5 características das pessoas emocionalmente imaturas
O que caracteriza as pessoas emocionalmente imaturas? As questões da maturidade e imaturidade trazem consigo muitos mitos. As pessoas não admitem ser rotuladas ou analisadas por um único aspecto. Cada um de nós é um recipiente no qual se misturam diferentes formas de consciência: somos ignorantes e sábios, crianças e idosos, maduros e imaturos. Somos uma mistura, embora dependendo do momento algumas características se destaquem mais do que outras.
A imaturidade emocional pode ser definida como uma condição onde as pessoas não renunciaram aos seus desejos ou fantasias da infância. Acreditam que o mundo gira ao seu redor e está aí para satisfazer os seus desejos e fantasias, ou que a realidade deve se ajustar ao que elas desejam. Da mesma forma, a maturidade emocional pode ser definida como um estado de força e temperança que nos leva a comportamentos realistas e equilibrados.
“A maturidade começa a se manifestar quando sentimos que nos preocupamos mais com os outros do que com nós mesmos”.
– Albert Einstein –
Mais do que uma definição abstrata, a maturidade ou imaturidade se mostra através de características de comportamento. Listamos aqui cinco características que são próprias das pessoas emocionalmente imaturas.
Traços das pessoas emocionalmente imaturas
1. Pessoas egocêntricas
Entender que o mundo não gira ao seu redor é um grande passo no processo da maturidade. O bebê não sabe disso. Então, ele pede para se alimentar às 2 da manhã e não se importa se isso afeta o sono dos pais. À medida que cresce, aprende a reconhecer que nem sempre consegue tudo o que quer, que as outras pessoas e o seu mundo também têm as suas necessidades.
O amadurecimento envolve sair da prisão de si mesmo e perder a ilusão que rodeia a vida de um bebê: basta pedir para que uma necessidade ou desejo seja satisfeito. Enquanto estamos perdendo gradualmente essa fantasia, também estamos nos tornando conscientes de uma bela possibilidade: a aventura de explorar o universo dos outros. Se tudo correr bem, aprenderemos a preservar o eu e chegaremos até você.
2. A dificuldade para assumir compromissos
Um sinal claro de imaturidade nas pessoas é a dificuldade de assumir compromissos. Para uma criança é muito difícil desistir do que deseja naquele momento para alcançar um objetivo a longo prazo. Se lhe dermos uma guloseima e lhe dissermos que se não a comer naquele momento ganhará mais uma, o desejo de comer a guloseima que tem na mão se imporá.
Através do processo de maturidade compreendemos que os sacrifícios e as restrições são necessárias para alcançarmos o sucesso. Comprometer-se com uma meta ou uma pessoa não é uma limitação da liberdade, mas uma condição para se projetar melhor a longo prazo.
3. Tendência de culpar os outros
As crianças são dirigidas em grande parte da sua vida por outras pessoas, e não agem conforme a sua vontade. No entanto, elas estão em um processo de formação e inserção em uma cultura. Enquanto são pequenos, acreditam que o erro acarreta uma punição. Eles não se importam muito com os danos que causaram, mas com a punição ou as sanções que podem receber.
Crescer é abandonar esse doce estado de irresponsabilidade. Amadurecer é compreender que somos os únicos responsáveis pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Reconheça os seus erros e aprenda com eles. Saiba reparar os danos que causou e aprenda a pedir perdão.
4. Estabelecer laços de dependência
Para as pessoas imaturas, os outros são um meio e não um fim em si mesmos. Não precisam dos outros porque os amam, mas os amam porque precisam deles. Dessa forma, eles costumam construir laços através da dependência.
Para estabelecer ligações com base na liberdade, somos obrigados a ter autonomia. No entanto, as pessoas emocionalmente imaturas não têm uma noção clara do que seja autonomia. Muitas vezes elas acreditam que satisfazer as suas vontades é um comportamento autônomo, mas para assumir as consequências dos seus atos, elas precisam dos outros para amortecer, esconder ou aliviar a sua responsabilidade.
5. A irresponsabilidade na gestão do dinheiro
A impulsividade é uma das características mais marcantes das pessoas imaturas. Uma impulsividade que se expressa frequentemente na forma como administram seus recursos, como por exemplo, o dinheiro. Assim, a fim de satisfazer os seus desejos imediatamente, compram o que não precisam com o dinheiro que não têm.
Às vezes elas embarcam em aventuras financeiras bizarras: não analisam objetivamente os investimentos e não conseguem avaliar as consequências a médio e longo prazo. Por isso, vivem sempre endividadas, somente para satisfazer todos os seus caprichos.
A pessoa não decide ser imatura. Todas essas características de imaturidade não surgem ou permanecem com a decisão consciente dos indivíduos. Quase sempre resultam das lacunas ou vazios sofridos na infância ou podem ser consequência de experiências infelizes que o impediram de evoluir. Se você é assim ou conhece alguém assim, não o julgue. Na verdade, o importante é perceber que impulsionar o seu próprio crescimento emocional pode levá-lo a uma vida melhor.
Imagem principal cortesia de Catrin Welz-Stein.
Fonte:https://amenteemaravilhosa.com.br/pessoas-emocionalmente-imaturas/
IMATURIDADE EMOCIONAL
Em psicologia o termo imaturidade costuma se referir às crianças considerando o momento de prontidão para cada fase.
Mas vejo que é comum as pessoas usarem o termo “imaturo” quando um adulto apresenta comportamentos aos quais esperava-se que não manifestasse mais.
Alguns comportamentos típicos da infância podem continuar se manifestando em fases adultas.
-Seria desejável que não apresentássemos nenhum comportamento típico infantil?
Talvez a resposta para isto seria melhor formulada se identificássemos a qual comportamento nos referimos. Por exemplo, alguns adultos tem muita facilidade em sentar no chão para brincar com crianças ou animais, rir de forma solta e gostosa, fazer brincadeiras gentis, colocar expressões em seu rosto que demostram doçura e que poderiam muito facilmente ser identificadas em rostos de crianças, etc. Podemos considerar negativo este tipo de comportamento? Acredito se levarmos esta parte da infância para o longo da vida podemos ser beneficiados com uma leveza bem interessante.
IMATURIDADE NEGATIVA
Não creio que exista “oficialmente” o termo imaturidade negativa mas considerei que reflete o tipo de imaturidade condenada pelas pessoas de forma geral.
Costuma haver expectativas em relação às atitudes que tomamos conforme nos tornamos adultos. Algumas ações como por exemplo reclamar do que não pode ser alterado, pode ser uma dos objetos de cobrança por parte das pessoas que convivem com adultos e, em algumas situações a própria pessoa percebe que seria mais interessante não apresentar tal comportamento pois, é comum passarmos por situações negativas que não são de nosso desejo e não temos influencia para mudarmos a tal situação. O foco em reclamar pode fazer com que a pessoa priorize apenas o lamenta-se e o sentimento de vítima deixando de lado oportunidades tanto em crescer com a situação como em procurar outras formas de lidar com os obstáculos. As pessoas podem considerar imaturidade pelo fato de ser característico de crianças o, ainda, não desenvolvimento da capacidade em olhar para o ocorrido de forma mais ampla e encontrar saídas para seus infortúnios.
A falta de comprometimento com atividades adultas como por exemplo a administração de sua vida financeira, relacionamentos estáveis, etc. Também podem ser visto como imaturidade. Espera-se que no decorrer da vida assumamos nossos compromissos em cada fase de forma que a independência vá se desenvolvendo até chegar o momento de ser responsável também por outras pessoas. Portanto pessoas que esperaram que, por um longo período de sua vida, haja alguém que a proteja e cuide de seus interesses costuma ser vista como imatura.
IMPULSIVIDADE
O controle dos impulsos também é algo que pode ser desenvolvido com o amadurecimento. Crianças costumam pedir doces na hora do almoço, recusam-se a tomar banho pois não querem parar a brincadeira, etc. Um adulto costuma ser visto como imaturo quando prioriza apenas o momento atual agradável, tem dificuldade em adiar o prazer para que possa conseguir um benefício maior a longo prazo, não calcula o preço alto a ser pago, tanto em termos de saúde como em outras esferas, quando não limita consumos e comportamentos. “Eu quero, e quero agora, não me importa o que isso vai causar a mim ou às outras pessoas”.
ORIGEM DA IMATURIDADE EMOCIONAL
Não há regra que possa ser aplicada a todas as pessoas. Cada qual poderá ser avaliado por um psicólogo e identificar o porquê deste comportamento ainda imaturo. Por exemplo, a imaturidade emocional no adulto pode ter sido originada por situações emocionalmente dolorosas e não superadas, por famílias superprotetoras, por falta de oportunidade em treinar novos comportamentos, por características de personalidade, por dificuldade em lidar com outras questões, por carência afetiva, pode ser manifestação de sintomas de quadros clínicos como depressão, etc.
Referencias
Bjorklund, D. F. (2006). The evolution and function of adult attachment: A comparative and phylogenetic analysis. Journal of Personality and Social Psychology, 89, 731-746.
Jarvis, P. (2006). Rough and Tumble play: Lessons in life. Evolutionary Psychology, 4, 330-346.
Marisa de Abreu Alves
Psicóloga
CRP 06/29493
Psicóloga
CRP 06/29493
Fonte:http://www.marisapsicologa.com.br/imaturidade.html
Como é uma personalidade imatura?
Por Enrique Rojas
Será que sou uma pessoa imatura? O autor, renomado psiquiatra espanhol, oferece aqui dez pontos bastante claros que possibilitam um auto-exame preciso.
A personalidade é a soma dos padrões de conduta reais e potenciais e é determinada por três fatores: a herança (o nosso patrimônio genético, aquilo que herdamos os nossos pais), o ambiento (aquilo que nos cerca) e a experiência de via (a biografia de cada um). A personalidade é a marca própria e específica de cada um. O cartão de visita. Noutras palavras, a personalidade é uma organização dinâmica, em movimento, em que confluem s aspectos físicos, psicológicos, sociais e culturais de um indivíduo. Nós, psiquiatras, dedicamo-nos à engenharia do comportamento. Somos escavadores das superfícies psicológicas, procuramos aprofundar na mecânica interna do comportamento, para corrigi-lo, melhorá-lo, torná-lo mais equilibrado.
A pessoa imatura é uma pessoa a meio caminho, com uma psicologia incipiente, incompleta, que no está bem acabada e que tem muitos pontos negativos, mas que pode mudar, melhorar e tornar-se mais sólida, com a ajuda de um psiquiatra ou de um psicólogo.
Tentarei sistematizar os ingredientes principais da imaturidade, para que o leitor possa adentrar num tema tão complexo.
1. Defasagem entre a idade cronológica e a idade mental. É uma das manifestações que mais chama a atenção logo de cara. Não esqueçamos que há pessoas que amadurecem cedo e outras que levam mais tempo, e isso pode interferir um pouco na observação.
2. Desconhecimento de si próprio. Conhecer-se a si próprio era uma das normas do herói grego. No templo dedicado ao deus Apolo, em Delfos, havia a inscrição: Gnothi Seauton, “conhece-te a ti mesmo”. Trata-se de ter claro que aquilo que devemos estudar com mais afinco somos nós mesmos, temos de saber quais são as nossas limitações e as nossas atitudes. O conhecimento dessas realidades é como que a carta de navegação que nos ajuda a guiar-nos para uma vida adequada.
3. Instabilidade emocional. A instabilidade emocional manifesta-se em mudanças do estado de ânimo: o sujeito passa da euforia à melancolia de um dia para outro ou mesmo dentro de um mesmo dia. É preciso distinguir essa variação dos chamados transtornos bipolares. O imaturo é desigual, variável, irregular, os seus sentimentos movem-se e balançam como um pêndulo, de maneira que ninguém nunca sabe o que esperar dele. Essa fragilidade é um traço bem característico da imaturidade. O seu estado de ânimo pode ser representado pelos dentes de uma serra, uma espécie de montanha russa cheia de oscilações.
4. Pouca ou nenhuma responsabilidade. A imaturidade tem níveis, como qualquer outro fato psicológico. A palavra “responsabilidade” vem do latim respondere, que significa “responder”, “prometer”, “satisfazer”. Estar na realidade é ter consciência das próprias circunstâncias imediatas – o hoje e o agora –, que são inescapáveis e que ninguém pode menosprezar.
5. Pouca ou nenhuma percepção da realidade. A captação incorreta de si próprio e das circunstâncias leva o sujeito a ter um comportamento inadequado nas suas relações intrapessoais (desarmonia consigo próprio) e interpessoais (não sabe lidar com os outros, não sabe guardar distâncias e proximidades).
6. Ausência de um projeto de vida. A vida não pode ser improvisada. É preciso uma certa organização, um esquema que planeje o futuro. E os três grandes temas do nosso projeto de vida devem ser: o amor, o trabalho e a cultura. E o sujeito imaturo não assume seriamente nenhum dos três. Não se vive sem amor; o amor deve ser o primeiro motor da vida, que impulsiona e dá força aos outros dois. Do nosso comprometimento com esses três grandes temas, brota a felicidade, suma e compêndio de uma vida coerente.
7. Falta de maturidade afetiva. É preciso compreender o que é o amor e vê-lo como a vértebra da nossa vida sentimental. É o amor que dá sentido à vida. Mas não há amor sem renúncias. Além disso, é preciso ter a consciência de que ninguém é absoluto para o outro. Não há amor eterno; ele só existe nos filmes, nas canções da moda e na cabeça das pessoas imaturas. O que, sim, existe é o amor trabalhado a cada dia. Amar não significa ter sentimentos doces, mas voltar-se juntamente com o outro para as pequenas realidades cotidianas. No meu livro ¿Quién eres? (“Quem é você?”), descrevo a maturidade afetiva como uma dimensão à parte, com características próprias e específicas. Só gostaria de sublinhar uma coisa: como é fácil apaixonar-se e como é difícil manter-se apaixonado! Assistimos hoje uma verdadeira socialização da imaturidade afetiva.
8. Falta de maturidade intelectual. A inteligência, assim como a afetividade, é outra das grandes ferramentas da psicologia. Há muitas formas de inteligência: teórica, prática, social, analítica, sintética, discursiva, matemática, analógica, intuitiva e reflexiva… Mas façamos uma idéia clara: uma pessoa é inteligente quando sabe focar um tema, fazer raciocínios e juízos adequados sobre a realidade, quando é capaz de formular um conjunto de soluções exeqüíveis e positivas para problemas concretos. Na linguagem mais moderna da psicologia cognitiva: inteligência é saber receber a informação a informação, codificá-la e ordená-la de corretamente a fim de oferecer respostas válidas, coerentes e eficazes. Nesse campo, as manifestações de imaturidade são ricas e variadas: falta de visão e planejamento do futuro; hipertrofia do presente e exaltação do instante; falta de justiça nas análises pessoais e gerais; sérias dificuldades para racionalizar os fatos e aplicar-lhes um certo espírito cartesiano. A vida é como um viagem e por isso é importante saber aonde se quer chegar.
9. Pouca educação da vontade. A vontade é uma una joia que enfeita a personalidade do homem maduro. Se é frágil e não foi temperada pro uma luta constante, transforma o sujeito em um tipo débil, mole, volúvel, caprichoso, incapaz de propor-se objetivos concretos, já que tudo se desfaz com o primeiro estímulo que vem de fora e o faz abandonar a tarefa que levava a cabo. É a imagem do menino mimado, que é digna de pena: levado, arrastado e tiranizado por aquilo que é mais gostoso, aquilo que o corpo pede no momento. Não sabe dizer “não”, fazer renúncias. Um menino estragado, paparicado, malcriado, que se dobra diante de qualquer exigência séria, que nunca superará as suas próprias possibilidades. Um ser que aprendeu a não se vencer, mas a seguir os seus impulsos imediatos. Por essa via, tornou-se um sujeito volúvel, inconstante, leviano, superficial, frívolo, que se entusiasma facilmente com algo para abandoná-lo logo que as coisas ficam minimamente difíceis.
E isso acarreta outras conseqüências. O sujeito apresenta baixa tolerância às frustrações, é um mal perdedor, pois tem pouca capacidade de superar as adversidades uma vez que não está acostumado a vencer-se em quase nada; e há também uma tendência a refugiar-se num mundo fantástico a fim de escapar da realidade.
10. Critérios morais e éticos instáveis. A moral é a arte de viver com dignidade, de usar corretamente a liberdade, de conhecer e pôr em prática aquilo que é bom. Na pessoa imatura tudo está preso por alfinetes que se soltam facilmente. A moda, a permissividade, o relativismo pautam a sua vida. Ele segue os vaivens das novidades sem nenhum espírito crítico.
A maturidade é uma das pontes levadiças que conduz à fortaleza da felicidade e é resultado de um trabalho sério e paciente de perder e agregar, de polir, de limar, de procurar que a nossa forma de ser seja como uma pedra dessas que vemos nos rios que quase não têm arestas.
Enrique Rojas: Psiquiatra espanhol especializado em temas como ansiedade e depressão. Recebeu prêmios na Espanha e no estrangeiro e os seus muitos livros são conhecidos em diversos países. Algumas das suas obras estão traduzidas para o português, entre elas: “O homem light”, “A ansiedade” e “Remédios para o desamor”.
Fonte: Interrogantes.net
Tradução: Cristian Clemente
Fonte:http://blog.quadrante.com.br/como-e-uma-personalidade-imatura/
Maturidade emocional e capacidade de lidar com frustrações
Por Juliana Santin
Era uma vez uma menina que, aos 7 anos de idade, precisou usar óculos. Esse acontecimento foi um grande sofrimento para ela, que sentiu-se estranha, diferente, feia. Essa menina odiou ter que usar óculos com todas as suas forças. Escondia-se das pessoas quando estava de óculos. Chorou por isso, achou-se a pior das criaturas. Com o avanço da idade, ela passou a usar lentes de contato, mas seu sonho mesmo era fazer cirurgia para correção e livrar-se de uma vez por todas desse tormento. Finalmente, esse dia chegou! Ela operou os olhos e pronto. Livrou-se para sempre dos óculos e das lentes.
Até que, um tempo após a cirurgia, ela notou que a vista não estava muito boa e veio a notícia: teria que voltar a usar óculos! E é aqui que vem o grande desfecho da história que é o gancho para esse texto: dessa vez, a menina – agora, mulher – não mais esbravejou, não mais chorou escondida, não mais escondeu-se. Comprou óculos modernos e bonitos e passou a usá-los como acessório. Preferia não precisar usá-los – quem não prefere ter a vista perfeita? -, mas, já que tem que usar, o melhor a fazer é aceitar e lidar da melhor forma possível.
Essa história foi narrada por uma de minhas irmãs. E, pela foto acima – sim, essa moça da foto é minha irmã – percebe-se que ela obteve sucesso na escolha dos novos óculos.
Ela me contou isso, justamente refletindo sobre como uma coisa que foi tão problemática para ela na infância, adolescência e juventude agora perdeu peso, tem outro valor.
Até que, um tempo após a cirurgia, ela notou que a vista não estava muito boa e veio a notícia: teria que voltar a usar óculos! E é aqui que vem o grande desfecho da história que é o gancho para esse texto: dessa vez, a menina – agora, mulher – não mais esbravejou, não mais chorou escondida, não mais escondeu-se. Comprou óculos modernos e bonitos e passou a usá-los como acessório. Preferia não precisar usá-los – quem não prefere ter a vista perfeita? -, mas, já que tem que usar, o melhor a fazer é aceitar e lidar da melhor forma possível.
Essa história foi narrada por uma de minhas irmãs. E, pela foto acima – sim, essa moça da foto é minha irmã – percebe-se que ela obteve sucesso na escolha dos novos óculos.
Ela me contou isso, justamente refletindo sobre como uma coisa que foi tão problemática para ela na infância, adolescência e juventude agora perdeu peso, tem outro valor.
Contou sobre como encarou de uma maneira tão diferente essa frustração – e foi, mesmo uma frustração, pois ninguém opera os olhos achando que vai precisar de óculos de novo – e sobre como o que antes a deixava tão desconfortável, hoje já incomoda pouco, quase nada.
Isso me levou a refletir sobre essa questão tão importante e difícil: a maturidade emocional.
Isso me levou a refletir sobre essa questão tão importante e difícil: a maturidade emocional.
O psiquiatra Flávio Gikovate tem uma definição muito interessante para essa questão. Para ele, a maturidade refere-se basicamente a uma boa tolerância à frustração. Ele deixa claro que maturidade, apesar de a palavra nos levar a crer que se trata de “idade madura”, não tem a ver com o avanço da idade. Há pessoas mais velhas imaturas, bem como há jovens muito maduros.
Então, tornamo-nos pessoas cada vez mais maduras quando passamos a ter maior tolerância às frustrações. Isso diz respeito a fatos imutáveis e sobre os quais não temos controle algum, como é o caso da necessidade de usar óculos da minha irmã, bem como a frustrações relacionadas a erros e falhas que cometemos. Isso também diz respeito à tolerância ligada às incertezas da vida.
“Tolerar bem frustrações não significa não sofrer com elas e muito menos não tratar de evitá-las. A boa tolerância às dores da vida implica certa docilidade, capacidade de absorver os golpes e mais ou menos rapidamente se livrar da tristeza ou ressentimento que possa ter sido causado por aquilo que nos contrariou”. (F. Gikovate)
Assim, uma pessoa emocionalmente madura, embora também se frustre, consegue lidar melhor com os sofrimentos derivados dessas frustrações, consegue não descontar nos outros seus descontentamentos, bem como consegue aceitar com mais serenidade os fatos que não há como mudar. Por exemplo, minha irmã precisa usar óculos para enxergar.
“Tolerar bem frustrações não significa não sofrer com elas e muito menos não tratar de evitá-las. A boa tolerância às dores da vida implica certa docilidade, capacidade de absorver os golpes e mais ou menos rapidamente se livrar da tristeza ou ressentimento que possa ter sido causado por aquilo que nos contrariou”. (F. Gikovate)
Assim, uma pessoa emocionalmente madura, embora também se frustre, consegue lidar melhor com os sofrimentos derivados dessas frustrações, consegue não descontar nos outros seus descontentamentos, bem como consegue aceitar com mais serenidade os fatos que não há como mudar. Por exemplo, minha irmã precisa usar óculos para enxergar.
Diante disso, ela tem duas opções: xingar, sofrer, chorar, se revoltar, achar que é o fim do mundo – mas usar mesmo assim, porque não há alternativa -, ou entender que é chato, mas é o que é, então, o negócio é tornar a questão a melhor possível, que, nesse caso, significa investir em uma armação bonita, por exemplo.
O exemplo dos óculos pode ser extrapolado para tudo. Sempre que passamos por situações frustrantes, mas sobre as quais não temos controle, a escolha mais madura é controlar as emoções e lidar com o máximo de docilidade possível. Em situações como filas intermináveis, erros em sistemas, perda de oportunidades, decepção com os outros, etc., a maturidade leva a um enfrentamento cada vez mais tranquilo dessas situações.
Além disso, a maturidade emocional leva a uma tolerância maior a erros e falhas e essa é uma grande conquista, pois isso leva a uma redução do medo. Uma pessoa que aguenta melhor o sofrimento e a frustração vai arriscar mais, pois sabe que pode errar, passar vergonha, perder dinheiro, sofrer de alguma maneira, mas já aprendeu a lidar com o sofrimento. A pessoa que aguenta melhor o sofrimento arrisca mais e, consequentemente, cresce e se desenvolve mais também. Assim, a maturidade emocional é condição para o desenvolvimento e o crescimento pessoal.
O exemplo dos óculos pode ser extrapolado para tudo. Sempre que passamos por situações frustrantes, mas sobre as quais não temos controle, a escolha mais madura é controlar as emoções e lidar com o máximo de docilidade possível. Em situações como filas intermináveis, erros em sistemas, perda de oportunidades, decepção com os outros, etc., a maturidade leva a um enfrentamento cada vez mais tranquilo dessas situações.
Além disso, a maturidade emocional leva a uma tolerância maior a erros e falhas e essa é uma grande conquista, pois isso leva a uma redução do medo. Uma pessoa que aguenta melhor o sofrimento e a frustração vai arriscar mais, pois sabe que pode errar, passar vergonha, perder dinheiro, sofrer de alguma maneira, mas já aprendeu a lidar com o sofrimento. A pessoa que aguenta melhor o sofrimento arrisca mais e, consequentemente, cresce e se desenvolve mais também. Assim, a maturidade emocional é condição para o desenvolvimento e o crescimento pessoal.
“Os mais evoluídos emocionalmente tendem a ser mais ousados e a buscar com determinação a realização de seus projetos. Têm menos medo dos eventuais – e inevitáveis – fracassos, pois se consideram suficientemente fortes para superar a dor derivada dos revezes. Ao contrário, aprendem com seus tombos, reconhecem onde erraram e seguem em frente com otimismo e coragem ainda maior. Costumam ter melhores resultados do que aqueles mais ponderados e comedidos, condição que não raramente esconde o medo do sofrimento próprio dos que enfrentam os riscos”. (F. Gikovate)
O próprio autoconhecimento depende dessa capacidade de aguentar as dores e sofrimentos, porque não é nada fácil olhar para dentro de si mesmo e enxergar falhas, erros, problemas. Esse ato de cutucar feridas e abrir armários é extremamente difícil. Se não formos capazes de tolerar essas dores e frustrações, não teremos coragem de olhar para dentro e essa é, com certeza, condição essencial para o crescimento e o desenvolvimento pessoal.
Gikovate também explica que uma pessoa madura emocionalmente tem maior empatia, ou seja, capacidade de se colocar no lugar do outro, porque, muitas vezes, ao nos colocarmos no lugar do outro sentimos o sofrimento dele. A pessoa imatura se fecha para esse tipo de exercício, porque não aguenta o sofrimento. Quando conseguimos nos colocar no lugar dos outros certamente lidamos melhor com as diferenças, pensamos mais antes de falar, conseguimos ser mais gentis, conseguimos não levar tudo para o lado pessoal.
A maturidade emocional também é essencial para nos ajudar a lidar com as incertezas da vida. E quantas são as incertezas da vida! Tornamo-nos maduros quando abrimos mão daquele desejo infantil de querer garantias de que algo vai dar certo, de querer ter certeza de que não vamos falhar, de querer controlar tudo. É angustiante lidar com as incertezas, mas o fato é que vivemos em um mar de incertezas. Quanto maior nossa maturidade, mais tranquila e alegre é nossa trajetória.
A maturidade emocional é conquistada com esforço, com coragem, com um grande componente racional, está sempre em desenvolvimento e é o ingrediente principal de uma vida mais tranquila e leve – cheia de frustrações, erros, dores e sofrimentos, como é mesmo a vida, afinal, mas sem que isso seja determinante.
Isso, por fim, lembrou-me a oração da serenidade, que aprendi ainda criança quando frequentava reuniões públicas dos Alcoólicos Anônimos, a convite de meu avô, ex-alcóolatra que precisou de muita coragem e força para obter essa conquista, que pede coragem para mudar as coisas que se pode mudar, serenidade para aceitar as que não podem ser mudadas e sabedoria para distinguir umas das outras.
O próprio autoconhecimento depende dessa capacidade de aguentar as dores e sofrimentos, porque não é nada fácil olhar para dentro de si mesmo e enxergar falhas, erros, problemas. Esse ato de cutucar feridas e abrir armários é extremamente difícil. Se não formos capazes de tolerar essas dores e frustrações, não teremos coragem de olhar para dentro e essa é, com certeza, condição essencial para o crescimento e o desenvolvimento pessoal.
Gikovate também explica que uma pessoa madura emocionalmente tem maior empatia, ou seja, capacidade de se colocar no lugar do outro, porque, muitas vezes, ao nos colocarmos no lugar do outro sentimos o sofrimento dele. A pessoa imatura se fecha para esse tipo de exercício, porque não aguenta o sofrimento. Quando conseguimos nos colocar no lugar dos outros certamente lidamos melhor com as diferenças, pensamos mais antes de falar, conseguimos ser mais gentis, conseguimos não levar tudo para o lado pessoal.
A maturidade emocional também é essencial para nos ajudar a lidar com as incertezas da vida. E quantas são as incertezas da vida! Tornamo-nos maduros quando abrimos mão daquele desejo infantil de querer garantias de que algo vai dar certo, de querer ter certeza de que não vamos falhar, de querer controlar tudo. É angustiante lidar com as incertezas, mas o fato é que vivemos em um mar de incertezas. Quanto maior nossa maturidade, mais tranquila e alegre é nossa trajetória.
A maturidade emocional é conquistada com esforço, com coragem, com um grande componente racional, está sempre em desenvolvimento e é o ingrediente principal de uma vida mais tranquila e leve – cheia de frustrações, erros, dores e sofrimentos, como é mesmo a vida, afinal, mas sem que isso seja determinante.
Isso, por fim, lembrou-me a oração da serenidade, que aprendi ainda criança quando frequentava reuniões públicas dos Alcoólicos Anônimos, a convite de meu avô, ex-alcóolatra que precisou de muita coragem e força para obter essa conquista, que pede coragem para mudar as coisas que se pode mudar, serenidade para aceitar as que não podem ser mudadas e sabedoria para distinguir umas das outras.
TEXTO ORIGINAL DE OBVIOUS
Fonte:http://www.psicologiasdobrasil.com.br/maturidade-emocional-e-capacidade-de-lidar-com-frustracoes/
Você é um adulto imaturo? Descubra aqui.
Em qualquer relacionamento seu mesmo o mais trivial deles, sempre estarão refletidos seus valores e suas crenças e você estará expressando sua Inteligência Emocional.
Em qualquer decisão que você tomar você está expressando sua integridade. Você simplesmente não consegue deixar de expressar sua maturidade emocional e sua inteligência emocional.
A Maturidade Emocional mostra a habilidade que você tem em conhecer e monitorar suas emoções, acessar e compreender o estado emocional das outras pessoas e a capacidade de influenciar o comportamento e decisões destas pessoas.
Quantos anos você tem emocionalmente?
Você está crescendo ou só ficando mais velho?
Compare seu comportamento habitual no gráfico abaixo. Se você se encaixa mais na grade da Imaturidade Emocional, você deve buscar recursos que te ajudem a melhorar e desenvolver sua maturidade emocional. Psicoterapia, Coaching, cursos e workshops de autoconhecimento são ferramentas que podem ajudar você a desenvolver mais suas Competências Emocionais.
Pessoas emocionalmente imaturas necessitam de gratificações imediatas. Elas não conseguem esperar. Às vezes são compulsivos e não pensam antes de uma ação. Muitas vezes são fiéis somente enquanto você tiver alguma utilidade para eles.
Uma vida social e financeira caótica é um outro sinal de imaturidade emocional.
Adultos emocionalmente imaturos não têm nada a ver com ser criança ou adolescente. Pessoas emocionalmente imaturas são egoístas, preocupadas somente com seus próprios sentimentos e necessidades. Exigem atenção constante, empatia e elogios. Se eles não podem ser o centro das atenções, evitam qualquer tipo de participação.
A maturidade Emocional é adquirida quando começamos a prestar mais atenção ao que sentimos e a desenvolver mais nossas competências emocionais. Aprender a nos conhecer e a reconhecer o que nos tira do sério, ou o que desperta em nós medos, pânico e desespero, nos dá a possibilidade de ter o controle da nossa vida em nossas mãos novamente.
Praticando Maturidade Emocional
- Na sua vida você busca um sentido que te dê um senso de pertinência e humanidade, e não somente de interesse próprio? Enriquecer sua vida e a vida de outras pessoas tem um profundo significado de retorno e gratificação que só está disponível na maturidade emocional.
- Você sabe qual é sua missão de vida? Buscar sua missão de vida vai lhe ajudar a construir sua maturidade emocional e fazer valer a pena lutar pelos objetivos que você deseja alcançar.
- Aprenda a entender seu funcionamento e pratique a auto-aceitação. Auto-aceitação não significa que você está de acordo com o que você é. Mas só aceitando os aspectos negativos é que você pode iniciar uma mudança. A auto-aceitação é o primeiro passo.
- Peça a algum amigo(a) dar um feedback gentil de seu comportamento e suas atitudes. Tente se ver com eles lhe vêem. Evite ser defensivo nesta hora. Encare a realidade e veja qual o proveito que você pode tirar disso.
- Em situações de conflito, procure achar uma solução que seja boa para ambos. Se a solução de um problema for boa só para um lado, não será uma boa solução para o relacionamento e nem para sua vida.
- Faça uma lista para avaliar seus contatos profissionais e pessoais. Pense sobre cada pessoa desta lista e escreva ao lado quais as pessoas que inspiram o melhor de você e o pior. Procure se relacionar mais com as pessoas que inspiram o melhor em você e tente resolver o pior de você . Aceite isso como uma tarefa de sua responsabilidade para fortalecer seu auto respeito.
- Para finalizar, competências emocionais se aprendem e se aperfeiçoam em relacionamentos. Portanto, escolha um profissional que você confia para iniciar esta deliciosa aventura que é viver. Afinal, da vida se leva somente os relacionamentos.
Fonte indicada: Dra. Aga
http://www.contioutra.com/voce-e-um-adulto-imaturo-descubra-aqui/
Os sete sinais da maturidade emocional
Normalmente, a maturidade é associada à idade e aos anos de experiência de vida cronológica. No entanto, quando se trata de maturidade emocional, a idade pode ter pouco a ver com isso. Muitas vezes a maturidade física chega antes da maturidade emocional.
Amadurecer significa entender que não existe amor maior do que o amor próprio, aprender e aceitar o que a vida nos apresenta e seguir adiante.
A maturidade emocional não surge do nada; exige trabalho, esforço, boa vontade e o desejo de olhar para dentro e se conhecer melhor, com a cabeça e o coração em perfeita sintonia. Amadurecer significa encarar a realidade como ela é, muitas vezes bem mais dolorosa do que gostaríamos.
Aqui estão sete características das pessoas emocionalmente maduras.
1- Saber dizer adeus é maturidade emocional
A maioria de nós sente muito medo, principalmente quando se trata de soltar as amarras e deixar a vida fluir.
Pensar que o passado foi melhor é muito doloroso; nos impede de soltar e deixar ir.
As pessoas emocionalmente maduras sabem que a vida fica muito melhor quando é vivida em liberdade. Então, deixam ir o que não lhes pertence, porque entendem que ficar preso ao passado nos impede de fechar ciclos e curar nossas feridas emocionais.
2- Conseguem olhar para o seu passado emocional sem dor
Limpar a dor do nosso passado é absolutamente necessário para avançarmos em nosso caminho emocional. As ervas daninhas crescem rapidamente; se não limparmos nosso caminho, não veremos o que está próximo.
As pessoas emocionalmente maduras sabem da importância de viver no presente, superando e aceitando o que passou. O que aconteceu, já aconteceu; não podemos mudar. Aprenda com os erros e siga em frente.
Se perdermos o contato com o nosso interior, não nos afastamos dele, mas permitimos que o negativo do nosso passado interfira na nossa vida presente. Isso é muito doloroso.
“É por esse motivo que, quando tivermos aprendido o suficiente sobre a nossa dor, perderemos o medo de olhar para dentro e curaremos nosso passado emocional para avançar mais um passo na vida”.
3- Têm consciência do que pensam e sabem
A maturidade emocional nos ajuda a entender melhor nossos próprios sentimentos e os dos demais. As pessoas emocionalmente maduras se esforçam para escrever e pensar sobre as suas opiniões ou sobre como se sentem.
“Amadurecer é ter cuidado com o que diz, respeitar o que ouve e meditar sobre o que pensa”.
A clareza mental das pessoas maduras contrasta com a preguiça e o caos mental das pessoas imaturas. Portanto, a maturidade emocional ajuda a resolver problemas cotidianos de forma eficaz.
4- Não reclamam de nada
Parar de reclamar é a melhor maneira de promover mudanças.
As queixas podem nos aprisionar em labirintos sem saída. As pessoas emocionalmente maduras já aprenderam que somos o que pensamos. Se você agir mais e reclamar menos, significa que está crescendo emocionalmente.
Quer viver infeliz? Reclame de tudo e de todos.
5- Conseguem ser empáticas, sem se deixar influenciar pelas emoções alheias
As pessoas emocionalmente maduras têm respeito por si mesmas e pelos outros. Têm habilidade para se relacionar da melhor forma possível com os demais; sabem ouvir, falar e trocar informações. Aprenderam a olhar de forma generosa para o outro; todos nós temos valores diferentes, mas queremos ser aceitos e felizes.
6- Não se castigam pelos seus erros
Aprendemos com os nossos erros; falhar nos permite enxergar os caminhos que não devemos seguir.
As pessoas maduras não se punem por possuírem limitações, simplesmente as aceitam e tentam melhorar. Sabem que nem sempre tudo acontece como queremos, mas cada erro é uma boa oportunidade para o crescimento pessoal.
7- Aprenderam a se abrir emocionalmente
As couraças emocionais pertencem ao passado. É muito importante ter comprometimento, amor, autoconfiança e acreditar nas pessoas. Não seja perfeccionista e nem espere a perfeição dos outros. Esqueça as desavenças e perdoe, inclusive a você mesmo.
“Desfrute do tempo compartilhado da mesma forma que desfruta do tempo sozinho”.
Maturidade emocional é assumir o controle da sua vida, ter sua própria visão de mundo e ambição para a sucesso. Ao desenvolver a maturidade emocional a vida torna-se um prazer, e não uma obrigação.
Fonte:https://amenteemaravilhosa.com.br/os-sete-sinais-da-maturidade-emocional/
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Quando atingimos a maturidade? Será que é quando nos tornarmos adultos? Como age uma pessoa imatura?
Maturidade e vida adulta: sinônimos?
Uma pessoa imatura é incapaz de aceitar o que lhe é diferente; fica incomodada ao receber um “não” como resposta; ao ser contrariada, agride com atos ou palavras; e exige que os outros têm de aceitá-la como ela é. Aliás, isto nos faz lembrar da pessoa adulta que ela é ou de uma criança birrenta?
Vejamos. Pelo dicionário Aurélio a definição de “birra” é:
- 1. Insistência numa mesma ideia ou comportamento;
- 2. Comportamento ou reação exagerada e sem motivação racional, geralmente originada por um capricho ou uma contrariedade;
- 3. Estado de irritação ou mau humor;
- 4. Antipatia ou implicância em relação a algo ou alguém;
- 5. Quebra de boas relações
Parece-nos, então, que para ser maduro não basta crescer e se tornar adulto; precisa amadurecer as emoções da criança interna. Quanto mais estamos próximos à nossa criança interior imatura, maior nossa incapacidade de estar no papel do adulto. Quanto mais nos centramos em nós mesmos, mais ficamos intolerantes.
Imaginemos então uma criança. Ela, ao nascer, é puro desejo. Para Freud, o bebê não é capaz de ter um objeto de amor exterior a ele. Mergulhado no que chama de “narcisismo primário”, o recém-nascido tem somente a si como objeto de amor. Ele ainda não possui a noção do Eu (veja o texto “Crianças que dormem com os pais: a quentinha e perigosa cama da mamãe”), e é por meio das relações humanas que ele começa o caminho da construção de sua individualidade e a da capacidade de amar. Mas este caminho é longo… e neste processo podem ocorrer alguns percalços. A grosso modo, excessos de afeto na história desta criança (ou a precariedade dele) podem dificultar em muito a formação da personalidade madura, principalmente porque esta pessoa terá uma dificuldade grande em ser ponderada. Neste caso, o outro sempre é visto como aquele que ali está para dar – e ele para receber.
A necessidade do receber constante nos aproxima do nosso lado egocêntrico. O teólogo Leonardo Boff, em seu artigo “A intolerância no Brasil atual e no mundo”, mostra que nós vivemos sob a égide de duas polaridades: das luzes e das sombras. Sendo assim, nós podemos entender que todos carregamos qualidades e imperfeições. Entendendo deste modo, seria mais fácil conviver com as diferenças e sermos mais maduros. Para o teólogo, ser tolerante é quando “impõe-se optar pelo pólo luminoso e manter sob controle o sombrio”.
Manter-se no pólo sombrio é fazer uma escolha pelo sofrimento, pois o outro nunca vai suprir todos os seus desejos. Manter-se neste pólo é uma opção por permanecer na imaturidade emocional da criança (lembram do “narcisismo primário”?). E optar pelo pólo luminoso é procurar o caminho da compreensão, do dar, do amor; é a diminuição do foco em nós mesmos, é a maturidade.
É muito comum ouvirmos, na clínica, as pessoas se queixando do quanto não são compreendidas, do quanto não são ouvidas, do quanto não recebem dos outros… e, ao perceber-se de lado e abandonada, a pessoa rebela-se ou se deprime.
Está dado o exercício: a cada dia mergulhar na reflexão do quanto eu espero dos outros e do quanto eu ofereço gratuitamente, sem esperar nada em troca. Por quanto tempo ainda eu vou bater os pezinhos? Quanto eu estou empenhado na minha reforma interior? Para Mahatma Gandhi “a única revolução possível é dentro de nós”. Comecemos agora.
Fonte:https://www.eusemfronteiras.com.br/maturidade-e-vida-adulta-sinonimos/
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