COMO SUPLEMENTAR O FERRO A PARTIR DOS ALIMENTOS PARA O BEBÊ ?

Alimentos ricos em ferro: por que o micronutriente é tão importante para a saúde do bebê?

O ferro é um dos minerais mais importantes do corpo humano: está simplesmente em todas as células vermelhas do sangue e fundamental na função das hemoglobinas, que são as proteínas responsáveis pelo transporte de oxigênio para todos os órgãos do corpo.
Apesar da importância do mineral, a anemia por deficiência de ferro acomete cerca de metade das crianças menores de 5 anos, no Brasil, segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, em 2009. A doença prejudica a capacidade cognitiva de aprendizagem em crianças, compromete o sistema imunológico (o que faz a criança mais predisposta a infecções) e pode acarretar até a morte, em casos mais extremos.
Como a má alimentação durante a gestação também pode causar a anemia por deficiência de ferro no bebê, a suplementação de ferro e ácido fólico é recomendada como parte do cuidado no pré-natal para reduzir o risco de baixo peso ao nascer da criança, anemia e deficiência de ferro na gestante. Ressalta-se que a suplementação com ácido fólico deve ser iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar para a prevenção da ocorrência de malformações do tubo neural e espinha bífida.
Já com o bebê nascido, uma das formas mais efetivas para evitar o aparecimento da deficiência de ferro na primeira infância é por meio do aleitamento materno, recomendado exclusivamente até os 6 meses de idade pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Após esse período, a introdução alimentar deve ser feita de modo a suprir todas as suas necessidades nutricionais, o que consequentemente, criará hábitos saudáveis de alimentação desde muito cedo.
Para ajudar os pais nesse processo, listamos alguns itens que, segundo o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, idealizado pelo Ministério da Saúde, se inseridos corretamente na alimentação do bebê, podem contribuir para um aporte adequado de ferro. Esse mineral pode ser encontrado em dois tipos de alimentos e assim é caracterizado em duas formas: o ferro heme (em alimentos de origem animal, que possuem uma maior absorção pelo corpo humano) e o não- heme (nos vegetais).
  • Alimentos fontes de ferro heme: carne vermelha, especialmente as vísceras (fígado e miúdos); carnes de aves, porcos, peixes e mariscos;
  • Alimentos fontes de ferro não-heme: Hortaliças verde-escuras como a rúcula, couve, agrião, almeirão ou chicória, brócolis e espinafre, além de leguminosas como o feijão e a lentilha.
Importante: Nutricionistas e especialistas da área recomendam que o consumo de alimentos ricos em ferro não heme seja feito com outros que são capazes de melhorar a absorção, como aqueles que os possuem vitamina C (frutas cítricas como a laranja, acerola, limão e caju) e em vitamina A (mamão e manga), além de outros tipos de hortaliças como a abóbora e a cenoura.

Referências bibliográficas
Sociedade Brasileira de Pediatria – (“Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia”) – 3ª edição.
Ministério da Saúde – (“Programa Nacional de Suplementação de Ferro”).

Fonte:http://www.danonebaby.com.br/nutricao/alimentos-ricos-em-ferro-por-que-o-micronutriente-e-tao-importante-para-saude-do-bebe/

Por que o ferro é importante para o bebê


A CARÊNCIA DO NUTRIENTE PODE PREJUDICAR O DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO. SAIBA COMO MANTER A DIETA RICA EM FERRO


Ferro é um nutriente essencial para produzir hemoglobina, componente chave para as células vermelhas do sangue que transportam oxigênio. Quando nosso corpo não tem ferro suficiente, essas células não são produzidas adequadamente, e nossos órgãos não terão a quantidade ideal de oxigênio, necessária para o crescimento e desenvolvimento corretos.
Ou seja, se um bebê tem deficiência de ferro, pode ter um atraso comportamental e de desenvolvimento, diz Vandana Sheth, nutricionista da Academia de Nutrição e Dietética dos Estados Unidos.
Tenha certeza de que seu filho está ingerindo ferro o suficiente
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FECHAR
Nos primeiros 6 meses de vida, bebês que mamam no peito conseguem absorver ferro do leite materno. Mães que amamentam e são anêmicas ou têm deficiência de ferro, devem fazer exames para verificar os níveis do nutriente em seus filhos também.
Uma vez que atingem os 6 meses e começam a comer alimentos sólidos, as refeições devem ser ricas em ferro. De acordo com a nutricionista, a recomendação para bebês entre 7 e 12 meses é de 11mg de ferro por dia. Se você suspeitar que seu bebê tem anemia – os sintomas incluem fadiga, irritabilidade e falta de ar –  o pediatra pode querer checar os níveis de hemoglobina.
Introduzindo alimentos ricos em ferro
Normalmente os bebês nascem com reservas suficientes para 4 a 6 meses, diz Sheth. Uma vez que os sólidos forem introduzidos, as necessidades de ferro serão logo supridas.
Tenha certeza de que está oferecendo comidas ricas em Vitamina C (como ervilhas, folhas verdes) junto com alimentos ricos em ferro para aumentar a absorção do nutriente.
Alimentos ricos em ferro
Folhas escuras (espinafre, couve)
Damasco
Ameixa seca
Uva passa
Ervilhas
Legumes, lentilhas e outros grãos
Carne vermelha
Fonte:http://paisefilhos.uol.com.br/bebe/por-que-o-ferro-e-importante-para-o-bebe/


Alimentos com Ferro para Bebês


Inserir alimentos com ferro para bebês é importantíssimo, porque  quando o bebê deixa de mamar exclusivamente e começa a se alimentar aos 6 meses de vida suas reservas naturais de ferro já acabaram, por isso ao introduzir a alimentação diversificada o bebê precisa comer:
  • Lentilha vermelha cozida: 2.44 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Salsa: 3,1 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Gema de ovo cozida: 4,85 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Batata doce: 1.38 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Alho francês 0.7 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Vitela magra:2.4 mg de Fe por 100g do alimento
  • Frango: 2 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Cordeiro magro: 2,2 mg de Fe por 100g do alimento
  • Caldo do feijão vermelho:7,1 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Mamão: 0,8 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Pessego amarelo: 2,13 mg de Fe por 100g do alimento;
  • Agrião: 2,6 mg de Fe por 100g do alimento.
Alimentos com Ferro para Bebês
Alimentos com Ferro para Bebês

Necessidade de Ferro do Bebê (RDA)

A necessidade de ferro do organismo do bebê aumenta drasticamente ao completar 6 meses de vida,
  • Bebês dos 0 - 6 meses: 0,27 mg
  • Bebês dos 7 aos 12 meses: 11 mg
É possível apenas com a alimentação rica em ferro alcançar e suprir as necessidades diárias de ferro do bebê, mas é comum a introdução de suplementação de ferro em gotas para prevenir carências de ferro.
A necessidade de ferro do organismo do bebê aumenta muito ao completar 6 meses de vida, pois dos 0 aos 6 meses o leite maternos é suficiente para suprir sua necessidade de aproximadamente 0,27 mg de ferro por dia pois ele possui uma reserva natural de ferro para esta fase da vida, mas quando completa os seis meses de vida até o primeiro ano, o seu desenvolvimento intenso requer uma quantidade muito maior de 11 mg por dia de ferro.  Por isso aos 6 meses, ou quando começa a diversificar a alimentação; é comum que o pediatra prescreva uma suplementação em ferro.

Como Aumentar a Absorção de Ferro do Bebê

Adicionar uma colher de sopa de suco de laranja no creme de legumes ou sopa do bebê, vai permitir maior absorção do ferro presente nos vegetais, que embora esteja em grande quantidade a sua absorção só é possível na presença do ácido ascórbico. Já o ferro presente nos alimentos de origem animal (gema, carnes) não precisa de nada para ser absorvido porém não se aconselha oferecer mais do que 20g de carne para o bebê por dia e por isso não se consegue oferecer uma grande quantidade de Ferro animal.
Fonte:https://www.tuasaude.com/alimentos-com-ferro-para-bebes/

Como Incluir Mais Ferro na Dieta dos seus Filhos


O ferro é um mineral importante e necessário para o crescimento saudável de uma criança. Quando os níveis de ferro estão baixos, o corpo fica carente de glóbulos vermelhos, que carregam o oxigênio para partes vitais do corpo. A falta de oxigênio em órgãos vitais, músculos e tecidos pode causar vários problemas de saúde, como distúrbios de aprendizagem, deficiências no crescimento e problemas de comportamento. Oferecer a alimentação adequada a uma criança requer planejamento e bastante trabalho. Felizmente, existem muitas formas de assegurar o consumo necessário de ferro das crianças.


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Saiba a Quantidade de Ferro que seu Filho Precisa de Acordo com a Idade

Conforme a criança fica mais velha, suas necessidades alimentares se modificam. Saiba que seu filho não precisa consumir a mesma quantidade de ferro todos os dias, desde que o consumo semanal seja o ideal.
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    Fale com o pediatra, caso seu filho tenha até 6 meses, antes de incluir qualquer suplemento na dieta dele. Normalmente, o leite materno contém a quantidade suficiente de ferro para as necessidades do seu bebê até os 6 meses de vida.
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    Caso seu bebê já esteja tomando leite preparado, compre um rico em ferro.Converse com seu pediatra para obter instruções sobre os suplementos necessários para cada idade.
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    Siga a dieta básica do ferro para crianças, de acordo com a idade.
    • Bebês entre 7 e 12 meses precisam de 11 miligramas de ferro por dia. A maioria dos preparados contêm essa quantidade. Suplementos de ferro podem ser necessários para bebês recém nascidos que mamam no peito e para alguns preparados para recém nascidos.
    • Crianças entre 1 e 3 anos precisam de 7 miligramas de ferro por dia. Suplementos de ferro podem ser necessários caso a criança não coma o suficiente.
    • Crianças entre 4 e 13 anos precisam de 8 a 10 miligramas por dia. Fatores como a altura e o peso, as atividades físicas e os hábitos alimentares podem determinar a quantidade exata de ferro necessário nesta fase da vida.
    • As necessidades aumentam quando a criança entra na adolescência. Jovens entre 14 e 18 anos necessitam de 11 a 15 miligramas por dia. A quantidade exata pode variar dependendo de muitos fatores, como o gênero, a altura, o peso, os hábitos alimentares, o nível de atividades físicas e o tipo de atividade.

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Marque uma Consulta com o Pediatra do seu Filho

As crianças devem fazer testes frequentes dos níveis de ferro entre os 6 e 18 meses.
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    Peça um exame de sangue ao pediatra do seu filho para medir os níveis de ferro, caso ele não faça um exame de rotina. O teste é feito com uma picada simples no dedo.
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    Converse com o pediatra sobre as necessidades do seu filho. Não dê suplementos de ferro a uma criança que não esteja com carência de ferro, pois o ferro em excesso pode ser perigoso para as crianças. A quantidade máxima considerada segura para qualquer criança é de 40 miligramas por dia, sob supervisão médica.

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Conheça as Diferentes Fontes de Ferro

Existem dois tipos de ferro disponíveis, ambos fontes importantes de abundantes de nutrientes.
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    Obtenha heme através das carnes. Trata-se do tipo de ferro mais fácil de digerir, além de ajudar o corpo na absorção de ferro de outras fontes.
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    Obtenha ferro das plantas. Não é absorvido tão facilmente pelo corpo.

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Aprenda sobre os Alimentos Ricos em Ferro

Existem muitos alimentos saudáveis, ricos em ferro e outros nutrientes. Saber quais alimentos são ricos em ferro é fundamental para garantir que seu filho tenha uma alimentação adequada.
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    Dê ao seu filho muitos grãos e legumes. Esses alimentos são ricos em ferro e podem ser incorporados e várias receitas. Os grãos ricos em ferro mais populares são a soja, a lentilha, o feijão roxo, o feijão preto, o feijão rajado, e o grão-de-bico.
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    Substitua o cereal açucarado, que contém baixíssimo valor nutricional, por um cereal saudável e rico em ferro. Verifique o rótulo e escolha um cereal que forneça uma quantidade significativa que possa suprir a necessidade diária de ferro do seu filho. Aveia e mingau de trigo também são opções muito ricas em ferro.
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    Sirva cortes magros de carne para garantir o consumo de heme. Evite carnes gordurosas e prefira os métodos de preparo mais saudáveis, como assar ou grelhar. As boas fontes de ferro incluem cortes magros de carne de boi, frango e peru. Salmão e atum também são ótimas fontes de ferro.
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    Ofereça ao seu filho muitos vegetais e frutas secas ricos em ferro.
    • Vegetais ricos em ferro incluem o pimentão amarelo, o brócoli, a couve de Bruxelas, a couve, o espinafre, as alcachofras e o tomate.
    • A maioria das frutas não é rica em ferro; entretanto, as frutas secas, ameixas secas, uvas passas e figos são uma boa fonte de ferro.
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    Dê ao seu filho outros alimentos ricos em ferro, como ovos, húmus, melado, tofu e grãos enriquecidos.

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Inclua Fontes de Vitamina C à Dieta do seu Filho

A vitamina C pode ajudar na absorção do ferro. Quando ingerimos alimentos ricos em ferro juntamente com alimentos ricos em vitamina C, o corpo absorve mais o ferro. O mesmo acontece com suplementos de ferro ingeridos com suplementos de vitamina C.
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    Combine alimentos ricos em ferro com fontes de vitamina C para aumentar a capacidade de absorção de ferro. Boas fontes de vitamina C são o suco de laranja, o morango, o kiwi, a toranja, o melão e a manga.
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    Tome um suplemento de vitamina C caso seja necessário melhorar a absorção de ferro do corpo.

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Explore Outras Maneiras de Incluir as Fontes de Ferro na Dieta do seu Filho

Existem outras maneiras de garantir que seu filho consuma a quantidade adequada de ferro.
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    Cozinhe em panelas de ferro. Esse tipo de panela contém pequenas quantidades de ferro que atingem a comida que é feita nela.
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    Limite o consumo de leite do seu filho, de 400 a 750 ml por dia. O leite não contém quase nada de ferro e pode atrapalhar a absorção desse nutriente pelo corpo. Além disso, ao limitar o consumo de leite, você evita que ele encha a barriga, o que o deixa com fome e causa o aumento do consumo de alimentos sólidos.
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    Evite dar chá ou café para seu filho. Essas bebidas contêm ácido tânico, que pode destruir o armazenamento de ferro e bloquear a absorção do nutriente.

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Eduque seu Filho e Mostre a Ele a Importância de uma Dieta Saudável

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    Estimule seu filho a fazer escolhas saudáveis. Explique os efeitos dos alimentos no corpo. Converse com ele sobre os efeitos negativos de comer mal, e os benefícios de comer alimentos nutritivos.
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    Facilite as escolhas saudáveis do seu filho. Retire da casa as comidas que não sejam saudáveis e substitua por refeições e lanches saudáveis e ricos em ferro.
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    Estimule seu filho a ajudar você a preparar refeições nutritivas para sua família.Converse com ele sobre o valor de cada ingrediente, enquanto prepara a refeição. Explique a ele como cada ingrediente pode trazer benefícios ao corpo.
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    Inclua seu filho nas idas ao supermercado.
    • Leve seu filho com você quando for fazer compras. Deixe que ele te ajude a escolher alimentos saudáveis e invente refeições criativas.
    • Mostre a ele várias opções de lanches saudáveis. Dê a ele a oportunidade de escolher o lanche que preferir.
    • Ao escolher ingredientes variados, explique à criança como cada ingrediente será incorporado na refeição.

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Transforme a Culinária em uma Atividade Criativa

As crianças em geral adoram comer. Entretanto, como tudo no mundo das crianças, elas estarão bem mais dispostas a aceitar a dieta saudável se a diversão estiver inclusa na atividade. Adicione elementos divertidos e mostre maneiras diferentes de se comer bem, a fim de encorajar a criança à comer alimentos mais nutritivos.
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    Faça da refeição uma aventura. O brócoli pode se transformar em uma árvore ao lado da montanha de batatas que fica acima da fazenda de bife.
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    Lembre-se que as crianças adoram molhos para mergulhar sua comida. Faça um molho delicioso para o lanche e outros itens para mergulhar.
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    Use utensílios criativos. As crianças adoram itens como pratos temáticos, tigelas de molho especiais, e utensílios com motivos infantis.

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Evite o Exagero

Pode parecer difícil, mas as vezes é possível que você esteja dando muito ferro para seu filho.
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    Saiba que o excesso de ferro pode causar sérios problemas de saúde e ser tóxico para o corpo. O ferro em excesso se acumula em órgãos e tecidos do corpo.
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    Saiba quais os sintomas associados ao excesso de ferro. Pode ser difícil de reconhecer os sintomas, pois muitos deles são similares aos sintomas da falta de ferro. Alguns sintomas comuns são fraqueza, fadiga, irritabilidade, e descoloração da pele.

Avisos

  • A falta de ferro pode causar anemia, que causa irritabilidade, fadiga, fraqueza, palidez, tontura, mãos e pés gelados, dores de cabeça frequentes, falta de apetite e coração acelerado.
  • Nunca encoraje uma criança a tomar suplementos e vitaminas como se fosse uma bala. Elas devem saber exatamente o que são essas vitaminas e como se deve usá-las. Esses remédios devem sempre ser guardados longe do alcance das crianças.
  • As uvas passas são uma excelente fonte de ferro, porém são uma das maiores causas de engasgamento em crianças.
  • Peixes e moluscos contêm mercúrio. O mercúrio pode causar problemas de saúde em recém nascidos e crianças novinhas.

Fontes e Citações

Fonte do Texto:https://pt.wikihow.com/Incluir-Mais-Ferro-na-Dieta-dos-seus-Filhos


Como escapar da anemia?

Quase 50% das crianças com até 3 anos de idade apresentam essa doença. Por quê isso acontece?


A anemia é uma preocupação constante das mamães em relação aos seus filhos. Essa preocupação toda não é bobagem.
Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal. A hemoglobina é uma proteína muito importante que transporta o oxigênio necessário para o funcionamento de todos os tecidos do corpo.
Existem várias causas da anemia, mas a deficiência de ferro é responsável por 90% das anemias em crianças e adolescentes. O ferro é um nutriente que atua na fabricação das hemoglobinas.
A falta desse nutriente pode ocorrer em várias situações como em grandes perdas de sangue (traumas ou ferimentos) e pela dieta pobre em ferro, causa principal.
Criança aparentando cansaço ou sonolência debruçada sobre a mesa - Foto: dragon_fang/Shutterstock.com
A deficiência de ferro durante a gestação da mamãe aumenta o número de nascimentos prematuros e de baixo peso, porém, a quantidade de ferro no bebê ao nascer não é influenciada pela deficiência da mãe, com exceção dos casos de deficiência materna muito grave.
Uma importante observação: a alimentação inadequada faz com que a anemia por deficiência de ferro apareça em crianças que aparentemente gozam de boa saúde, como as mais “gordinhas”, e em todas as classes sociais. Os filhos irão comer os alimentos que os pais lhe apresentam.
Leite materno rico em ferro - Até os seis meses de vida o aleitamento materno exclusivo supre as necessidades de ferro da criança, não necessitando de qualquer forma de complementação e nem de introdução de alimentos sólidos.
No entanto, crianças que tomam leite de vaca têm maiores riscos de ter anemia. O leite de vaca tem pouca quantidade de ferro e este é menos absorvido que o ferro do leite materno. Por esse “simples” detalhe é que nunca devemos substituir o leite da mamãe pelo leite da vaca.
Bebê Prematuro - Atenção deve ser redobrada com os prematuros e os bebês que apresentaram baixo peso ao nascer. Por terem seu crescimento muito rápido, a necessidade de ferro é maior e a possibilidade de complementação desse mineral é grande.
Crianças de 6 a 24 meses, onde o crescimento e o desenvolvimento acelerados determinam uma necessidade de ferro em maior quantidade, tendem a desenvolver anemia. Além do crescimento acelerado, a introdução de alimentos deficiente em ferro pode contribuir para o aparecimento da doença.
Depois dos 2 anos, a taxa de anemia diminui, voltando a subir na adolescência em conseqüência do novo surto de crescimento e da alimentação inadequada.
O sintoma mais comum da anemia é a palidez nas mucosas, principalmente nas pálpebras dos olhos. Outros sintomas são a fadiga, fraqueza, falta de apetite, cansaço fácil ao se exercitar, sensação de tonteira e desmaio, falta de ar e desatenção e apatia na escola.
A anemia também prejudica o desenvolvimento físico motor, psicológico, cognitivo e de linguagem.
Se os pais desconfiarem de que seu filho esteja com anemia, devem levá-lo ao pediatra que pedirá um exame de sangue para diagnosticar a doença. Se a anemia for comprovada, provavelmente receitará ferro por via oral.
Ferro é o que não falta nesses alimentos! - A melhor forma de prevenção da anemia é o cuidado com a alimentação das crianças desde a introdução de alimentos que não seja o leite materno. Os alimentos ricos em ferro são a carne de vaca, frango e peixe, e o super alimento chamado Leite Materno. Use e abuse deles!
A absorção de ferro é aumentada quando ingerido com o acido ascórbico ou acido cítrico, encontrados nas frutas cítricas (laranja, acerola, limão). Alguns tipos de chá inibem a absorção de ferro, assim como o leite de vaca em excesso.
Hortaliças (folhagens, legumes, leguminosas, cereais) possuem ferro em quantidades pequenas e que são pouco absorvidas pelo organismo do ser-humano. Para que essa absorção seja potencializada existem alguns fatores, como por exemplo, o consumo regular de alimentos ricos em vitamina C.
Não tente elaborar uma dieta para seu filho por conta própria. Consulte um pediatra ou uma nutricionista para garantir que você esteja fazendo a coisa certa. Não brinque com a saúde de seu filho.
Se a deficiência de ferro for descartada, a anemia pode ter outra causa e precisa ser investigada. São causas da anemia a deficiência na produção de glóbulos vermelhos, doenças crônicas, doenças renais, leucemia, perdas de sangue, osteoporose, doenças hereditárias (ex: talassemia e a anemia falciforme), doenças parasitárias (ex: esquistossomose e malária) e deficiência de vitamina B12.
Fonte:http://www.guiadobebe.com.br/como-escapar-da-anemia/

A falta de nutrientes essenciais no organismo da criança é chamada de anemia infantil. As taxas de hemoglobina no sangue acabam ficando abaixo do normal e através de exames é constatada a falta de vitaminas como zinco, vitamina B12, proteínas e principalmente o ferro. A anemia infantil mais comum é a de carência de ferro, também conhecida como anemia ferropriva. O ferro é um dos principais nutrientes para se manter a boa saúde e são responsáveis pela fabricação das células vermelhas do sangue e pelo transporte de oxigênio para todo o corpo.
Existem grupos mais afetados pela anemia, que é o caso das crianças, gestantes, mulheres em fase de amamentação e meninas na adolescência quando tem a menarca. Sendo desenvolvido pela má alimentação ou a ingestão de alimentos ricos em ferro, no caso de meninas adolescentes a perca de sangue no caso de fluxos muito intensos, pode ser causadora da doença também.

Sintomas da Anemia

Nem sempre é possível visualizar sintomas de uma criança que sofre de anemia infantil, quase sempre é necessário o diagnóstico através de exames laboratoriais, ou seja, de sangue. Mas existem os sintomas que podem ser observados como:
  • Falta de apetite
  • Fadiga intensa
  • Pele e mucosas amareladas (olhos e gengivas)
  • Dificuldade na concentração
Crianças com anemia normalmente ficam abatidas, sem vontade de brincar e muito desânimo. Outros sintomas que podem se apresentar é a identificação de unhas mais fracas e quebradiças, pele ressecada e cabelos que tendem a cair. Crianças que sofrem de anemia infantil podem ter mais dificuldade no aprendizado, apresentando atrasos no desenvolvimento físico e mental. Por apresentar baixa imunidade, ficam propensas a contrair mais infecções.


Como Evitar e Tratar a Anemia Infantil
Desde a primeira consulta no pediatra, é receitada a utilização de suplementos de ferro de forma que seja prevenido o desenvolvimento da anemia infantil. Para bebês que mamam leite materno exclusivo, a boa alimentação da mãe é fundamental para controlar os níveis de ferro da criança. Já para os pequenos que se alimentam com comidas, é recomendada a maior inclusão de alimentos ricos em ferro através de alimentos saudáveis que além de mantê-los longe da anemia infantil, manterão uma boa saúde.
Encontramos o ferro em uma variedade muito grande de alimentos e que podem ser encontrados com muita facilidade, inclusive fazem parte do cardápio diário do ser humano. Encontramos os nutrientes do ferro nos seguintes alimentos:
  • Gema de ovo
  • Carnes Vermelhas
  • Grãos como feijão, grão-de-bico, lentilha, vagem.
  • Verduras de folhas escuras como espinafre e rúcula
  • Brócolis, couve flor, beterraba e ervilhas.
  • Bife de fígado
  • Mariscos como mexilhões e ostras
Podemos combater a anemia infantil também através das frutas e seus sucos, principalmente as ricas em vitamina C que aumentam a absorção do ferro pelo organismo como é o caso da manga, uva, abacaxi, laranja, limão, morango e acerola. Além da boa alimentação e a ingestão de alimentos ricos em ferro que irão garantir a quantidade necessária do nutriente e a quantidade de hemoglobina em seus níveis indicados, existem receitas caseiras que podem auxiliar quando apontada a falta da vitamina no sangue.
Dica Caseira para Combater a Anemia Infantil
Mesmo com toda modernidade e evolução medica e seus medicamentos, sucos e alimentos específicos utilizados desde os antigos, como um bom bife de fígado continuam sendo utilizados ate hoje e tem ótimos resultados. Segue abaixo uma receita caseira que pode ser consumida diariamente, além de um sabor agradável vai auxiliar a prevenir e combater a anemia infantil.
Ingredientes:
  • 3 pedaços de abacaxi
  • 1 copo de agua gelada
  • 3 talos de salsa
  • 1 colher de açúcar (pode ser mascavo no caso de crianças)
  • Modo de Preparar:
    Colocar todos os ingredientes no liquidificador e bater ate toda fruta ser diluído. Passar em peneira e consumir na sequencia. O abacaxi pode ser substituído por outras frutas ricas em vitamina C, como morango, laranja, acerola ou de sua preferencia.
    Foto: Jeff Meyer
  • Fonte:https://www.trocandofraldas.com.br/anemia-infantil/

Alimentos contra a anemia infantil



Alimentos ricos em ferro previnem a anemia infantil.  O primeiro passo para prevenir a anemia nas crianças é evitar que a mãe grávida a tenha, através de um bom controle pré-natal. Quando o bebê nascer, deve-se assegurar uma lactância materna pelo menos nos primeiros seis meses de vida. Nos casos de lactância artificial, utilizar as fórmulas infantis, já que estas vêm com um complemento de ferro.
A partir daí, o controle de ferro se fará somente através de uma boa alimentação. Receber uma alimentação adequada, é uma base para o seu bom crescimento e desenvolvimento.
A deficiência de ferro atinge cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo. De cada 10 crianças brasileiras com menos de 5 anos, seis sofrem de carência do mineral.
Crianças pequenas e mulheres em idade fértil correm maior risco de desenvolver anemia por deficiência de ferro. A gravidez também aumenta o risco de anemia porque a absorção de ferro por parte do feto pode exaurir as reservas maternas desse mineral.
No caso dos bebês prematuros, é recomendável que se utilize um suplemento de ferro como prevenção, desde quando o pediatra veja necessidade. 
Outras medidas importantes é descartar periodicamente a existência de parasitas intestinais. Fale sempre com seu pediatra sobre alguma ocorrência anormal no intestino do seu filho. O controle pediátrico é mais que necessário.

Dieta para evitar a anemia infantil

Não existe nada melhor para evitar a anemia, que uma boa, variada, e adequada alimentação. Pode-se encontrar ferro em alimentos como:
- carne de vaca, frango e peixe. 
- gema de ovo. 
- feijão, lentilhas, grão-de-bico, soja, vagem. 
- ervilhas, espinafre, brócolis, couve-flor, beterrabas. 
- folhas verde-escuras. 
- fígado, etc. 
- frutas: uvas, manga, etc.
- mariscos de concha: mexilhões, ostras.
Os vegetarianos mais radicais correm o risco de desenvolver anemia perniciosa, resultante da abstinência crônica de vitamina B12.
Nesse caso, também é útil ingerir alimentos ricos em betacaroteno, já que esse carotenóide é convertido pelo organismo em vitamina A, que pode ajudar a mobilizar o ferro armazenado no fígado. Os alimentos ricos em vitamina B6, que ajuda na formação da hemoglobina, também são benéficos. Consulte um médico antes de iniciar qualquer plano nutricional para combater anemia.
Tão importante quanto o alimento que será digerido, é sua forma de absorção. A absorção de ferro é mais efetiva quando é ingerida com o ácido ascórbico ou ácido cítrico, encontrados por exemplo na laranja e no limão. Segundo alguns especialistas no tema, alguns tipos de infusões, assim como o leite de vaca em excesso, podem inibir a absorção de ferro.

Fonte:https://br.guiainfantil.com/anemia/234-alimentos-contra-a-anemia-infantil.html

Anemia ferropriva na infância

Iron deficiency anemia in children


J Pediatr (Rio J) 2000;76(Supl.3):s298-s304
Definição
A anemia é definida como processo patológico no qual a concentração de hemoglobina (Hb), contida nos glóbulos vermelhos, encontra-se anormalmente baixa, respeitando-se as variações segundo idade, sexo e altitude em relação ao nível do mar, em conseqüência de várias situações como infecções crônicas, problemas hereditários sanguíneos, carência de um ou mais nutrientes essenciais, necessários na formação da hemoglobina, como ácido fólico, Vitaminas B12, B6 e C e proteínas(1). Entretanto, não resta dúvida de que a deficiência de ferro é a responsável pela maior parte das anemias encontradas, sendo denominada de anemia ferropriva.
Alguns aspectos sobre o metabolismo do ferro
O ferro pode ser encontrado sob 2 formas: ferrosa (Fe++) e férrica (Fe+++) e seu conteúdo corpóreo é de 3 a 5g, sendo que parte desempenha funções metabólicas e oxidativas (70% a 80%) e outra encontra-se sob a forma de armazenamento como ferritina e hemossiderina no fígado, baço e medula óssea (20% a 30%).
Mais de 65% do ferro corporal encontra-se na hemoglobina, cuja principal função é o transporte de oxigênio e gás carbônico. Na hemoglobina, um átomo de ferro divalente encontra-se no centro do núcleo tetrapirrólico (protoporfirina IX), formando-se o núcleo heme. O ferro, portanto, é indispensável na formação da hemoglobina(2).
Além disso, o ferro participa na composição da molécula de mioglobina do tecido muscular e atua como cofator de reações enzimáticas no ciclo de Krebs (responsável pelo metabolismo aeróbico dos tecidos) e na síntese das purinas, carnitina, colágeno e neurotransmissores cerebrais. O ferro faz parte da composição das flavoproteínas e das heme proteínas catalase e peroxidase (presentes nos eritrócitos e hepatócitos). Essas enzimas podem ser apontadas como responsáveis pela redução do peróxido de H+ produzido no organismo(3).
Atualmente, também pode-se estabelecer que o ferro está envolvido nas reações de conversão do beta-caroteno para a forma ativa da vitamina A, fato esse que explica, em parte, a importante interação entre estes nutrientes(4).
Necessidades e recomendações
Dada a grande importância do ferro, o organismo apresenta um mecanismo bastante eficaz, no sentido de serem evitadas perdas desse micronutriente. Dessa forma, seu teor é mantido dentro de determinados limites, com o objetivo de adequar a sua utilização. Até mesmo o ferro proveniente das hemáceas retiradas da circulação, cuja meia vida é de 120 dias, é reaproveitado. As perdas diárias do ferro situam-se em torno de 1 mg em decorrência, principalmente, da descamação celular. Além disso, pequenas quantidades são também perdidas pela urina, suor e fezes. Outras situações como menstruação, lactação e parasitoses, podem determinar perdas adicionais de ferro(2).
O trato intestinal tem um papel muito importante no mecanismo de reciclagem do ferro corporal, pois a absorção pode ser modificada conforme as necessidades do organismo, ou seja, quando as reservas são baixas, ocorre aumento significativo da absorção e, contrariamente, quando altas, sua inibição.
Como as necessidades de ferro corporal estão relacionadas às diversas etapas da vida, o grau de absorção intestinal de ferro também está vinculado à faixa etária. Exemplificando, uma criança de 12 meses apresenta absorção quatro vezes maior do que outras de diferentes grupos etários(5).
Levando-se em consideração esses aspectos, pode-se entender que as necessidades diárias de ferro são pequenas e variam conforme a fase da vida. Dessa forma, considerando-se absorção de 10%, a RDA (Recommended Dietary Allowances)(6) preconiza ingestão diária de 10mg de ferro elementar para crianças de 6 meses a 3 anos; 12 a 15mg, para adolescentes do sexo masculino e feminino, respectivamente; 10mg para adultos masculinos e femininos após cessarem as perdas menstruais; e 15mg para o sexo feminino em idade reprodutiva e nutrizes. Para gestantes as necessidades diárias são de 30mg.
Fontes alimentares
O ferro é encontrado em vários alimentos, tanto de origem animal (carnes de todos os tipos, leite e ovos), como vegetal (verduras de coloração verde escura, feijão, soja, entre outros). Entretanto, o que precisa ser evidenciado é a capacidade do organismo em aproveitar este ferro oferecido para exercer as suas mais diversas funções, o que determina a sua biodisponibilidade(7).
Absorção e transporte
A absorção do ferro no duodeno é dependente da natureza do complexo de ferro presente no lúmen intestinal, assim como da presença de fatores facilitadores ou inibidores na dieta, e de suas reservas orgânicas.
Sabe-se que são duas as vias de absorção do ferro: uma heme e outra não heme. O ferro ligado ao heme é proveniente de fontes de alimentos de origem animal (hemoglobina, mioglobina e outras heme proteínas). Além de ser bem absorvido, devido a sua alta biodisponibilidade, melhora a absorção do pool de ferro não heme.
O ferro não heme está presente em alimentos de origem vegetal, encontrando-se sob a forma de complexo férrico, que durante a digestão é parcialmente reduzido para a forma ferrosa, de mais fácil absorção, sob a ação do ácido clorídrico, bile e suco pancreático(7).
Após o processo de digestão, a maior parte do ferro forma um depósito intraluminal, sendo, portanto, sua absorção determinada por fatores facilitadores (ácido ascórbico, carnes em geral, aminoácidos como lisina, cisteína e histidina, ácidos cítrico e succínico, açúcares, como a frutose) ou inibidores (fitatos, presentes nos cereais; compostos fenólicos como flavanóides, ácidos fenólicos, polifenois e taninos, encontrados nos chás preto e mate, café e certos refrigerantes; sais de cálcio e fósforo, encontrados em fontes protéicas lácteas; as fibras e a proteína do ovo)(7).
Dessa forma, sempre deve ser levado em consideração que existem alimentos de alto teor em ferro como o feijão que, pela presença de fitatos e fibras, apresenta baixa biodisponibilidade. Em contrapartida, as carnes apresentam teores bem menores de ferro, porém de alta biodisponibilidade. O leite também é outro interessante exemplo de biodisponibilidade, pois o materno e o de vaca apresentam-se com praticamente o mesmo teor de ferro, porém o materno mostra-se com alta absorção e o de vaca, em função dos teores de sais de cálcio e fósforo, com baixa biodisponibilidade(8).
O ferro absorvido pode ser armazenado no citoplasma do enterócito de várias formas: conjugado à ferritina, a ligantes protéicos (mobilferrina) ou ligantes não protéicos (AMP, ADP, aminoácidos), responsáveis também pelo transporte do ferro do interior do enterócito até a membrana basolateral. Parte do ferro assim armazenado pode retornar ao lúmen intestinal pelo processo de descamação.
Na circulação, o ferro é transportado pela transferrina, sendo que cada molécula de transferrina liga-se a dois íons Fe+++. Dessa forma, a medida da saturação da transferrina sérica (% da relação do ferro sérico e a capacidade total de ligação do ferro) é considerada importante indicador do status de ferro no organismo.
Para que ocorra o aproveitamento do ferro pelo organismo, há necessidade de receptores específicos existentes em grandes quantidades em tecidos que mais necessitam do ferro (medula, fígado, placenta). Normalmente, cerca de 70% a 90% do ferro é captado pela medula óssea, para ser utilizado na produção da hemoglobina.
No fígado, baço e medula, o ferro pode ser depositado, ligado à ferritina e hemossiderina, até vinte vezes acima de sua quantidade normal(9).
Para o recém-nascido, as reservas de ferro formadas durante a gestação são particularmente importantes, pois constituirão importante fonte de ferro endógeno que, juntamente com a fonte exógena proveniente do leite materno, garantirão as necessidades de ferro até os 4-6 meses de vida.
Dessa forma, a dosagem de ferritina sérica é importante indicador dos estoques de ferro do organismo, pois é diretamente proporcional à quantidade dos níveis de ferro corporal.
Sinais clínicos e provas laboratoriais na detecção da deficiência de ferro e anemia
Foram identificados três estágios na instalação da deficiência de ferro. O primeiro estágio - a depleção de ferro - ocorre quando o aporte de ferro é incapaz de suprir as necessidades. Produz, inicialmente, uma redução dos depósitos, que se caracteriza por ferritina sérica abaixo de 12 µg/l, sem alterações funcionais.
Se o balanço negativo continua, instala-se a segunda fase - a eritropoiese ferro deficiente - caracterizada por diminuição do ferro sérico, saturação da transferrina abaixo de 16% e elevação da protoporfirina eritrocitária livre. Nessa fase, pode ocorrer a diminuição da capacidade de trabalho.
No terceiro estágio - a anemia por deficiência de ferro - a hemoglobina situa-se abaixo dos padrões para a idade e o sexo. Caracteriza-se pelo aparecimento de microcitose e de hipocromia.
A ocorrência da depleção de ferro nos estágios iniciais é substancialmente maior que a da anemia propriamente dita. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) / Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, para cada pessoa com anemia, exista, ao menos, mais uma com deficiência de ferro. Assim, em uma população com 50% de crianças com anemia - como é o caso do Brasil - 100%, de fato, são deficientes em ferro(10).
A definição operacional de anemia, em termos dos níveis de hemoglobina, foi estabelecida pela OMS, adotando o nível de 11,0 g/dl para crianças menores de seis anos e gestantes. Para crianças de 6 a 14 anos e mulheres adultas não grávidas, 12 g/dl e homens adultos, 13 g/dl(1).
Os sinais clínicos de anemia são de difícil reconhecimento, muitas vezes passando despercebidos como palidez, anorexia, apatia, irritabilidade, redução da capacidade de atenção e déficits psicomotores(11).
Etiologia da anemia ferropriva
De modo geral, a anemia instala-se em conseqüência de perdas sangüíneas e/ou por deficiência prolongada da ingestão de ferro alimentar, principalmente em períodos de maior demanda, como crianças e adolescentes que apresentam acentuada velocidade de crescimento. Além disso, a gestação e lactação também são períodos de maior demanda de ferro.
As causas de anemia ferropriva e deficiência de ferro podem ter início ainda no período intra-uterino. As reservas fisiológicas de ferro (0,5g/kg no recém-nascido a termo) são formadas no último trimestre de gestação e, juntamente com o ferro proveniente do leite materno, sustentam a demanda do lactente até o sexto mês de vida. Podemos, portanto, concluir que a prematuridade, pela falta de tempo, e o baixo peso ao nascer, pela pequena reserva, associados ao abandono precoce do aleitamento materno exclusivo, são as causas mais comuns que contribuem para a espoliação de ferro no lactente jovem. Na primeira infância, o problema agrava-se em decorrência de erros alimentares, principalmente no período de desmame, quando freqüentemente o leite materno é substituído por alimentos pobres em ferro. O leite de vaca é um exemplo, pois apesar de apresentar o mesmo teor em ferro que o leite materno, sua biodisponibilidade é muito baixa e, como se sabe, as mães freqüentemente substituem uma refeição pela mamadeira.
Além desses aspectos, como agentes agravantes e, muitas vezes, determinantes da formação insuficiente de depósitos de ferro, devem ser considerados o baixo nível socioeconômico e cultural, as condições de saneamento básico e de acesso aos serviços de saúde e o fraco vínculo na relação mãe/filho(12-14).
As perdas sangüíneas agudas ou crônicas espoliam as reservas de ferro no organismo e podem ser conseqüentes a patologias como o refluxo gastro- esofágico, intolerância à proteína do leite de vaca e parasitoses intestinais(12). Parasitas como o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus podem determinar perdas consideráveis de ferro, seja pelo próprio sangue sugado pelo parasita, como pelo sangramento decorrente da lesão na mucosa intestinal causada pelo parasita. Já por competição pelo alimento podem ser apontados o Ascaris lumbricoides e a Giardia lamblia. Deve ser lembrado, entretanto, que de modo geral, a faixa etária de maior incidência desses parasitas é a de maiores de 5 anos de idade.
Prevalência da anemia ferropriva
A deficiência de ferro e a anemia carencial ferropriva, devido a sua elevada prevalência, repercussões sobre o crescimento e desenvolvimento, resistência às infecções e associação com a mortalidade em menores de 2 anos, são consideradas um dos principais problemas de saúde pública, sendo a deficiência nutricional mais comum em todo o mundo(15).
A anemia ferropriva tem uma distribuição universal. Estima-se que 25% da população mundial é atingida pela carência de ferro, e os grupos populacionais mais atingidos são as crianças de 4 a 24 meses de idade, os escolares, as adolescentes do sexo feminino, as gestantes e as nutrizes(16).
A anemia ferropriva afeta 43% dos pré-escolares em todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvimento, que apresentam prevalências quatro vezes maiores que as encontradas nos países desenvolvidos. Essa elevada prevalência está relacionada com a falta de saneamento básico, baixas condições socioeconômicas e alta morbidade na infância(17).
Nas Américas, admite-se que aproximadamente 94 milhões de pessoas apresentem deficiência de ferro ou anemia ferropriva, principalmente no Caribe e nos Andes, afetando cerca de 60% das gestantes em 1997(18).
Em encontro ocorrido em Buenos Aires em 1992, foram apresentadas informações de diferentes estudos de diversos países da América Latina (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Venezuela, Haiti e Países do Caribe ). A prevalência de anemia em gestantes variou de 13 a 61% e em pré-escolares, de 18 a 45%(19). No Equador, em estudo nacional, a anemia ferropriva ocorreu em 70% das crianças entre 6 e 12 meses e em 45% entre os de 12 a 24 meses(18).
No Brasil, não existem dados nacionais sobre a prevalência de anemia ferropriva. No entanto, por meio de estudos pontuais em diversas regiões do país, tem-se observado nas últimas décadas aumento significativo da prevalência e gravidade de anemia ferropriva nos grupos de risco, em todas as regiões do país, independente de seu nível econômico. Na faixa etária de menores de 2 anos, a proporção de anêmicos situa-se entre 50% e 83%(20-22).
Na cidade de São Paulo, a prevalência vem aumentando. Em 1974, a anemia estava presente em 23% das crianças com idades compreendidas entre 6 e 60 meses, numa amostra representativa da população do Município(23). Em 1984, outro estudo registrou 36% de anêmicos(24), sendo que as maiores prevalências foram encontradas entre os 6 e 11 meses (54%), e entre 12 e 24 meses (58%).
As Unidades Básicas do Setor Público de Saúde (UBS) prestam serviços no atendimento à parcela da população mais carente do ponto de vista socioeconômico e, portanto, a mais vulnerável aos agravos nutricionais. Em uma UBS do Recife, encontrou-se 85% de crianças com anemia na faixa etária de 6 a 11 meses e 82% na de 12 a 23 meses de idade(25).
Em amostra de 2.992 crianças com idades compreendidas entre 6 e 23 meses, atendidas dentro da demanda espontânea de 160 Unidades Básicas de Saúde (UBS), em 63 municípios do Estado de São Paulo, foram detectadas 59% das crianças com dosagens de hemoglobina inferiores a 11,0 g/dl e, em 25%, valores inferiores a 9,5 g/dl(21).
Prevenção
A prevenção da anemia ferropriva deve ser estabelecida com base em quatro tipos de abordagens: educação nutricional e melhoria da qualidade da dieta oferecida, incluindo o incentivo do aleitamento materno, suplementação medicamentosa, fortificação dos alimentos e controle de infecções.
Nas recomendações dietéticas infantis, alguns cuidados podem ser tomados, visando a um melhor aporte de ferro ao organismo, tais como manutenção do aleitamento materno exclusivo até o 4o – 6o mês de vida e introdução de alimentos complementares ricos em ferro e dotados de agentes facilitadores de sua absorção (carnes em geral, frutas cítricas). Por outro lado, devem ser evitados, durante as refeições, os agentes inibidores como chás preto e mate, café e refrigerantes. O ideal é que as carnes sejam cozidas e não fritas, aproveitando o caldo da cocção.
Dessa forma, a escolha correta dos alimentos complementares é de fundamental importância, pois há necessidade de a alimentação da criança ser diversificada, balanceada e rica em ferro de alta biodisponibilidade.
A suplementação medicamentosa é bastante eficaz na prevenção e controle da anemia. Entretanto, alguns estudos já evidenciaram que esse tipo de intervenção apresenta um entrave que reduz significativamente o impacto sobre as condições hematológicas das crianças acompanhadas, que é a falta de vínculo mãe/filho, independentemente da condição nutricional. Como a mãe não interage de maneira satisfatória com seu filho, não percebe a gravidade dessa doença e, conseqüentemente, acaba por não administrar o medicamento à criança(26). Portanto, somente a preconização da suplementação medicamentosa com sulfato ferroso não deve dar ao profissional de saúde a segurança de que a criança está realmente recebendo o suplemento.
A Sociedade Brasileira de Pediatria(27) preconiza, quanto à suplementação profilática de ferro:
1) Recém-nascidos de termo, de peso adequado para a idade gestacional: em aleitamento materno, a partir do 6º mês, ou a partir do início do desmame (considera-se desmame a introdução de qualquer outro alimento em adição ao aleitamento materno), até o 24º mês de vida, receberão 1 mg de ferro elementar/ kg de peso/dia, ou dose semanal de 45mg, exceto nas crianças com fórmulas infantis fortificadas com ferro.
2) Prematuros e recém-nascidos de baixo peso: a partir do 30º dia de vida, 2 mg/kg de peso/dia, durante 2 meses. Após esse prazo, mesmo esquema dos recém-nascidos de termo com peso adequado para a idade gestacional.
No âmbito de saúde pública, em locais como creches e escolas, a proposta semanal tem se mostrado com melhores resultados que a diária, pois torna-se muito mais fácil a sua administração.
A utilização de alimentos fortificados é uma alternativa utilizada pelos países desenvolvidos há mais de 50 anos, com excelentes resultados.
A fortificação tem a grande vantagem de não necessitar a adesão das mães à proposta, de maneira que ao se ingerir o alimento, há a certeza da ingestão do ferro. Na escolha dos alimentos a serem fortificados deve ser lembrado que os alimentos devem ser de fácil acesso, de baixo custo e que pertençam à dieta habitual da região, sem ter seu paladar ou aspecto alterados, utilizando-se de compostos com boa biodisponibilidade.
O Grupo de Consultoria Internacional sobre Anemias de Origem Nutricional (INAGG) sugere as seguintes recomendações para o controle e prevenção das anemias nutricionais:
a) educação alimentar com incentivo ao consumo de alimentos ricos em ferro, respeitando os hábitos alimentares da população associados a grande incentivo dos programas de aleitamento materno;
b) melhoria dos sistemas de saneamento básico e assistência médica a todos, com controle de parasitoses intestinais;
c) criação de programas de suplementação de ferro em doses profiláticas aos grupos de risco, sob supervisão e acompanhamento;
d) criação e incentivo a programas de fortificação de alimentos, considerada atualmente a melhor medida preventiva a longo prazo, com menores custos.
A utilização de fórmulas lácteas e leites fortificados com sulfato ferroso, ferro quelato, ferro elementar em crianças menores de 2 anos apresenta resultados gratificantes(28,29).
Em Ribeirão Preto, interior do Estado de São Paulo, foram estudadas 21 famílias carentes, num total de 88 crianças entre 1 e 6 anos de idade, que receberam água fortificada com sulfato ferroso, na concentração de 10mg de ferro elementar por litro de solução, encontrando boa aceitação da água oferecida e melhora dos níveis de Hb(30).
Em experiência de combate à anemia ferropriva com leite em pó fortificado com sulfato ferroso e vitamina C foram avaliadas 107 crianças provenientes de 13 creches municipais da grande São Paulo e 228 provenientes do atendimento de Unidade Básica de Saúde. O leite em pó continha 9mg de ferro e 65mg de vitamina C por 100g de pó, sendo oferecido às crianças por um período de 6 meses. Nessa pesquisa, onde os níveis de anemia, no início do trabalho, foram de 66% e 73%, respectivamente, nas creches e UBS, tiveram as prevalências reduzidas para 21% e 18%, respectivamente, após a introdução do leite fortificado, além de melhora das condições nutricionais(29,31).
Em experiência inédita com ferro aminoácido quelato, num município do interior do Estado de São Paulo, introduziram-se 9mg de ferro e 2.000 UI de vitamina A por litro de leite oferecido às crianças que faziam parte do programa de combate à anemia. Com prevalência inicial de 76%, o município apresenta, hoje, níveis compatíveis aos dos países desenvolvidos, ou seja, prevalência de 4% nas crianças assistidas(32).
Esses resultados confirmam que a reversão do quadro de anemia pode ser facilmente obtida, desde que a equipe de saúde esteja adequadamente conscientizada e envolvida e que haja, concomitantemente, decisão política.
Tratamento
O objetivo do tratamento da anemia ferropriva deve ser o de corrigir o valor da hemoglobina circulante e repor os depósitos de ferro nos tecidos onde ele é armazenado.
Recomenda-se a utilização de sais ferrosos, preferencialmente por via oral. Os sais ferrosos (sulfato, fumarato, gluconato, succinato, citrato, etc.) são mais baratos e absorvidos mais rapidamente, porém produzem mais efeitos colaterais - náuseas, vômitos, dor epigástrica, diarréia ou obstipação intestinal, fezes escuras e, a longo prazo, o aparecimento de manchas escuras nos dentes. Sua absorção é maior quando administrado uma hora antes das refeições.
O conteúdo de ferro varia nos diferentes sais. A posologia sugerida é de 3 a 5 mg de ferro elementar por quilo de peso por dia, dividida em 2 a 3 doses(33).
O medicamento deve ser ingerido, se possível, acompanhado de suco de fruta rica em vitamina C, importante elemento facilitador da absorção do ferro.
Outra recomendação é que o medicamento não seja administrado juntamente com suplementos polivitamínicos e minerais. Existem interações do ferro com cálcio, fosfato, zinco e outros elementos, diminuindo sua biodisponibilidade. Outros fatores inibidores da absorção do ferro como chá mate ou preto, café e antiácidos devem ser evitados durante ou logo após a ingestão do medicamento.
Para que a eritropoiese se restabeleça, é fundamental que a dieta oferecida durante o tratamento seja balanceada, assegurando nutrientes suficientes, principalmente proteínas, para garantir o fornecimento dos aminoácidos essenciais à formação da hemoglobina, calorias, para evitar que estes aminoácidos sejam utilizados como fonte calórica e de alimentos ricos em vitamina C, para aumentar a biodisponibilidade do ferro da dieta.
A resposta ao tratamento é rápida, e o tempo de duração depende da intensidade da anemia. A absorção do íon ferro é muito maior nas primeiras semanas de tratamento. Estima-se uma absorção de 14% do ferro ingerido durante a primeira semana de tratamento, 7% após 3 semanas e 2% após 4 meses. O primeiro mês de terapia é fundamental para o sucesso do tratamento. Uma resposta positiva pode ser medida com um incremento diário de 0,1 g/dl na concentração da hemoglobina, a partir do quarto dia de tratamento. Observa-se aumento máximo da reticulocitose entre o 5° e 10° dias de tratamento, e elevação substancial da hemoglobina em torno da terceira semana.
A oferta do medicamento deve ser continuada por volta de 6 semanas após a normalização da hemoglobina, para possibilitar a reposição das reservas orgânicas de ferro.
A transfusão sangüínea somente está indicada em crianças com hemoglobina inferior a 5g/dl ou com sinais de descompensação cardíaca. Nessas situações é aconselhável a utilização de 10 ml/kg de concentrado de hemáceas, em venoclise lenta e monitoramento dos sinais vitais.
Portanto, para o tratamento da anemia carencial ferropriva é necessária uma abordagem global do problema, visando a adoção de medidas que transcendem em muito a visão isolada do tratamento da deficiência de ferro.

Considerações finais
Por meio da revisão bibliográfica, pode-se claramente verificar que são muitas as alternativas viáveis para a minimização da anemia ferropriva. Também fica claro que, qualquer que seja a medida escolhida (suplementação medicamentosa, fortificação de alimentos e/ou educação nutricional), a resposta é sempre efetiva, embora com variações no tempo de resposta, em maior ou menor proporção. Entretanto, no Brasil, a anemia ferropriva é um problema de saúde pública que, infelizmente, ainda está longe de ser resolvido, apesar de todo o conhecimento acumulado sobre o assunto e, conseqüentemente, de serem muito bem conhecidas as medidas de intervenção viáveis para a sua minimização.
Contudo, o que ainda não está suficientemente estabelecido, e que é decisivo para qualquer modificação no trágico quadro detectado em nosso País, é a decisão política em todos os níveis da Nação – federal, estadual e municipal –, uma vez que somente com decisão política clara e efetiva é que se obtêm resultados no âmbito de saúde pública.
É evidente que não deve ser desprezada a responsabilidade da equipe de saúde com este grave problema, pois o pouco compromisso é um fato que se percebe, claramente, no transcorrer dos anos, com resultante agravamento da situação em nossa população. Esta situação de acomodação precisa ser modificada, pois há muito a ser feito neste setor, e nossas crianças não devem esperar mais tempo para receberem o que lhes é de direito: a vida em todo o seu potencial.

Suzana de Souza Queiroz - Profa. Livre Docente e Adjunta. Diretora da Divisão de Pesquisa do Centro de Referência de Nutrição, Alimentação e Desenvolvimento Infantil (CRSMNADI). Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Marco A. de A. Torres - Coordenador do Programa de Combate à Anemia Ferropriva da Divisão de Pesquisa do CRSMNADI.
Endereço para correspondência:
Dra. Suzana de Souza Queiroz
Rua Maranhão, 101 - apto 92
CEP 01240-001 – São Paulo – SP
Fone/Fax: 11 214.2347
E-mail: ssqueiroz@dwnet.com.br
Fonte:http://www.jped.com.br/conteudo/00-76-s298/port.asp

VITAMINAS PARA O BEBÊ: NUTRIENTES IMPORTANTES AO RECÉM-NASCIDO


Os bebês saudáveis não precisam de multivitamínicos, mas às vezes de um nutriente específico. Abordaremos mais detalhadamente as vitaminas K, D e B12, o ferro e o flúor. Essas são as vitaminas para o bebê mais comentadas.

Vitaminas para o bebê



Vitamina K
Será administrada a todos os recém-nascidos no nascimento. A via oral (quatro doses, uma no nascimento e outra a cada duas semanas; há também outras pautas) é efetiva, embora seja melhor usar a vida intramuscular quando a mãe tomar anticoagulantes, rifampicina ou anticonvulsivos, ou quando o recém-nascido for incapaz de tomar leite pela boca nas primeiras 12 horas.

Vitamina D

A concentração de vitamina D no leite humano é baixa, sendo insuficiente para as necessidades da criança, que são de 10 mcg/dia. Portanto, se não houver exposição adequada ao sol ou em crianças com maiores índices de melanina (pele escura) deve ser suplementada a vitamina D na forma medicamentosa.
A vitamina D na realidade é um hormônio produzido na pele pelo efeito da luz solar. Quando a exposição à luz solar é insuficiente, a vitamina D também pode ser obtida dos alimentos. A quantidade de vitamina D no leite materno não é suficiente na ausência de exposição ao sol.
A quantidade de luz solar necessária para produzir vitamina D é pequena. Basta que o bebê passe duas horas por semana ao ar livre, vestido mas sem chapéu, mesmo que esteja nublado.

Vitamina B12

Apenas algumas bactérias são capazes de sintetizar a vitamina B12, é através delas que todos os animais obtêm essa vitamina. Não existe nenhum vegetal que contenha a vitamina B12.
Suplementos de vitamina B12 são particularmente importantes para a grávida e a mãe que amamenta. Considerando que é difícil determinar a quantidade mínima necessária de leite e ovos, é prudente que até mesmo as ovolactovegetarianas tomem B12.
Se a mãe tomou os suplementos adequados durante a gravidez e a amamentação, seu filho, como qualquer outro recém-nascido saudável, não precisa de suplementos de B12.

Ferro

A quantidade de ferro no leite materno (e no de todos os mamíferos estudados) é baixa, e não aumenta se a dieta da mãe é suplementada com ferro, nem diminui quando a mãe tem anemia. Supõe-se que o baixo conteúdo de ferro tem um valor adaptativo, evitando a proliferação de bactérias patogênicas no intestino.
O ferro está presente em quantidades baixas (0,3 mg/L) tanto no leite humano como no de vaca. No entanto, a absorção e a biodisponibilidade do ferro são muito maiores no leite humano. Cerca de 70% do ferro no leite materno são absorvidos. Em contrapartida a absorção é de apenas 30% no leite de vaca. Em bebês alimentados exclusivamente com leite materno nos primeiros 6 a 8 meses de vida é muito rara a ocorrência de anemia ferropriva.
Durante os primeiros meses, o bebê não obtém o ferro da dieta, mas das reservas que tinha ao nascer. Calcula-se que essas reservas são esgotadas entre 6 e 12 meses, e que a partir dessa idade os bebês devem ingerir, além do leite materno, outros alimentos ricos em ferro (na verdade, esse é o principal motivo pelo qual a alimentação complementar é introduzida aos 6 meses).
A introdução precoce de outros alimentos (cereais, vegetais) na dieta de crianças amamentadas ao seio pode comprometer a absorção do ferro por mecanismo de quelação, assim como, o uso de chás, muito comum em crianças em aleitamento materno, reduz a absorção desse mineral.
Contudo, nem todos os bebês precisam de ferro (que é uma das vitaminas para o bebê mais importantes do metabolismo das células vivas) aos seis meses. Foram descritos bebês com aleitamento materno exclusivo, sem suplementos de ferro e com hemoglobina normal até os 18 meses.
Um método simples para aumentar as reservas de ferro do recém-nascido e diminuir, portanto, a incidência de anemia e a necessidade de suplementação é o clampeamento tardio do cordão umbilical.
A absorção do ferro não orgânico é pobre, a não ser que ele seja consumido junto com vitamina C. Por isso não é uma boa ideia oferecer a dieta dissociada para bebês (uma refeição de fruta, outra de cereais, outra de legumes…), e seria melhor comer um pouco de legumes ou frutas antes ou depois de outros alimentos.

Flúor

A concentração de flúor no leite humano é suficiente e a Academia Americana de Pediatria não recomenda administrar suplementos de flúor aos menores de 6 meses. Depois dos seis meses, deve-se considerar a concentração de flúor na água que é bebida.
vitaminas para o bebê

Créditos da foto: Instagram – @pipipum




Referência Bibliográfica: 
  • REGO, José Dias. Aleitamento Materno – “Uso de Medicamentos, Drogas e Cosméticos durante a amamentação”. 3ª edição. São Paulo. Editora Atheneu, 2015.
  • GONZÁLEZ, Carlos. Manual Prático de Aleitamento Materno/ Carlos González; [tradução Maria Bernardes]. São Paulo. Editora Timo, 2014. 240 p. 
Fonte:http://blogdalo.com.br/vitaminas-para-o-bebe/


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