adicionar à receita), ou
1 colher de sopa de vinagre branco
Substitutos da farinha de trigo em receitas:
Farináceos que podem ser utilizados: polvilho, amido de milho, fubá, araruta, fécula de batata, farinha de: mandioca, milho, arroz, etc.
Para substituição da farinha de trigo em receitas, prepare uma das seguintes misturas:
1 kg de farinha de arroz + 330 g de fécula de batata + 165 g de araruta, ou
3 xícaras de farinha de arroz + 1 xícara de fécula de batata + ½ xícara de polvilho doce.
Fonte: Livro de receitas do Instituto Girassol
http://www.nilzaperin.com.br/doencas_category/alergias/
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