ALIMENTOS PARA O BEBÊ DE 0 A 2 ANOS - QUANDO INICIAR A ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR,INCLUSIVE NO CASO DE CRIANÇAS VEGANAS OU VEGETARIANAS
em
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Introdução alimentar: os primeiros passos para hábitos alimentares saudáveis
Uma boa introdução alimentar é fundamental para que, no futuro, o pequeno desenvolva uma alimentação mais equilibrada e saudável. Por esse motivo, o período de amamentação pode ser também um momento para toda a família refletir sobre seus hábitos alimentares e se informar, para se preparar para os primeiros passos da introdução alimentar do pequeno. Esta fase pode gerar dúvidas e inseguranças, por isso, é recomendada a visita ao pediatra, e, se possível, ao nutricionista, para um melhor acompanhamento e, também, para tirar dúvidas mais específicas.
A introdução alimentar é um assunto sério e complexo, que envolve a segurança do seu bebê. Mas as soluções são mais simples do que o nosso medo de errar faz parecer – Rita Lobo
Para ajudar mamães e papais que estão passando por esta fase, conversamos com a nutricionista Ana Elisa Casalinho, que deu algumas dicas e informações que vão te deixar mais segura(o) neste momento. Segundo a nutricionista, “essa fase define o paladar e abre um leque de opções de texturas e sabores variados. Por isso, a alimentação de um bebê até um ano deve ser composta de produtos naturais isentos de açúcar e sal, ou potinhos, vidrinhos, pacotinhos, saquinhos, latinhas, entre outros industrializados”. Então, quais as melhores opções no momento da introdução alimentar do bebê?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é recomendado que a introdução alimentar comece a partir dos 6 meses de idade, sendo que, até lá, a amamentação deve ser exclusiva e em livre demanda. No entanto, mesmo com a alimentação já estabelecida, é indicado que a amamentação continue até os 2 anos, ou mais.
Chegou a hora! O pequeno já está com 6 meses e, além do leite materno, pode ingerir outros alimentos. Frutas, legumes, arroz, feijão, macarrão… Entre tantas opções, surge uma dúvida para mamães e papais: quais alimentos ideias para cada etapa do desenvolvimento dos pequenos?
Segundo a nutricionista Ana Elisa, “a introdução alimentar deve ser feita de forma lenta e gradual, respeitando o desenvolvimento do bebê e a região onde vive. Aqui no Brasil, por ser um país tropical, começamos pelas frutas. Depois acrescentamos os legumes de bases, legumes e vegetais coloridos, verduras e proteínas. E por últimos arroz/feijão/macarrão.”. É importante ressaltar que neste momento, respeitar o tempo, a aceitação e o apetite da criança, é fundamental. Cada criança é única, portanto, evite comparações e, na dúvida, busque a ajuda de um profissional que possa auxiliar no processo.
Mas, e os líquidos?
Outra dúvida comum entre a família sobre a alimentação infantil, é em relação aos líquidos. Pode dar suco para os bebês? A partir de que idade? Sobre este assunto, Ana Elisa ressalta: “entre 6 e 12 meses somente água, após esta fase, os sucos naturais são bem-vindos. Sempre em pouca quantidade dando preferência para frutas.”.
Os desafios da Introdução alimentar
Conforme afirma a nutricionista, se a alimentação da família é saudável ficará tudo muito mais prático. No entanto, a introdução alimentar pode gerar muitas expectativas nos pais e é muito comum que o bebê não as corresponda, comendo menos que o esperado, recusando muitos alimentos. Isso gera uma grande preocupação e frustração. Porém, a nutricionista ressalta, “o importante é o que o bebê come e não o quanto.”. Portanto, é fundamental estar sempre atento aos sinais do bebê, se ele demonstra interesse pelos alimentos, se demonstra fome/saciedade, para não forçar e nem deixar de oferecer e estimular suficientemente.
Além da tradicional papinha, hoje em dia, outros métodos de introdução alimentar têm ganhado popularidade. Vale lembrar que, no momento de escolher a melhor opção para o seu pequeno, é importante considerar os hábitos e a rotina da família e do bebê. Confira três métodos para introduzir os novos alimentos na vida do seu pequeno:
1. A tradicional papinha
Este é um método muito tradicional, que envolve, basicamente, amassar os alimentos, no liquidificador ou no garfo, e oferecê-los em forma pastosa ao bebê. Por meio das papinhas, é possível misturar diferentes tipos de alimentos, mas, por outro lado, a criança come sem saber ao certo o quê está comendo e as texturas ficam indiferenciadas, já que são as mesmas.
O método BLW tem ganhado muitos adeptos. Pensado e desenvolvido pela britânica Gil Rapley, este termo significa, em tradução livre, “desmame guiado pelo bebê” (baby-led weaning) e consiste em oferecer alimentos em pedaços ao pequeno, de modo que ele mesmo se alimente, de acordo com sua curiosidade, apetite e interesse.
O pê-efinho é o que o próprio nome sugere: oferecer à criança uma mini versão do prato dos adultos. Nesse método, os mesmos alimentos consumidos pela família, são amassados ou picados em pequenos pedaços, montados em um pratinho e oferecidos ao bebê, de modo que ele sinta a textura e o sabor dos diferentes alimentos.
Na hora de comer…
É importante evitar distrações! Prefira sempre sentar à mesa, tornando o momento da alimentação um ritual prazeroso para toda a família. Afinal, se alimentar é mais do que ingerir nutrientes, é uma experiência social importante e, quanto mais prazeroso for esse momento, melhor será sua relação com a comida.
Atenção ao que vai à mesa: se você não deseja que seu filho coma determinados alimentos, evite consumi-los em casa.
Meu filho viu, e agora? Porém, não é porque a criança viu alguém comendo determinado alimento que ela precisa comer também. Crianças sentem-se interessadas pelo mundo à sua volta, de forma geral. Se ela viu uma pessoa comendo um sorvete na rua, por exemplo, distraia sua atenção para outra coisa. Isso evitará que seu pequeno consuma, em excesso, açúcares e outros alimentos industrializados que podem prejudicar sua saúde.
Gostou? Então compartilha aqui com a gente como foi a introdução alimentar do seu pequeno!
Até os 6 meses de vida, o leite materno é o alimento ideal pra o bebê, não havendo necessidade de dar ao bebê nada além disso, mesmo que seja água ou chás para cólicas. No entanto, quando não é possível amamentar, deve-se dar fórmulas infantis específicas para a idade do bebê, em quantidades e horários de acordo com a orientação do pediatra.
A alimentação complementar deve iniciar aos 6 meses para bebês que mamam, e aos 4 meses para crianças que usam fórmulas infantis, devendo sempre iniciar com frutas raladas ou alimentos em formas de papa, como purês e arroz amassado.
Vantagens do leite materno
O leite materno tem todos os nutrientes necessários para o crescimento do bebê, trazendo mais benefícios do que as fórmulas infantis, que são:
Facilitar a digestão;
Hidratar o bebê;
Levar anticorpos que protegem o bebê e fortalecem o seu sistema imunológico;
Diminuir riscos de alergias;
Evitar diarreia e infecções respiratórias;
Diminuir o risco de o bebê desenvolver obesidade, diabetes e hipertensão no futuro;
Melhorar o desenvolvimento da boca da criança.
Além das vantagens para o bebê, a amamentação é gratuita e também traz benefícios para a mãe, como prevenir câncer de mama, ajudar na perda de peso e fortalecer a relação entre mãe e filho. A amamentação é recomendada até os 2 anos de idade, mesmo que a criança já se alimente bem com as refeições normais da família.
Quando amamentar
O bebê deve ser amamentado logo após o nascimento, e sempre que sentir fome ou sede. A amamentação deve ser em livre demanda, o que significa que não existem horários fixos nem limites de quantidades para as mamadas.
É comum que as crianças que mamam se alimentem um pouco mais que as que tomam fórmulas infantis, pois o leite materno é mais facilmente digerido, o que faz com que a fome apareça mais rápido.
Posição certa de amamentar
Durante a mamada, o bebê deve estar posicionado de forma que fique com a boca bem aberta para sugar o bico do seio da mãe sem causar lesões e feridas, o que causa dor e dificulta a amamentação.
Além disso, deve-se deixar a criança secar todo o leite de um seio antes de mudar para o outro, pois assim ele recebe todos os nutrientes da mamada e a mãe evita que o leite fique empedrado no seio, causando dor e vermelhidão, e impedindo que a mamada seja eficiente.
Posição da boca do bebê durante a mamada
Alimentação com fórmula infantil
Para alimentar o bebê com fórmula infantil, deve-se seguir as recomendações do pediatra sobre o tipo de fórmula adequada para a idade e a quantidade a ser dada para a criança.
Também é importante lembrar que crianças que usam fórmulas infantis precisam tomar água, pois o leite industrializado não é suficiente para manter sua hidratação.
Além disso, deve-se evitar o uso de mingaus até 1 ano de idade e de leite de vaca até os 2 anos, pois eles são difíceis de digerir e aumentam as cólicas, além de favorecerem o ganho excessivo de peso.
Quando começar a alimentação complementar
Para crianças que mamam, a alimentação complementar deve iniciar aos 6 meses de vida, enquanto bebês que usam fórmulas infantis devem iniciar o consumo de novos alimentos aos 4 meses.
A alimentação complementar deve iniciar com papas de frutas e sucos naturais, seguidos de alimentos salgados simples e de fácil digestão, como arroz, batata, macarrão e carnes desfiadas.
Como escolher o melhor leite para recém-nascido (para que ele cresça saudável)
A primeira escolha na alimentação do bebé nos primeiros meses de vida deve ser sempre o leite materno, porém isso nem sempre é possível, podendo ser necessário recorrer a leites infantis como alternativas ao leite materno, que têm uma composição nutricional muito semelhante, adequadas a cada etapa de crescimento do bebê.
Além dessas fórmulas, estão também disponíveis leites infantis destinadas a fins medicinais específicos, que permitem uma nutrição adequada mesmo em casos de alergias, regurgitação, intolerância alimentar, distúrbios gastrointestinais, entre outros.
Quando dar leite adaptado para o bebê
O leite materno deve ser a primeira escolha para alimentar o bebê, já que proporciona todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento, assim como anticorpos para enriquecer o sistema imune.
No entanto, existem situações em que a mãe não pode ou não deve amamentar, ou em que o bebê tem alguma condição e não consegue digerir o leite materno.
1. A mãe está a fazer tratamentos
Nos casos em que a mãe está fazendo tratamentos que podem prejudicar o bebê, como quimioterapia ou radioterapia, tratamento para a tuberculose ou tratamentos com remédios que passem para o leite, deve ser dado um leite adaptado, já que a qualidade do leite está comprometida.
Caso a mãe seja usuária de drogas, também não deve amamentar, pois estas também passam para o leite, sendo depois ingeridas pelo bebê.
2. A mãe não tem leite ou diminuiu a produção
Também se pode recorrer ao leite adaptado quando existe uma diminuição na produção de leite, que pode ou não ser temporária. Existem ainda casos em que a subida do leite acontece mais tarde, podendo haver alterações na sua composição.
Por isso, é muito importante ir ao médico regularmente de forma a melhorar este problema ou a adaptar o leite consoante a condição da mãe e do bebê.
3. A mãe tem uma doença
Se a mãe tiver HIV, câncer de mama ou distúrbios da consciência, não deve dar o seu leite para o bebê. Além disso, caso tenha doenças causadas por vírus, fungos, bactérias, hepatite B ou C com alta carga viral, ou herpes ativa na mama ou no mamilo, deve parar de amamentar temporariamente, até resolver o problema.
Nos casos temporários terá que se optar pelo leite infantil e manter a produção de leite, fazendo a sua retirada com uma bombinha, até poder voltar a amamentar, depois de estar curada. Nos casos em que não exista outra solução, deve-se optar pela fórmula infantil e falar com o médico para secar o leite.
4. O bebê tem peso abaixo do normal
Em casos em que o bebê tenha um peso abaixo da média para a sua idade, pode ser recomendado o reforço com um leite adaptado. No entanto, pode continuar a ser dado para o bebê o leite materno.
5. O bebê não consegue digerir o leite corretamente
Se o bebê tiver fenilcetonúria ou galactosemia, não deve tomar leite materno nem usar leites infantis regulares.
No caso de ter fenilcetonúria, podem ser usados leites adaptados sem fenilalanina e caso o médico indique, tomar leite materno com muita precaução, medindo semanalmente os níveis de fenilalanina no sangue.
No caso do bebê ter galactosemia, não deve ser amamentado nem tomar fórmulas infantis que contenham leite, devendo ser alimentado com fórmulas à base de soja como Nan Soy ou Aptamil Soja.
Que leite dar para o bebê
Nos casos em que o bebê não possa tomar leite materno, nunca deve ser dado leite de vaca, porque pode prejudicar o seu desenvolvimento, já que a sua composição é muito diferente do leite materno.
Então, com a ajuda do pediatra, deve-se optar por um leite adequado ao bebê, que embora não seja igual ao leite materno, tem uma composição mais aproximada, sendo enriquecido para oferecer os nutrientes que o bebê precisa em cada fase.
1. Leites infantis regulares
Os leites adaptados regulares podem ser usadas por bebês saudáveis e sem risco de apresentarem alergias, desconforto gastrointestinal ou doenças metabólicas.
São várias as marcas disponíveis para venda, tendo todas uma composição de nutrientes semelhante, podendo ser ou não suplementados com probióticos, prebióticos, ácidos gordos poliinsaturados de cadeia longa e nucleotídeos.
A escolha da fórmula infantil deve ter em conta a idade do bebê, porque ao longo do seu desenvolvimento ele vai tendo necessidades específicas. Então entre os 0 e os 6 meses deve ser usado um leite de início, como o Aptamil profutura 1, Milupa 1 ou Nan supreme 1, e a partir dos 6 meses deve ser dada um leite de transição como Aptamil 2 ou Nan supreme 2, por exemplo.
2. Leites para bebês com alergia à proteína do leite de vaca
A alergia à proteína do leite de vaca é a alergia alimentar mais frequente na infância, em que o sistema imune está ainda imaturo e sensível aos antigênios, e por isso reage na presença da proteína do leite de vaca provocando sintomas como vermelhidão e coceira generalizadas, vômitos e diarreia.
Existe uma grande variedade de leites para este problema específico, que normalmente têm na sua constituição a proteína do leite de vaca dividida em pequenos fragmentos, ou mesmo dividida em aminoácidos, de forma a não provocar alergias, ou podem também ser derivados da soja:
Fórmulas extensamente hidrolisadas, com lactose como: Aptamil pepti, Althéra;
Fórmulas à base de aminoácidos como: Neocate LCP, Neo advance, Neoforte;
Fórmulas de soja como: Aptamil Proexpert soja, Nan soy.
Cerca de 2 a 3 % das crianças têm alergia à proteína do leite de vaca na infância, desenvolvendo em maior parte tolerância ao leite de vaca entre os 3 e os 5 anos de idade. Em casos de bebês que necessitem tomar leite sintético e tenham história familiar de alergias, devem tomar um leite hipoalergénico, conhecido por leite HA.
3. Leites para bebês com refluxo
O refluxo gastroesofágico é comum em bebês saudáveis, devido à imaturidade do esfincter esofágico e consiste na passagem da comida do estômago para o esófago, resultando em golfadas frequentes. Nesses casos, pode levar à perda de peso e desnutrição sendo prejudicial no desenvolvimento do bebê.
Assim, existem leites anti-refluxo como o Aptamil AR, Nan AR ou Enfamil AR Premium, em que a composição é igual às outras fórmulas, porém são mais espessos devido à adição de amido de milho, de batata ou arroz, farinha de semente de alfarroba ou goma jatai.
A presença destes espessantes faz com que, devido à sua espessura, o leite não sofra tão facilmente refluxo e com que o esvaziamento gástrico se dê mais rapidamente.
4. Fórmulas para bebês com intolerância à lactose
A lactose é composta por dois açúcares que têm que ser separados por uma enzima presente no organismo, a lactase, para poderem ser absorvidos. No entanto, pode haver situações em que esta enzima é inexistente ou está em quantidade insuficiente, provocando cólicas e diarreia. A intolerância à lactose é muito frequente em bebês porque o seu intestino está ainda imaturo.
Para isso, deve-se optar por fórmulas infantis sem lactose, em que a lactose foi degradada em açúcares mais simples, que já podem ser absorvidos pelo organismo, como é o caso do Aptamil ProExpert sem lactose ou do Enfamil O-Lac Premium.
5. Leites para bebês com desconforto intestinal
O desconforto intestinal é muito frequente em bebês porque o intestino está ainda imaturo, provocando cólicas e prisão de ventre.
Nestes casos deve-se optar por leites enriquecidos com prebióticos, como Neslac Comfort ou Nan Confort, que para além de favorecerem a presença de bactérias boas para o intestino, reduzem também as cólicas e a prisão de ventre.
6. Leites para bebês prematuros
As necessidades nutricionais dos bebês prematuros são diferentes dos bebês com peso normal. Nestes casos, terá que se optar por fórmulas adaptadas a esta situação, até que o médico indique a mudança para um leite adaptado regular, ou que a amamentação seja possível.
Como usar o leite adaptado corretamente
Além de uma escolha acertada da fórmula, é importante adotar certos cuidados na sua preparação. Assim, a preparação dos leites deve fazer-se com água previamenete fervida, tendo sempre o cuidado de deixar arrefecer a água antes da preparação, de forma a não queimar a boca do bebê nem destruir os probióticos presentes no leite.
A mamadeira e o bico também devem ser lavados e esterilizados e a diluição do pó na água dever ser feito exatamente como recomendado na embalagem.
A Organização Mundial da Saúde recomenda a amamentação até o 6º mês de vida, como fonte exclusiva de alimentação do bebê.
Conheça as principais recomendações para a introdução correta e adequada de novos alimentos na dieta do bebé. Esclareça todas as suas dúvidas junto do médico assistente ou pediatra.
Os primeiros meses de vida constituem um dos períodos mais críticos para um crescimento saudável, a promoção de hábitos alimentares saudáveis e a prevenção de doenças da idade adulta.
Fique com as recomendações da médica pediatra Carla Rêgo sobre a introdução de novos alimentos na dieta do bebé.
Legumes
A diversificação deve ser iniciada com um caldo ou puré de legumes. A batata, a cenoura, a abóbora, a cebola, o alho, o alho-francês, a alface e a couve-branca são os vegetais mais utilizados em primeiro lugar. O espinafre, o nabo, a nabiça, a beterraba e o aipo deverão ser introduzidos a partir dos 12 meses, já que contêm um elevado teor de nitrato e de fitato.
Na confeção dos caldos e dos purés, aconselha-se a adicionar 5 ml a 7,5 ml de azeite em cru a cada dose de puré ou caldo de legumes.
Leguminosas
As leguminosas secas, como o feijão, a ervilha, a fava, a lentilha e o grão, são uma fonte importante de proteína vegetal, podendo er introduzidas a partir dos nove/dez meses, recomenda a pediatra.
Frutas
Os frutos devem ser consumidos de modo regular e variado. É essencial que sejam oferecidos individualmente, para o bebé treinar o paladar, e consumidos inicialmente cozidos e em puré e progressivamente mais inteiros, sem estarem líquidos sob a forma de sumo. A única bebida ingerida deve ser a água, essencial a todas as funções vitais e dada de forma regular ao longo do dia (400/600 – 1000 ml).
A maçã e a pera, cozidas ou assadas com casca e caroço ou em vapor, assim como a banana, são normalmente os primeiros frutos a entrar na dieta do bebé. Durante o primeiro ano de vida, não devem ser dados ao bebé o morango, o kiwi, a amora e outros frutos potencialmente causadores de alergias.
Carne e peixe
A carne e o peixe fornecem proteínas e outros nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebé, embora sejam alimentos associados a um risco acrescido de obesidade quando ingeridos em quantidades elevadas, particularmente entre os oito e os 24 meses.
O peixe é rico em aminoácidos essenciais e tem baixo teor de gordura ou gordura rica, como o salmão, arenque, atum, sardinha, cavala, e de iodo, como o peixe de mar.
Quando o bebé completa os sete meses, pode ser introduzido peixe magro (pescada, linguado, solha). Ao elevado teor de gordura de peixes como o salmão pode estar associado o risco de intolerância digestiva no bebé. Estes tipos de peixe aconselham-se só depois dos dez meses e em pequenas porções, não mais de 15 g por dose.
Ovo
O ovo poderá incluir a dieta a partir dos nove meses, de forma gradual e lenta. O bebé deve comer uma gema de cada vez, sem ser acompanhada de qualquer proteína animal e sem exceder duas a três gemas por semana. A clara pode ser ingerida a partir dos 12 meses, exceto em bebés com alergia, em que a sua introdução deverá ser após os dois anos.
Apresentação dos primeiros alimentos sólidos ao bebê
Depois de um longo período em que o pequeno se alimenta apenas de leite materno, saiba como incorporar as papinhas, as sopinhas e as frutas ao cardápio.
Aos 6 meses, uma grande mudança acontece na vida do pequeno: além do leite materno, ele passa a saborear papinhas, sopas e frutas. Essa adaptação nem sempre é fácil. Algumas crianças, simplesmente, não aceitam a novidade. Para ajudar mãe e filho nessa transição, reunimos dicas preciosas de nutricionistas e pediatras. A ideia é tornar a hora da refeição um momento prazeroso e cheio de descobertas para a garotada. Bom apetite! 1. Hábitos alimentares saudáveis começam pela amamentação Até os 6 meses, nada de água, chás e sucos, somente leite do peito. Além de nutrir, imunizar e estreitar laços afetivos, o alimento materno deixa lições que a criança guarda para o resto da vida. Uma das mais importantes delas é a chamada autorregulação. Ao decidir quanto e quando vai mamar, o recém-nascido aprende a lidar com a saciedade, o que reduz e muito o risco de obesidade no futuro. Aliás, um deslize bastante comum nessa fase é associar sempre o choro à fome. Dar o peito toda vez que o pequeno abre o berreiro pode fazer com que ele recorra à comida a cada frustração da vida. Nessa fase, seu filho também já começa a ter contato com os diferentes sabores dos alimentos. Isso acontece porque o gosto do leite muda conforme a dieta da mãe. Portanto, é absolutamente recomendável que a família siga uma alimentação balanceada, fugindo da monotonia.
2. Nada de substituir o leite materno pelo leite de vaca integral Na impossibilidade de amamentar, os pais devem fornecer fórmulas infantisprescritas pelo pediatra. Isso vale especialmente para o primeiro ano de vida. Nada de substituir o leite materno pelo leite de vaca integral, o que pode comprometer o desenvolvimento da criança. De acordo com os especialistas, o consumo da bebida láctea de origem animal nessa fase pode levar à sobrecarga renal devido ao excesso de proteína e sódio. Sem contar no baixo fornecimento de ácidos graxos essenciais, ferro, zinco e algumas vitaminas. Em outras palavras, há o risco de problemas cognitivos, anemia, prejuízo ao crescimento, falta de proteção contra infecções e mais vulnerabilidade a doenças crônicas.
3. Ao preparar a papinha, não use o liquidificador O sexto mês marca uma mudança importante na dieta de uma criança. É o período em que os pais devem introduzir as papinhas na rotina alimentar dos filhos. Tanto salgadas como doces. Serão, em média, quatro mamadas para duas papas. Aqui uma dica importante é jamais usar o liquidificador, que tritura sem piedade qualquer ingrediente. Os pediatras seguem uma receita clássica: a papinha deve ser pastosa, mas não totalmente liquefeita. Em outras palavras, você terá de amassar os alimentos nessa primeira etapa. Não existe restrição em relação às frutas a serem usadas, embora muitos evitem as mais ácidas – preferem a laranja-lima, por exemplo. Seja como for, a principal preocupação é que elas sejam frescas, in natura e, de preferência, da estação.
4. A primeira papa salgada deve ser oferecida junto com a doce Se a criança não aceitar bem a novidade, complemente a refeição com o leite materno. Entre os grupos de alimentos que podem ser cozidos e amassados, estão as principais categorias: cereais ou tubérculos, leguminosas, carne (vaca e frango) e hortaliças (verduras e legumes). O óleo vegetal deve ser usado em menor quantidade. As sopinhas podem ser preparadas, por exemplo, com batata, cenoura, caldo de músculo, cebola, sal e azeite. Pode-se também incluir outros legumes, folhas e carnes. Fica o recado: é imprescindível usar alimentos frescos e tomar cuidado com o excesso de sal, além de evitar temperos fortes, como a pimenta.
5. Ofereça água no copo Nessa fase, o bebê também deve começar a tomar água. Procure oferecer, no máximo, 100 mililitros por dia. Sempre no copo para não ameaçar a amamentação com a confusão de bicos. Já os sucos, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria, devem demorar mais tempo para fazer parte do cardápio dos pequenos – oferecer a fruta in natura é sempre a melhor opção. Por isso, jamais substitua os alimentos sólidos por bebidas. Para matar a sede, dê a água e não o suco.
6. Nada de festa se o pequeno raspou o prato A introdução dos alimentos sólidos pode gerar estranhamento e estresse na criança. Leve isso em consideração ao colocá-la no cadeirão. Com o tempo, ela deve se render aos prazeres da comida, mas, até lá, tenha bastante paciência. Fuja dos modelos de recompensa e de ameaça. Quer dizer, nada de festa se raspou o prato ou broncas porque cuspiu a comida. O ambiente deve ser o mais tranquilo e aconchegante possível na hora da refeição. O cansaço, a irritação e o nervosismo dos pais interferem no humor do bebê. Adotar horários fixos também é importante, assim o organismo do pequeno vai se acostumando à rotina. 7. Aos 9 meses, separe os alimentos Do nono mês até o primeiro ano de vida, o bebê deve passar gradativamente para a refeição da família, com ajuste apenas na consistência dos alimentos. Não é preciso lembrar a importância dos hábitos alimentares da casa na dieta dessa criança. Se os pais comem lasanha congelada, sanduíches e pizza vários dias por semana, a criança terá dificuldades para criar uma dieta saudável. O cardápio deve ter alimentos variados, coloridos e frescos. A monotonia é outro risco que deve ser evitado, sob pena de o pequeno se tornar seletivo demais. Uma dica valiosa é separar os alimentos para que ele sinta o gosto de cada um. Se possível, prepare refeições que encham os olhos. Vale, inclusive, optar por pratos infantis, que já vêm com divisórias. Procure também deixar seu filho apreciar o aroma da comida, feita na hora. Tudo isso vai despertar os sentidos dele. Ah, a reunião de toda a família à mesa é mais um fator a favor da alimentação saudável.
Fontes:
Médica Roseli Oselka Saccardo Sarni, presidente do Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria; nutricionista Susy Graff, especialista em nutrição clínica e responsável pelo site Nutrikids.
1ª FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR: POR ONDE COMEÇAR?
Por volta dos 6 meses de idade, iniciam-se as primeiras provas dos sólidos. Que utensílios comprar? Que alimentos escolher? Como preparar as primeiras refeições?
Dos 6 aos 12 meses o seu bebé transforma-se e está pronto para receber os primeiros alimentos. Lentamente, adquire novas competências a caminho da independência. Mas os bebés não se desenvolvem todos da mesma forma nem ao mesmo ritmo. Por isso, antes de se iniciar a diversificação alimentar,é importante perceber se o seu bebé está pronto para o desmame.
1ª FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR
A diversificação alimentar é constituída por três fases: (1) a introdução dos primeiros alimentos sólidos por volta dos 6 meses, (2) dos 6 aos 9 meses e (3) dos 10 aos 12 meses.
1ª FASE: POR VOLTA DOS 6 MESES
As primeiras provas são um marco muito importante para o bebé. Durante esta etapa, o bebé entra em contacto pela primeira vez com alimentos e formas de se alimentar até então desconhecidos.
Mas esta fase também é exigente para quem cuida do bebé. Preparar os utensílios, conhecer os alimentos que se podem introduzir e compreender o ritmo da criança são bons aliados para ultrapassar este desafio com sucesso.
1. OS PRIMEIROS UTENSÍLIOS
Varinha mágica: para fazer as primeiras sopas e purés de fruta.
Esmagador: para preparar refeições com texturas mais grumosas.
Garrafa térmica: de preferência com boca larga para manter a comida quente ou fresca, especialmente nas saídas de casa.
Babete: há vários modelos. O que importa é que sejam práticas e fáceis de lavar. Pode optar por babetes com uma curva na base para apanhar a comida que cai. Os bebés mais pequenos poderão preferir as babetes de algodão, mais confortáveis.
Recipientes pequenos para congelar unidoses: sopas e purés que lhe permitam identificar facilmente o que contêm (com cores diferentes, por exemplo) e que possam ser lavados na máquina de lavar louça.
Cadeira de alimentação: com cinto de segurança e confortável.
Colheres: de plástico mole, para não magoar as gengivas do bebé. O tamanho da colher deve ser ajustado à dimensão da boca do bebé e ter um cabo comprido para facilitar a alimentação.
Copo com bocal: a partir dos 6 meses, o leite e a água devem ser dados pelo copo. As pegas laterais são essenciais para que o bebé o possa agarrar. Evite os copos com antigota e tenha em atenção ao fluxo do líquido, que se deve ajustar de acordo com a idade da criança.
Cozedor a vapor: para preparar sopas e purés e legumes. Cozinhar a vapor ajuda a preservar os nutrientes dos alimentos (legumes, carne, peixe) o que torna as refeições mais nutritivas.
2. QUE ALIMENTOS ESCOLHER PARA INICIAR?
As refeições do bebé devem ser o mais natural e simples possíveis. Prefira os alimentos da época ou então os congelados, que por serem apanhados na época e congelados rapidamente mantêm um bom nível de nutrientes.
Os frutos e legumes da época são mais económicos e naturais. O tempo entre a apanha e o consumo é muito menor e, ao contrário dos alimentos fora da época ou importados, são apanhados maduros e não foram sujeitos a uma refrigeração intensa para conservação, armazenamento e transporte.
Os primeiros alimentos devem ser cozinhados, de preferência ao vapor e sem adição de sal. Cozer os alimentos em pouca água (apenas a suficiente para os reduzir a puré) facilita a digestão e mantém o valor nutricional dos alimentos. Alguns alimentos suaves como a banana e a manga podem ser oferecidos a cru.
3. OS MELHORES PRIMEIROS ALIMENTOS
A primeira papa deve ser simples, confecionada com um só legume ou raiz como a cenoura, batata, abóbora, batata-doce, farinha de arroz (sem glúten), à qual se adiciona um pouco de leite (materno ou fórmula) para melhorar a textura. Farinhas de trigo, centeio e cevada não são aconselhados para as primeiras papas por conterem glúten na sua composição.
Para os primeiros purés de fruta escolha a maça, pera, banana, papaia, manga ou o abacate. Frutas macias e suaves, cheias de vitaminas, cálcio, ferro, proteínas de boa qualidade e minerais que, para além de serem indispensáveis para uma dieta saudável, facilitam a digestão dos sólidos.
Recomenda-se começar pelo puré de legumes e só depois oferecer os de fruta. O ser humano tem uma preferência inata pelo doce e o bebé poderá recusar o puré de legumes se tiver a opção de comer o de fruta.
A consistência das primeiras papas deve ser semilíquida, mais fáceis de comer.
COMO PREPARAR AS PRIMEIRAS REFEIÇÕES?
1. COMIDA SAUDÁVEL
Escolha produtos da época e confecione-os de forma simples de modo a preservar o máximo de nutrientes.
2. CONFEÇÃO DOS ALIMENTOS
Cozer a vapor é sempre uma boa opção para preservar o sabor e os nutrientes, sobretudo as vitaminas. Se optar por cozer os legumes, cubra-os apenas com a água suficiente para os reduzir a puré. Assim evita a perda de nutrientes com a água em excesso.
3. HIGIENE DOS ALIMENTOS
Para prevenir intoxicações alimentares evite usar os mesmos utensílios da família para cozinhar as refeições do bebé. Se sobrar alguma comida, guarde-a no frigorífico depois de arrefecer até 2 ou 3 dias, no máximo.
4. CONGELAR OS ALIMENTOS
O puré de legumes pode ser congelado (a -18º), opção que facilita a gestão das refeições no dia-a-dia. Guarde-o em recipientes próprios, em doses individuais (a quantidade necessária apenas para uma refeição) e coloque uma etiqueta para saber o que contêm e a data da confeção.
Não volte a congelar refeições que já foram congeladas à exceção de alimentos crus congelados que podem ser novamente congelados depois de cozinhados (como os legumes).
5. REAQUECER OS ALIMENTOS
Passe o recipiente do congelador para o frigorífico várias horas antes da refeição para que descongele lentamente. Antes da refeição aqueça a papa até estar quase a ferver deixando arrefecer antes de servir.
6. ESTERILIZAÇÃO
Os recipientes devem ser lavados com água quente ou máquina de lavar louça a uma temperatura elevada para matar os germes. É importante continuar a esterilizar os biberões e tetinas pelo mesmo motivo.
7. COMIDA COMERCIAL
Os boiões de refeições ou de fruta devem ser reservados para aquelas ocasiões em que não tem mesmo hipótese de cozinhar.
FASES DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR
1ª Fase: por volta dos 6 meses
2ª FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR: DOS 6 AOS 9 MESES
Dos 6 aos 9 meses introduzem-se novos alimentos com novas texturas e sabores. Que alimentos introduzir dos 6 aos 9 meses? Que alimentos evitar? O que fazer quando o bebé rejeita os alimentos?
epois de aprender a saborear os primeiros sabores, o bebé está pronto para experimentar novos alimentos. Conheça as indicações dos especialistas para a diversificação alimentar dos 6 aos 9 meses. Vale a pena recordar que estas indicações são gerais e que a diversificação alimentar do bebé deve ser acompanhada pelo pediatra.
2ª FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR: DOS 6 AOS 9 MESES
Dos 6 aos 9 meses, introduzem-se novos alimentos como a carne (frango, carne de vaca magra, fígado), peixe e lacticínios (iogurte natural e sem açúcar, mas também novas frutas (uvas, figos, damascos e frutos seca), leguminosas (lentilhas, feijões) e os ovos (introduzidos com cuidado e bem cozinhados).
SEGUNDA FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR
Agora que o seu bebé está habituado a novas texturas e sabores, será mais fácil aceitar outro tipo de alimentos capazes de fornecer todos os nutrientes e a energia necessários para crescer e apoiar as suas atividades do dia-a-dia.
sta é também o momento de preparar os purés de legumes que devem ser menos líquidos. A consistência grumosa ajuda o bebé a treinar a mastigação e prepara-o para começar a comer alimentos sólidos.
Alguns alimentos podem ser oferecidos para comer à mão mas em segurança para evitar a asfixia. Nunca permita que o bebé coma à mão se estiver sozinho e prepare a comida convenientemente para que o bebé não se engasgue.
COMO INTRODUZIR OS NOVOS ALIMENTOS DOS 6 AOS 9 MESES?
Os novos alimentos devem ser introduzidos gradualmente com um espaço de 3 a 5 dias entre cada alimento, para que consiga identificar eventuais reações adversas a certos alimentos. Ao mesmo, consistência dos purés, deve torna-se mais grumosa e cada vez menos líquida.
Gradualmente, as refeições de leite são substituídas pelos alimentos sólidos e, no final desta fase, o bebé já faz 3 refeições diárias de sólidos. Aos 6 meses, é provável que coma apenas uma ou duas colheres de chá de puré, quantidade que vai aumentando lentamente ao longo das semanas seguintes.
OS MELHORES ALIMENTOS: VARIEDADE E RIQUEZA NUTRICIONAL
A segunda fase do desmame é caracterizada pela introdução de uma grande variedade de alimentos. O bebé está pronto para começar a comer frango e outras carnes, importantes fontes de ferro. Também se introduz o peixe e os ovos bem cozinhados a partir dos 6-7 meses.
Nesta fase é importante que o bebé comece a mastigar. Separe alguma comida antes de fazer o puré, corte-a fina ou esmague com o garfo e misture. Também pode experimentar adicionar pevides de massa muito bem cozidas aos purés de legumes.
NUTRIENTES E ALIMENTOS QUE NÃO PODEM FALTAR
FRUTAS
Aromáticas e saborosas, as frutas são importantes fontes de vitaminas diversas, fibras, sais minerais, açúcares naturais e água. Podem ser combinadas com frango, carne, oferecidas em puré ou à mão (sempre sob vigia do adulto). Limpe a fruta, tire caroços e pevides e corte-a no tamanho de meio bago de uva para que não se engasgue.
LEGUMES
Ricos vitaminas, sais minerais e vitamina C, os legumes contribuem para a absorção do ferro e por isso devem ser oferecidos em todas as refeições. Na sopa, cozidos ao vapor,…
GRÃOS E CEREAIS
Apartir dos 6 meses, pode introduzir grãos com glúten, como aveia e trigo. As papas de aveia podem ser preparadas com leite materno ou fórmula e enriquecidos com fruta.
OVOS
Alimento rico em proteínas e outros alimentos pode ser oferecido muito bem cozinhado para evitar o risco de intoxicação alimentar.
Como alguns bebés são alérgicos à clara de ovo (alguns pediatras recomendam que a introdução do ovo se faça apenas após os 12 meses), esteja atenta a eventuais reações alérgicas.
CARNE VERMELHA
Excelente fonte de ferro e proteínas, é um alimento versátil que lhe permite preparar vários pratos. Comece pela carne de vaca magra e fígado.
FRANGO
Carne rica em ferro e zinco, o frango pode ser misturado com fruta, cenoura, brócolos, batata ou legumes cozidos, o frango é um alimento que pode conjugar facilmente com outros alimentos para preparar refeições com texturas e cores variadas.
Também pode oferecer frango assado (a parte do peito), desfiado para comer à mão(sempre sob vigia do adulto).
PEIXE
Rico em gorduras saudáveis, o peixe é indispensável numa dieta equilibrada e saudável. Comece por peixe branco de sabor suave misturado na sopa de legumes.
LEGUMINOSAS
Fonte de proteínas, ferro e fibra, os feijões, lentilhas e grãos secos podem ser oferecidos cozidos e descascados para comer à mão (sempre sob vigia do adulto) ou reduzidos a puré como complemento de uma refeição de peixe ou carne.
LEITE E DERIVADOS
Leite, queijo, manteiga, iogurte (natural e sem adição de açúcar) são importantes fontes de vitaminas. Como o seu bebé precisa de muita energia para crescer, ofereça laticínios gordos.
Introduza o alimento novo no início da refeição, quando o bebé tem mais fome.
Se resistir, misture-o com um pouco de leite.
Não force o bebé a aceitar o novo alimento nem tente disfarçar o seu sabor misturando-o com outros alimentos. Aguarde uns dias e volte a tentar. O bebé precisa de aprender a gostar de diferentes sabores e se os camuflar, pode nunca vir a aceitar o alimento no futuro.
Introduza novos alimentos regularmente e vá oferecendo os rejeitados (o bebé pode precisar até 12-15 provas para aceitar um novo alimento).
Ofereça alimentos que possa comer à mão (sempre sob vigia do adulto) para os saborear ao seu próprio ritmo.
Combine alimentos como peixe e cenoura cozidos numa papa mais consistente.
3ª FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR: DOS 9 AOS 12 MESES
No final desta fase, o bebé fará 3 refeições diárias de sólidos por dia. Que alimentos introduzir? Como incentivar o bebé a mastigar e a alimentar-se sozinho?
Gradualmente, o bebé começa a substitui as refeições de leite por uma dieta mais variada. No final desta fase, fará 3 refeições diárias de sólidos por dia.
Esta mudança na dieta deve acompanhar o seu crescimento. Dos 10 aos 12 meses, o bebé desenvolve-se muito. Começa a gatinhar, surgem os primeiros dentes, a comer sozinho e precisa de energia para apoiar todo este crescimento.
3ª FASE DA DIVERSIFICAÇÃO ALIMENTAR: DOS 9 AOS 12 MESES
Ao mesmo tempo que se habitua aos novos alimentos e os seus horários se aproximam do resto da família, é importante que a criança partilhe a mesa da refeição e se integre na rotina da família.
1. DIETA VARIADA E EQUILIBRADA
Continue a introduzir novos alimentos na dieta do seu bebé. A variedade é benéfica a vários níveis: fornece os nutrientes necessários, permite a prova de vários sabores e textura, educa o paladar do bebé e prepara-o para fazer opções alimentares saudáveis no futuro.
2. TRÊS REFEIÇÕES POR DIA
Com 1 ano de vida, o seu bebé poderá fazer 3 refeições de sólidos por dia. A quantidade pode ser variável uma vez que cada bebé tem o seu apetite. Há bebés que comem muito às refeições enquanto outros preferem fazer refeições mais pequenas e comer mais vezes ao longo do dia, com lanches reforçados.
3. HORA DO LANCHE
Pode fazer merendas variadas juntando iogurte com puré de fruta fresca, queijo com fruta ao natural, legumes cozidos ao vapor para comer à mão, torradas com compota, … Lembre-se que também os lanches são parte integrante de uma dieta diversificada e nutritiva.
Aos 12 meses, a dieta do bebé aproxima-se da dos adultos e é importante que aprenda a comer de forma variada, em termos de sabor e textura. Estas são diferentes formas de proporcionar novas texturas e habituar o bebé a comer de forma variada:
Esmagar com o garfo legumes juntos (batata com cenoura, batata com brócolos) e fruta para misturar com iogurte;
Cortar a fruta em pedacinhos muito pequenos para comer à mão;
Oferecer frutos secos, cozer legumes para comer à mão (grão de bico, pepino, curgetes, feijões vermelhos, brócolos, cenouras);
Não reduzir a puré a sopa ou acrescentar pequenos pedaços de legumes cozidos depois de passar a calda;
Picar e moer alimentos para fazer mini hambúrgueres ou mini almôndegas de frango, bolonhesa com massinhas, …
5. ÁGUA
Com o início da diversificação alimentar é importante oferecer água ao bebé, em pequenas quantidades e ao longo do dia. O estômago do bebé é pequenino e não deve oferecer grandes quantidades de líquido (água, leite) antes das refeições.
Também é importante que o bebé use um copo com pegas para beber em vez do biberão. A partir dos 6-7 meses, o bebé começa a pegar no copo e a servir-se quando tem sede.
A ingestão de água não substitui o leite. Mesmo fazendo três refeições sólidas diariamente, o bebé continua a precisar de duas refeições de leite.
6. COMEÇAR A COMER SOZINHO
Não existe um calendário para o bebé começar a comer sozinho mas a maioria das crianças poderá comer sozinha por volta dos 2-3 anos. Alguns bebés gostam particularmente de comer com as mãos e esta pode ser uma boa forma de incentivar o bebé a comer sozinho.
No início, é importante que se certifique que o seu filho come o necessário. Dê-lhe as primeiras garfadas e deixe-o comer sozinho no fim da refeição para ir treinando.
Dar o tempo necessário ao bebé para mexer nos alimentos e se alimentar ao seu próprio ritmo e não começar a dar de comer porque estamos com pressa de terminar a refeição ou porque tudo está sujo à sua volta, decerto que não ajuda a desenvolver a autonomia do bebé.
Se o bebé atira a comida ou a tigela para o chão, comece a definir regras. Pode estar entediado ou desinteressado da comida. Neste caso, o melhor será retirar a comida da sua frente.
Quando o bebé não mostra interesse em se alimentar sozinho pode precisar de um incentivo extra. Compre pratos e talheres divertidos e mostre-lhe o que fazer, brincando.
7. REFEIÇÕES FORA DE CASA
Durante a fase do desmame é natural que as refeições do bebé se façam em casa. Mas à medida que o bebé cresce e se habitua aos novos alimentos, pode preparar as refeições para comer fora. Compre uma boa lancheira térmica para manter os alimentos à temperatura correta.
Escolha comidas que possam ser preparadas na altura como banana, manga, papaia, maça, pera, pêssegos. O leite de fórmula deve ser preparado apenas na hora. Leite a água à parte e as doses necessárias para as refeições estimadas.
O seu bebé cresce de dia para dia, não é? Os primeiros meses da vida do seu filho passam a correr.
Quando der conta, está na hora de começar o desmame e de avançar para um novo regime alimentar.
Ao longo dos primeiros meses, o organismo do bebé foi-se preparando para esse momento, adaptando-se para poder receber novos alimentos.
A preparação para esta alteração na forma de se alimentar revela-se de muitas formas, seja através do nascimento dos dentes, do amadurecimento do sistema digestivo ou simplesmente da aquisição de competências sociais que levam o bebé a estar presente em momentos de refeição.
O crescimento do bebé é algo natural e as mudanças que traz são positivas e benéficas.
Assim, no momento da introdução de novos alimentos, principalmente dos alimentos sólidos, o mais importante será conhecer as necessidades do bebé e saber quais os primeiros alimentos que deve apresentar-lhe.
Neste artigo, apresentaremos os 6 primeiros alimentos sólidos do bebé, para que saiba quais os melhores ingredientes a usar nesta mudança de regime.
1. Detalhes de sabor
No momento de introduzir os alimentos sólidos na alimentação do bebé, deve ter em consideração que nem sempre este processo é simples.
Habituados ao leite, muitos bebés apresentam uma rejeição imediata aos novos alimentos, recusando-os – fenómeno conhecido como neofobia alimentar.
Tenha paciência e lembre-se de que, para o bebé, estes alimentos são uma novidade bem distinta da realidade que conheceram até então.
De repente, passarão a conhecer uma variedade de sabores muito mais complexa.
É por isso que, no momento de fazer as suas escolhas, deve atentar a detalhes como o sabor e a textura, avançando de forma gradual para a introdução de novos alimentos.
2. Quando começar o desmame
Não existe uma idade obrigatória para dar início a este processo mas, por norma, os alimentos sólidos são introduzidos na alimentação da criança aos 6 meses de idade.
Esta é uma questão importante e que deverá, sempre, ter um aconselhamento pediátrico, sendo ainda fundamental saber quais os alimentos que deve introduzir na nova alimentação do bebé.
3. Os primeiros alimentos sólidos
Ao avançar para a apresentação dos alimentos sólidos ao bebé, é recomendável que o faça de forma gradual.
Apresentaremos os 6 alimentos sólidos com os quais poderá começar a sua jornada na mudança da alimentação do bebé.
3.1. Frutas
– A fruta é um dos primeiros elementos que pode apresentar ao bebé. Poderá usar, no começo, a maçã e a pêra, desfazendo-as em puré.
A papaia e a banana serão, também, uma boa opção. Inicialmente, será importante que este puré fique fino e homogéneo mas, com o tempo, poderá começar a deixar alguns grumos e pedaços.
3.2. Legumes
– Cenoura, batata-doce, alface, brócolos e abóbora são alguns dos legumes que pode desfazer em puré para dar ao seu filho.
Para garantir que os melhores nutrientes chegam ao bebé, deverá optar por cozinhá-los em vapor.
3.3. Peixe e carne
– A introdução das proteínas deve ser feita lentamente uma vez que existe o risco de ocorrência de uma reação alérgica.
Carnes brancas, como o frango, peixes claros e borrego serão uma boa opção. Evite, no entanto, a carne de porco e, se quiser incluí-la no menu, garanta que está bem cozinhada.
3.4. – Papas de cereais
– Costuma ser um dos grandes favoritos dos bebés, pelo sabor leve e a textura suave. Já os pais, gostam deste alimento pelo seu índice calórico e nutricional.
As papas de cereais serão um complemento ótimo no momento de inserir os alimentos sólidos na dieta do bebé.
3.5 – Arroz e massa
– Estes dois elementos serão muito importantes para dar energia ao seu bebé. Poderá introduzi-los pelos 10 meses, incluindo-os, por exemplo, na sopa da criança.
3.6 – Sobremesa láctea para bebés
– Os boiões de alimento lácteo com sabor (geralmente de frutas) é outro dos alimentos que poderá introduzir durante esta mudança de alimentação.
Além de serem ricos em cálcio, estes alimentos tendem a agradar aos mais pequenos pelo seu sabor suave e aprazível.
Com que idade deu os primeiros alimentos sólidos ao seu filho? Quais foram as suas escolhas? Conte-nos tudo sobre esta experiência.
Acho que o meu filho está pronto para outros alimentos. Por onde devo começar?
Os pediatras costumam sugerir que as frutas sejam a primeira novidade na dieta do bebê, a partir dos seis meses de idade (até quando deve durar a amamentação exclusiva).
Até há pouco tempo era muito comum a recomendação de iniciar a introdução alimentar com suco como o de laranja-lima. Mas hoje em dia os pediatras preferem priorizar as fibras e a textura das frutas. A Academia Americana de Pediatria orienta que sucos só sejam oferecidos depois de 1 ano de idade, por exemplo.
Você pode começar a apresentar as frutas aos poucos, de manhã e à tarde. Comece com uma de cada vez, para observar possíveis reações. Espere dois ou três dias até introduzir outra, principalmente se seu bebê tem histórico de alergia alimentar.
De início, pode ser que o bebê não aprecie muito o gosto da fruta, mas vale a pena insistir para, aos poucos, ir educando o paladar da criança. Pode demorar até dez tentativas para ela aceitar a novidade.
Experimente raspar ou amassar banana (prata, maçã ou nanica), pêra ou maçã (crua ou cozida) e dar com uma colher pequena, aumentando a quantidade à medida que o bebê demonstrar mais interesse.
Como saber se a criança está satisfeita?
O apetite do bebê vai mudar a cada refeição, por isso é melhor prestar atenção aos sinais que ele dá. Quando a criança se recusa a abrir a boca para a próxima colher, vira o rosto ou começa a brincar com a comida, é porque provavelmente está satisfeita.
Não se preocupe demais achando que o bebê não come bem por causa de uma única refeição ou dia. O importante é observar a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos ao longo de uma semana.
Qual a melhor forma de introduzir alimentos na dieta do bebê?
Cada alimento precisa ser introduzido aos poucos -- e de preferência um por vez. O bebê precisa de tempo para se acostumar aos novos gostos e à consistência dos alimentos.
Além disso, a introdução gradual de diferentes alimentos possibilita que você identifique os sinais de uma possível reação alérgica, como a presença de diarreia, dores de barriga ou manifestações cutâneas. Experimente um alimento novo a cada dois ou três dias, começando com frutas e depois introduzindo também legumes e verduras, que são mais fáceis de digerir do que as carnes.
Depois do passo inicial da nova dieta com as frutas, você pode tentar introduzir uma sopa “salgada” (na verdade feita com legumes, tubérculos e verduras, mas com muito pouco ou nenhum sal) na hora do almoço. Quando perceber que seu filho já está comendo bem a sopa do almoço, dê uma também na hora do jantar.
Caso o bebê demonstre não ter gostado da experiência, tente oferecer o mesmo alimento alguns dias depois. Pode ser que a reação seja a mesma, mas não desista, porque muitas vezes as crianças acabam se acostumando aos novos sabores.
Saiba que:
Não se deve dar mel às crianças até 1 ano de idade devido a um pequeno risco de botulismo infantil (mesmo depois dessa idade, quando for dar mel, certifique-se da procedência e de que tenha um selo de fiscalização do Ministério da Agricultura; evite produtos caseiros).
Alguns pediatras recomendam o uso de vitaminas e ferro nessa fase, dependendo da dieta do bebê. Principalmente nas regiões Sul e Sudeste, os médicos preferem receitar vitamina A e D para as crianças, porque a exposição ao sol é menor. A administração de ferro é determinada caso a caso, mas em alguns casos é mais comum, como quando se trata de prematuros.
Os alimentos sólidos vão mudar o aspecto das fezes do bebê?
Conheça como se deve alimentar a um bebê, mês a mês
O primeiro ano do bebê é uma constante aprendizagem para ele e seus pais. O bebê aprende a mover-se, a relacionar-se, a comunicar-se..., como também a comer. O leite materno ou a mamadeira é a sua alimentação inicial.
Depois de um longo período de exclusiva amamentação, o bebê começará a provar papinhas, sopas e frutas. Será uma etapa de adaptação, uma atrás de outra. O importante é ter paciência e persistência para que o bebê descubra cada sabor de uma forma tranqüila.
Alimentação nos primeiros 6 meses do bebê
Durante os primeiros 6 meses de vida, a alimentação do bebê é basicamente de leite, materna ou de mamadeira. Nada de água, nem chás, nem sucos, só leite. O leite já fornece tudo o que é necessário para a saúde do bebê. O leite hidrata e aumenta a imunidade da criança.
De todos modos, o pediatra do seu bebê dará orientação sobre o tipo e a quantidade de leite para cada dia e mês, e ao mesmo tempo, identificará se existe algum tipo de problema alimentício como a intolerância ou alergia.
Se é possível, o leite materno é o mais indicada para o bebê porque além de suas propriedades nutricionais, dar o peito ao bebê estimula o vínculo materno.
Nada de substituir o leite materno pelo leite de vaca integral. Se não é possível dar o peito ao bebê, o recomendável é fornecer fórmulas infantis prescritas pelo pediatra.
Alimentação a partir do sexto mês de vida do bebê
A partir do sexto mês de vida do bebê, o leite segue sendo básico, e se pode introduzir o glúten na sua alimentação. Esta etapa é muito importante na dieta de uma criança. É quando os pais devem introduzir as papinhas na rotina alimentar do bebê, tanto doces como salgadas. Normalmente são quatro mamadas para duas papinhas.
É importante não utilizar o liquidificador para triturar as frutas ou verduras. Os pediatras dizem que o melhor é que a papinha fique pastosa para que o bebê possa ir se acostumando com novas texturas. O melhor, no início, é raspar, ralar, espremer, peneirar ou amassar os alimentos.
Ao principio, se deve evitar as frutas ácidas. Melhor a laranja, a lima, a pêra, maça…, e de preferência que sejam frescas e da estação.
As primeiras papinhas e sopas do bebê
A primeira papa salgada deve ser oferecida ao bebê junto com a doce. Se pode usar cereais, leguminosas, carne (frango e de vaca), verduras e legumes. O óleo vegetal deve ser usado o mínimo possível.
Uma das primeiras sopas para o bebê pode ser com batata, cenoura, caldo de músculo, cebola, sal e azeite. Se pode incluir algumas folhas e algo de carne. O importante, antes de introduzir um alimento novo na dieta do bebê, é consultar com o pediatra, e usar produtos frescos.
Alimentação a partir do nono mês de vida do bebê
Do nono até o primeiro ano de vida do bebê, se pode oferecer alimentos com mais consistência, para estimular a mastigação. Se deve oferecer pequenos pedaços de fruta, de pão, e de outros alimentos que obriguem ao bebê a mastigar.
Conselhos para a alimentação do bebê
-Água. A partir dos seis meses, o bebê pode começar a tomar água e sucos naturais, sem açúcar e bem diluídos, como máximo 100 ml/dia, e no copo.
-Se deve ter muito cuidado com a higiene na alimentação do bebê, tanto com os alimentos como com os objetos que utilizarão os pais para dar de comer ao bebê.
-Muita paciência na hora de oferecer um alimento novo ao bebê. O ambiente deve ser o mais tranqüilo possível, na hora de comer.
12 alimentos que bebê não deve comer antes de 1 ano
Imagem Pinterest
Criança nasceu, ficou 6 meses no aleitamento materno (se possível) começou a introdução alimentar e as dúvidas do que pode ou não pode começa a gritar dentro da cabeça da mãe. É orientação do pediatra, é informação na internet além de todos os palpites e pitacos, afinal nasce uma mãe, nasce uma rede de pitaqueiros de plantão ao seu lado. O grande problema é que muita coisa mudou e não é mais como na época da sua mãe. Isso mesmo, o que era indicado, dito ser saudável quando você era bebê, não é mais e por mais que você esteja vivo, com uma saúde dita de ferro, estudos existem, foram feitos e perceberam que se não mudarmos nossa cabeça, nossos hábitos alimentares e começarmos desde o início a cuidar da alimentação de nossos filhos, eles serão vítimas de doenças provenientes de excesso de açúcar sódio, gordura e tudo mais que não faz bem e está presente em diversos alimentos de forma intrinseca. Pra ajudá-las, vamos com mais uma listinha básica, fácil de entender com 12 alimentos que bebê não deve comer antes de 1 ano.
1 – Leite de vaca e derivados:
Imagem Pinterest
Leite de vaca, derivados (manteiga, requeijão, iogurte, coalhada, queijo) e qualquer alimento que tenha leite de vaca em seus ingredientes não é indicado antes dos 12 meses.
Ah! Pão de queijo como o próprio nome diz: “de queijo” também não pode ;).
A única “exceção” é no caso de bebês que por algum motivo precisam tomar fórmulas alimentares, pois estas contém traços de leite em sua composição, mas mesmo assim, esses bebês devem esperar completar 1 ano pra consumir leite e derivados de fato.
Retirado do Manual de Orientação Departamento de Nutrologia – 2013 da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
2 – Sal:
Imagem Pinterest
Bebês não sabem o que é comida com sal, o que é comida com açúcar. Desta forma, tem necessidade nenhuma de acrescentar sal nas papas principais.
Comida de bebê tem que ser saborosa, mas sem o sal adicionado. Basta ser criativa e usar nossos temperos naturais (cebola, alho, salsinha, cebolinha, orégano, manjericão, coentro, sálvia, estragão entre outros).
Retirado do Manual de Orientação Departamento de Nutrologia – 2013 da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
3 – Açúcar e tudo que tem açúcar:
Imagem Pinterest
Como falei no item anterior, bebê não sabe o que é açúcar até você oferecer. Segundo recomendação da SBP, açúcar deve ser introduzido aos 2 anos de idade e sempre com moderação. Ou seja, até 1 ano NÃO deve ter açúcar na dieta do bebê. Nem na Páscoa com ovos de chocolate, nem em aniversários de amiguinhos, nem porque vão falar: – tadinho, ele vai ficar com lombriga.
Não! Eles não vão ficar com lombriga porque eles não sabem o que é açúcar.
Sim, eles olha tudo o que nós fazemos, mas por curiosidade e não por desejo de comer.
Açúcar engloba tudo e qualquer coisa que tenha açúcar: bolacha de maizena, bolacha maria, petit suisse, açúcar na fruta, açúcar na fórmula, engrossantes. achocolatados, bolos, doces em geral, papinhas industrializadas que contém açúcar, smothies de frutas adoçados, gelatina (qualquer gelatina, mesmo a orgânica) e tudo que tem açúcar (vale a pena repetir).
Retirado do Manual de Orientação Departamento de Nutrologia – 2013 da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
4 – Mel:
Imagem Pinterest
É uma delícia, mas não pode ser consumido até 1 ano.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que crianças com menos de um ano de idade não consumam mel. O objetivo da orientação é prevenir a ingestão de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal. Não existem restrições ao consumo de mel por crianças com mais de um ano de idade e adultos sem problemas de saúde relacionados à flora intestinal.
O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Quando provocada pela ingestão de alimentos contaminados, é considerada doença transmitida por alimento. Nas amostras de alimentos é comum encontrar formas esporuladas do Clostridium botulinum, em especial no mel.
O botulismo intestinal é um modo de transmissão do botulismo e ocorre com maior freqüência em crianças com idade entre 3 e 26 semanas. Está associado à ingestão de esporos da bactéria presentes em alimento contaminado. Fonte: Anvisa
De acordo com a Portaria 5/2006, da Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o botulismo é doença de notificação compulsória. As suspeitas de casos exigem notificação à vigilância epidemiológica local e investigação imediata.
5 – Sucos e chás:
Imagem Pinterest
Nove entre dez pediatras falam pra começar a introdução alimentar com o suco de laranja lima. Mas essa informação já é errada e tem explicação bem plausível pra exclusão do “inocente” suco de fruta da introdução alimentar.
Quando iniciamos a introdução alimentar, iniciamos algo maior do que fazer os bebês comer, começamos o processo de criar hábitos e eles devem ser os mais corretos possíveis. Várias crianças atualmente não comem frutas, não conhecem os diversos tipos de frutas que temos em nosso País e só tomam suco de um ou outro sabor.
Além do fator criar o hábito de comer a fruta, temos os motivos mais científicos: Quando fazemos o suco da fruta, perdemos fibras e alteramos o índice glicêmico e a carga glicêmica, desta forma, seu consumo diário e antes da hora aumenta o risco de induzir maior resistência do organismo à insulina que é a base do quadro de diabetes tipo 2.
6 – Bolacha de maizena:
Vejo muitas mães desesperadas pra dar bolacha e a de maizena pros seus bebês, afinal, a gengiva coça, não tem recheio e sua mãe te dava quando você era bebê, não é?
Olha só os ingredientes da bolacha de maizena de uma marca famosa
Informações retiradas do site do fabricante
Tem certeza de que essa bolachinha é mesmo inocente e seu bebê merece consumi-la antes de 1 ano? Na realidade deveria esperar até no mínimo 2 anos, mas aí é assunto pra outro post.
7 – Engrossantes:
Imagem Pinterest
Pós cheios de açúcar e outros ingredientes que antes de 1 ano não deve aparecer na alimentação dos bebês.
Engrossante famoso, que tem vairedade de arroz, milho, aveia e arroz e multicereais
Engrossante à base de maizena
Não se deixem levar pelas vitaminas e minerais nos ingredientes pensem que os bebês precisam aprender a gostar de beber sua fórmula sem serem adocicadas e pra ganhar peso é preciso comer comida de verdade, comida que encontramos na feira.
Retirado do Manual de Orientação Departamento de Nutrologia – 2013 da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
8 – Petit Suisse:
Imagem Pinterest
“….inho vale mais que um bifinho” ou “é comida de bebê” são coisas que eu ouvia quando era pequena e muitas mães que entram no consultório ou comentam aqui no blog ainda acreditam afinal elas também comiam, eles são uma delícia, vamos combinar, não é?
Pois é mas são bombas de açúcar, corantes, sódio e ingredientes que bebês não precisam conhecer antes do 1 ano, ou melhor, antes da idade indicada pelos próprios fabricantes para consumo.
Olha só os ingredientes de um petit suisse de uma marca aleatória
Informação retirada no site do fabricante
9 – Geléia de mocotó:
Imagem Pinterest
Contém algumas vitaminas, tem carboidratos MAS MUITO AÇÚCAR, corantes e afins, ou seja, não é indicado.
Pode acreditar, seu bebê vai ser forte e saudável comendo apenas frutas, verduras, legumes, carnes até 1 ano.
10 – Frutos do mar:
Imagem Pinterest
Camarão, ostra, lagosta, siri, lula e outras iguarias do fundo do mar são vetadas na alimentação dos bebês. Devemos esperar até os 2 anos pra oferecer pros nossos bebês por causa do grande risco de intoxicação e alergia alimentar.
Mas atenção, peixe é liberado já no sexto mês.
11 – Água de Coco:
Imagem Pinterest
Um erro recorrente que vejo por aí são mães dando água de coco pra hidratar porque o bebê não aceita água.
Mamães, a aceitação no começo de tudo é normalmente complicada, por isso a paciência e persistência andam juntas. Nada adianta você no desespero dar uma solução equivocada pra sede de seu filho.
Água de coco é um isotônico natural, rico em sódio e potássio que em alta ingestão, sobrecarregam os rins.
Hidratar, matar a sede é função da água, nossa deliciosa e refrescante água potável, filtrada no filtro!
Retirado do Manual de Orientação Departamento de Nutrologia – 2013 da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
12 – Gemada:
Imagem Pinterest
Antigamente era receita de pra bebê crescer forte e saudável, mas sabe-se que é super arriscado fazer este tipo de preparação pros nossos bebês.
Ovo cru é terminantemente proibido por causa do grande índice de infecção por conta da Salmonella. A bactéria causa dores de barriga, diarréia e pode levar à morte. Ovo pode e deve ser dado, mas muito bem cozido.
Além claro, da grande quantidade de açúcar que se coloca na gema pra ficar “gostosa”, não é?
Essa fase é muito importante pra se começar a criar os hábitos alimentares de nossos bebês, por isso, esperar a hora certa pra oferecer certos alimentos é fundamental.
Novamente não estou demonizando nenhum alimento específico. Apenas saliento a hora certa de oferecer aos bebês.
Quer variar a alimentação deles? Vá à feira e compre verduras, legumes e frutas variadas. Saia da mesmice da banana, maçã e mamão ou então alface, cenoura e batata! Ofereça fruta do conde, chicória, quiabo!
É nutritivo, saboroso e acreditem, eles vão adorar!
Chegou o momento de apresentar os alimentos ao seu filho. Veja dez dicas para facilitar o processo e deixar as refeições mais tranquilas
1. Olhar o próprio prato
O primeiro contato do seu filho com os sabores começa, na verdade, quando ele ainda está no útero. Pesquisas mostram que grávidas com dieta diversificada costumam dar à luz bebês mais abertos à experimentação alimentar.
"Até o leite materno fica com o gosto daquilo que a mãe come. Por isso, os cuidados com a alimentação da mulher são essenciais”, diz o pediatra Ary Lopes Cardoso, chefe de nutrologia do Instituto da Criança (SP).
Mas não é só a mãe que precisa fazer sacrifícios. Afinal, como é que ela e o pai vão exigir que a criança evite doces e coma salada se essa não é a regra da casa? Caso a família não se alimente bem, uma mudança de hábitos é necessária antes que o bebê chegue à introdução alimentar.
2. Quanto mais variado, melhor
O paladar da criança começa a ser formado, normalmente, a partir do sexto mês (antes disso, a Organização Mundial da Saúde preconiza amamentação exclusiva). Os especialistas recomendam começar aos poucos, com uma papinha de fruta. Lá pelo oitavo mês, a criança já está sendo alimentada com duas porções de frutas, uma papa salgada no almoço e outra no jantar, além do leite materno.
Não há regras sobre os tipos de alimentos que devem ser apresentados primeiro, mas, normalmente, as crianças preferem os sabores mais adocicados, como os da banana, pera, mandioquinha e abóbora. Você pode começar por aí, mas não se restrinja. “Doce, amargo, azedo e salgado. Elas precisam ter contato comtodos os sabores para conhecer as diferenças e aperfeiçoar o paladar”, explica a nutricionista Priscila Maximino, do Hospital Infantil Sabará (SP).
3. Amassada e aos pedaços
O método BLW (do inglês baby-led weaning) consiste em deixar alimentos cortados ao alcance da criança, que se serve da maneira que quiser. Desde que se popularizou, ele vem causando polêmica.Os estudos se dividem entre os que apontamos ganhos dessa autonomia e os que dizem não haver vantagem nutricional no método.
Já os pediatras costumam indicar as papas amassadas. Para Priscila, o melhor é mesclar as duas formas. “As frutas podem ser dadas em pedaços, para comer com as mãos. Outras refeições ficam melhor amassadas.” Cardoso reforça a importância de oferecer diferentes consistências para o bebê. “Dê o gomo da laranja em vez do suco, deixe chupar um pedaço de carne. Quanto mais ele aprende a mastigar com a gengiva, melhor será o direcionamento dos dentes ao nascerem.”
4. A regra dos 15
Você deu um caqui, ele cuspiu.O maior erro é assumir a derrota e deixar a fruta de lado. Primeiro porque é natural que o bebê jogue os alimentos para fora coma língua. Afinal, ele está imitando o movimento de sucção. Mas mesmo quando ele não quer comer de jeito nenhum, dá para tentar mais.
“Os pais devem oferecer de 12 a 15 vezes o mesmo alimento para que o bebê aprenda a gostar”, diz a pediatra e nutróloga Jomara de Araújo, da Associação Brasileira de Nutrologia. A insistência não pode ser feita de qualquer maneira. O ideal é que se espere alguns dias para tentar novamente e que o alimento venha apresentado de diferentes maneiras. Por exemplo, um dia a cenoura vem ralada no arroz, depois, cozida em pedaços. No terceiro dia, tente purê ou bolinhos, e por aí vai.
5. Exemplo à mesa
O seu filho vai aprender a comer ao observar a família. É importante que, desde o começo da introdução alimentar, ele se sente à mesa e consuma os mesmos alimentos que os pais (de preferência com as devidas adaptações de consistência). O momento fica mais especial quando distrações como TV e tablet são deixadas de lado. Se houver um cadeirão, conforme explica a pediatra Teresa Uras, do Hospital Samaritano (SP): “Ele permite que a criança não só participe da refeição em família como aumenta o campo de visão. Ela vai ver o entusiasmo dos pais com algum alimento e ficará mais propensa a prová-lo, mas também pode perceber a cara feia para a beterraba e reproduzir o comportamento”.
6. Não force e não substitua
“
Ou come tudo ou não sai da mesa”. “Só ganha a sobremesa se raspar o prato”. “Seu irmão está comendo tudo. Por que você não?”. Frases como estas devem ser evitadas, já que vêm acompanhadas de uma associação negativa do alimento. Em outras palavras, podem gerar trauma e dificultar ainda mais o trabalho.
Por mais que ele se negue a comer, tente manter a neutralidade emocional para não transmitir nervosismo. Segundo Cardoso, outro hábito a ser evitado é substituir as refeições pela mamadeira. “Quando você faz isso, está ensinando ao seu filho que é só se negar a comer para ganhar o leite, e fica tudo bem”, diz. Aqui vale a frieza: ele se recusou a comer, você tira o prato e encurta o tempo do próximo lanche.
7. Tamanho do prato não é documento
Seu filho comia bem até que, de repente, começou a dar trabalho nas refeições? Calma, é normal. Cardoso explica que as grandes necessidades nutricionais surgem no primeiro ano de vida, quando é esperado o acréscimo de mais ou menos seis quilos.“Nunca mais a criança terá um ganho de peso tão grande. Isso quer dizer que ela não vai precisar de tanta comida”, diz ele. Ou seja, a ingestão de alimentos vai diminuir, porém, o peso deve continuar aumentando. Caso isso não aconteça, converse como pediatra.
8. Doce para que te quero
Brigadeiro é tão gostoso que fica difícil resistir. É claro que, cedo ou tarde, o seu filho será apresentado a ele (as festas de aniversário estão aí para promover isso). No entanto, você não precisa incentivar esse encontro. “A criança tem necessidade de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, sais minerais e água. Durante o primeiro ano de idade, o doce deve vir apenas das frutas. Após esse período, se ele for muito necessário, tente substituir o açúcar refinado por mel ou açúcar mascavo”, aconselha a nutróloga Jomara, da ABN.
9. Tempero amigo
Nós, adultos, estamos acostumados como sal, mas a criança não. Portanto, não sentirá falta dele. Até os 12 meses, a recomendação é substituí-lo por outros temperos, como salsinha, cebolinha, cebola e hortelã. “A Organização Mundial da Saúde fala em dois gramas de sal por dia para crianças maiores de 2 anos, o que dá uma colher de chá. Antes disso, ela não especifica, mas orientamos os pais a ter bom senso. A comida não precisa estar insossa, mas use o mínimo de sal”, diz Cardoso. Vale lembrar que sal marinho e o sal do Himalaia têm menos sódio.
10. Cuidado com os industrializados
Não tem como negar: as tranqueiras industrializadas são práticas e seus filhos as veneram a partir do primeiro contato. Mas não se iluda, essa facilidade tem um preço alto. Os dados da última Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher revelam que mais de 7% de crianças brasileiras de 0 a 5 anos têm sobrepeso. Em níveis mundiais, estima-se que uma em cada dez crianças é obesa. Vale lembrar que obesidade aumenta o risco de diabetes, colesterol alto e hipertensão, doenças de adultos que batem na porta cada vez mais cedo. Para evitar tudo isso, fuja de fritura, salgadinhos, refrigerante e outros alimentos ultraprocessados e cheios de açúcar, sódio, gordura e corante.
Sabe o que ajuda? Fazer mais refeições em casa e trocar o passeio em shoppings por praças, parques e vida ao ar livre. “Estimular o contato das crianças com alimentos saudáveis é fundamental”, diz Priscilla Moretto, especialista em alimentação infantil e proprietária da Tangerine Petit (SP), de comidas orgânicas. “Leve-as à feira, deixe que toquem nos alimentos, instigue os sentidos, mostre as diferentes cores e texturas, peça ajuda nas preparações.” E dê o exemplo, sempre!
Alimentação saudável para criança desde o primeiro ano de vida
Ofereça uma alimentação adequada a faixa etária de seu bebê e crie uma criança com hábitos alimentares saudáveis. Tudo depende dos pais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS), preconizam o Aleitamento Materno Exclusivo, durante os primeiros seis meses de vida, ou seja, a criança deve receber somente o leite materno e nenhum outro líquido ou sólido, com exceção apenas para medicamentos.
O leite humano (LH) fornece para a criança até os seis meses de vida os nutrientes (vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas, lipídios, água) de forma suficiente em quantidade e em qualidade e com segurança microbiológica.
Raras são as contraindicações do aleitamento materno e, nestes casos, que somente o profissional de saúde capacitado pode indicar, a melhor saída é procurar um Banco de Leite Humano. Este Banco recebe doações de Leite Humano e possui em sua estrutura um laboratório de qualidade para analisar, pasteurizar, embalar e distribuir adequadamente este leite para os bebês que precisam.
Amamentar é um ato de amor que somente traz benefícios para a mãe e para a criança:
Beneficios para mãe: reduz as chances de desenvolver câncer de mama, ajuda a perder o peso adquirido durante a gestação, melhora o vínculo afetivo mãe-filho, ajuda na regulação adequada dos hormônios maternos, entre outros benefícios.
Benefícios para a criança: favorece um bom desenvolvimento/crescimento prevenindo a má nutrição (excesso de peso/obesidade e baixo peso/desnutrição), previne Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), tais como, obesidade, diabetes, hipertensão, síndrome metabólica. Além disso, a criança amamentada é mais segura do ponto de vista emocional/afetivo.
Como deve ser a alimentação da minha criança para favorecer um ótimo crescimento e desenvolvimento?
Até os seis meses: apenas o Leite materno.
Àgua: até mesmo nas cidades mais quentes não há recomendação de adicionar água na alimentação da criança até os seis meses de vida. A mãe, por outro lado, precisa manter-se hidratada, através da ingestão de água, sucos de frutas, frutas suculentas. Nunca pense em hidratar-se com refrigerantes e bebidas adocicadas, pois estas além de favorecer o ganho de peso, não cumprem a função de hidratação.
Ingerir de 6 a 8 copos/dia (recomenda-se 1 copo/hora no intervalo das 8 as 19 horas, respeitando-se os intervalos pós-refeições).
Qual seria o risco de dar água para criança em aleitamento materno exclusivo?
Mesmo as águas que compramos engarrafadas podem ser de origem duvidosa e os utensílios normalmente utilizados para fornecer água para a criança (copinhos, chuquinhas, etc.) podem ser fontes de contaminação, mesmo sendo higienizados e guardados, por conta do manuseio na hora de dar a água para a criança. Além disso, pelo aleitamento materno o bebê já recebe cerca de 900 ml de água/dia, o que é completamente suficiente e, qualquer adicional seria considerado excessivo.
Meu bebê completou seis meses de vida e até agora está em aleitamento materno exclusivo, preciso adicionar algum alimento?
SIM. Neste momento a necessidade de adicionar outro alimento existe. Por quê? O Leite Humano sozinho não será suficiente nesta idade, para suprir todas as necessidades nutricionais da criança, para manter o crescimento adequado. Além disso, há a necessidade de uma alimentação diferente da consistência líquida, para que haja o aprendizado da mastigação, deglutição, e desenvolvimento adequado da arcada dentária e, ainda, desenvolver um bom comportamento alimentar.
O comportamento alimentar é desenvolvido em grande parte no primeiro ano de vida.
As preferências alimentares pelo doce, salgado, cítrico, etc., são adquiridos pelo aprendizado nesta fase da vida.
O que isso significa?
Se eu forneço para o meu bebê, refrigerantes, doces, açúcar refinado, chocolate, salgadinhos, frituras, etc. eu estou ensinando ao meu filho a preferir estes alimentos na idade posterior. Esse conhecimento adquirido vai influenciar na determinação da saúde atual e na idade adulta.
Dessa forma, nós pais somos responsáveis também pelo aumento no desenvolvimento de DCNTs em nossa família e, portanto, em nosso país.
Escuto sempre pais queixando-se que o filho não aceita frutas, hortaliças, etc, quando, na verdade o aprendizado para aceitação do sabor dos diversos alimentos saudáveis não foram fornecidos na época adequada.
Às vezes até os pais oferecem uma vez ou outra esses alimentos, mas não inserem no hábito alimentar familiar, ou o fazem de forma inadequada, misturando todos os vegetais em uma sopa, por exemplo.
Bem, mas eu sou pai, mãe, cuidador do bebê e quero o melhor para ele e decidi influenciar de forma positiva as condições de saúde futura e favorecer um estilo de vida saudável, interferindo, numa maior longevidade, com melhor qualidade de vida.
Graças a atitudes de pais conscientes teremos uma população que viverá mais e sofrerá menos de diabetes, hipertensão, obesidade, desnutrição.
Qual o alimento que eu posso incluir na alimentação do meu filho que completou seis meses?
1) Mantenha o aleitamento materno sobre livre demanda. Nesta idade a criança já definiu a frequência e a duração das mamadas, de acordo com suas necessidades fisiológicas.
Como eu saberei se esta etapa foi estabelecida de forma adequada?
Pelo crescimento e ganho de peso adequados da criança. Na consulta, o pediatra e/ou nutricionista avaliará no gráfico de crescimento se o seu bebê está crescendo de acordo com o potencial dele(a). A curva deverá ser crescente, ascendente, nunca estacionada ou descendente.
2) Adicione a primeira papa de fruta no horário do lanche da manhã, normalmente entre 9 e 9:30h.
A primeira papa de fruta deve ser composta de fruta madura, amassada. Uma fruta deve ser oferecida por vez.
Esta fruta deve ser oferecida durante 3 dias, observando se há sinais de intolerância ou alergia (coceira, inchaço, vermelhidão, sintomas respiratórios, gastrointestinais). A cada três dias, mudar o tipo de fruta.
Qual fruta eu devo oferecer?
Qualquer fruta, desde que bem higienizada. Dê preferência as frutas da época/estação que são mais nutritivas e mais baratas.
Observação: A criança tende a empurrar com a ponta da língua a fruta amassada, por conta de um reflexo normal que ainda está presente nesta fase – a protrusão. Não quer dizer que ela não gosta e está rejeitando aquele alimento.
A criança não conhece o doce, salgado, o azedo, pois o leite materno tem um sabor exclusivo que não encontramos em nenhum outro alimento. Nesta etapa é importante não tomar decisões pela criança. Se a mesma empurra com a língua, faz caretas, não quer dizer que não gosta. É apenas uma adaptação à novidade, um sabor novo por vez.
3) Primeira papinha “salgada” para a criança.
Recebe este nome não por conter sal em excesso, mas por diferenciar-se da papa de frutas que tem sabor predominantemente doce.
Ela deve ser composta por um alimento de cada grupo apresentado abaixo:
Fonte : Adaptação da Sociedade Brasileira de Pediatria ( 2008).
Frango, peixe, pato, boi, ovo*, miúdos e vísceras.
(*) O ovo inteiro (gema e clara) cozido pode ser adicionado na alimentação da criança ao completar seis meses, mas seu uso deve ser avaliado pelo profissional de saúde que acompanha a criança. Deve-se levar em consideração se existe história familiar de alergia alimentar comprovada.
ATENÇÃO! Esses alimentos devem ser fornecidos bem cozidos e amassados.
Recomendações importantes:
- Lavar bem os alimentos retirando a sujeira, larvas, insetos, etc.
- Cozinhar bem os alimentos. No caso de legumes e verduras, preferir o cozimento no vapor.
- Nunca coar, peneirar ou liquidificar.
- Nunca fazer sopa, cada alimento deve ser oferecido de forma separada, pois como posso desenvolver o paladar para aceitação do feijão, por exemplo, se não aprendi o sabor do feijão?
Qual a quantidade de alimentos que devo oferecer em cada refeição?
A partir de 6 meses: iniciar com 2 a 3 colheres de sopa e aumentar conforme a aceitação.
A partir dos 7 meses: 2/3 de uma xícara
De 9 a 11 meses: 3/4 de uma xícara
12 a 24 meses: 1 (uma) xícara ou 250 ml.
OBS.: respeitar os sinais de fome e saciedade da criança. Crianças amamentadas desenvolvem um controle eficaz da saciedade. Não adotar esquemas rígidos.
Adaptação da Sociedade Brasileira de Pediatria (2008).
Esquema Alimentar para crianças de seis a 12 meses de vida.
Idade
Tipo de alimento
Até completar 6 meses
Aleitamento materno exclusivo
Ao completar 6 meses
Leite materno,1 papa de fruta e 1 papa salgada.
Ao completar 7 meses
Leite materno, 1 papa de fruta e duas papas salgadas*
Ao completar 8 meses
Gradativamente passar para a alimentação da família (saudável)*
Ao completar 12 meses
Alimentação da família (saudável)**
(*) Duas papas salgadas, sendo uma no horário do almoço e outra no horário do jantar.
(**) A alimentação da família que se refere nesta tabela é uma alimentação com consistência normal (livre), mas livre de frituras, não excessivamente condimentada, sem adição de temperos prontos e gorduras (enlatados, embutidos, gordura animal).
Referências bibliográficas:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção á saúde. Departamento de Atenção Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para profissionais de saúde na atenção básica/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção básica – 2ª. Edição – Brasília. Ministério da Saúde 2010.
Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar e do adolescente e na escola / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia – 2ª edição – São Paulo: SBP,2008.
Sempre que a criança recusar um alimento, ofereça novamente alguns dias depois. Ela pode só ter precisado de um tempo para acostumar o paladar — Foto: Istock
Nesta última quarta-feira (13/11), o Ministério da Saúde lançou o Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos, que já está disponível gratuitamente para download na internet. O guia faz parte da a 1ª Campanha Nacional de Prevenção da Obesidade Infantil, que busca uma mudança do atual cenário brasileiro, no qual, segundo dados no próprio Ministério, três a cada 10 crianças atendidas pelo Sistema Único de Saúde estão acima do peso. São 270 páginas que abordam questões como a importância da amamentação exclusiva até os 6 meses, mas que oferecem orientações também para os responsáveis por crianças não amamentadas. O guia ensina como higienizar alimentos, explica o que é um produto ultraprocessado e instrui didaticamente sobre cada detalhe relativo à introdução de alimentos até os dois anos, da consistência às combinações mais nutritivas. Para além disso, oferece um cardápio adequado para cada faixa etária, que o EU Atleta reproduz aqui para os pais, mães e responsáveis em busca de orientação nessa hora tão delicada e importante: para 6 meses, para 7 a 11 meses, para 1 a 2 anos e para crianças veganas ou vegetarianas. Afinal, aquilo que se come faz toda a diferença na saúde da criança e na do adulto que ela se tornará, lembrando que obesidade causa diabetes do tipo 2, doenças cardiovasculares e hipertensão, entre outras doenças crônicas não transmissíveis.
É muito importante amamentar a criança até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses — Foto: iStock Getty Images
Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses;
Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses;
Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebida açucaradas. Segundo dados do Ministério da saúde, 33% das crianças até dois anos já tomaram bebidas adoçadas, e esse quadro precisa mudar;
Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno;
Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade;
Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança. Segundo o Ministério da Saúde, 50% das crianças nessa faixa etária já consumiram produtos ultraprocessados, como iogurtes industrializados e queijinhos petit suisse;
Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família;
Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família;
Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição;
Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família;
Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa;
Proteger a criança da publicidade de alimentos.
Dicas importantes do guia:
Desembale menos, descasque mais. Ao cozinhar, você sabe que ingredientes está usando, diferente do que acontece com alimentos industrializados;
Para identificar se um alimento é ultraprocessado, você deve olhar a lista de ingredientes no rótulo do produto. Quanto mais ingredientes, mais processado. Se o produto tiver mais do que cinco ingredientes, incluindo alguns com nomes estranhos, é provável que seja ultraprocessado. Importante: o primeiro ingrediente que aparece é o que existe em maior quantidade, e o último é o que existe em menor quantidade no produto. Se houver sal ou açúcar perto do início da lista, o produto certamente é nutricionalmente desequilibrado;
Prefira alimentos típicos da sua região e que estejam na época;
Se a criança recusar um alimento, volte a oferecê-lo após alguns dias. O paladar precisa se acostumar. Se continuar recusando, mude a forma de cozinhá-lo;
Ofereça a colher para a criança e deixe que ela se alimente também com as mãos, para estimular autonomia e coordenação motora;
Observação importante: o leite materno segue podendo ser oferecido sempre que a criança quiser, até 2 anos ou mais;
Importante diferenciar: um pão francês ou pão careca, por exemplo, são considerados processados, já o pão de fôrma ou bisnaguinha industrializados são ultraprocessados;
Varie os alimentos. Ofereça verduras, legumes e leguminosas diferentes a cada refeição;
Converse com o pediatra para ajustar o cardápio às necessidades individuais da criança e aos hábitos da família. Mas abaixo damos orientações gerais retiradas do Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos.
Cardápios do Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos
Aos seis meses, o alimento deve ser bem amassado com o garfo — Foto: Istock
Aos 6 meses
Café da manhã — leite materno
Lanche da manhã — fruta e leite materno
Almoço - é recomendado que o prato da criança tenha:
1 alimento do grupo dos cereais ou raízes ou tubérculos;
1 alimento do grupo dos feijões;
1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e verduras;
1 alimento do grupo das carnes e ovos;
Junto à refeição, pode ser dado um pequeno pedaço de fruta. Quantidade aproximada da refeição: duas a três colheres de sopa no total. Essa quantidade serve para a família ter uma referência, mas as características individuais da criança devem ser respeitadas. Os alimentos devem ser bem amassados com o garfo, mas não devem ser peneirados ou batidos no liquidificador. A carne deve estar bem cozida.
Lanche da tarde — fruta e leite materno
Jantar — leite materno
Antes de dormir — leite materno
A consistência da comida vai ficando mais sólida conforme a criança cresce, e já pode ser igual à do resto da família quando ela tiver cerca de 10 meses — Foto: Istock
7 a 11 meses
Café da manhã — leite materno
Almoço e jantar - é recomendado que o prato da criança tenha:
1 alimento do grupo dos cereais ou raízes ou tubérculos;
1 alimento do grupo dos feijões;
1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e verduras;
1 alimento do grupo das carnes e ovos;
Junto à refeição, pode ser dado um pequeno pedaço de fruta. Importante:
Aos 7 e 8 meses, os alimentos devem ser menos amassados do que antes, e não devem ser peneirados ou batidos no liquidificador. A carne deve estar bem cozida. A quantidade aproximada de cada refeição deve ser de três a quatro colheres de sopa no total. Essa quantidade serve para a família ter uma referência, mas as características individuais da criança devem ser respeitadas.
Dos 9 aos 11 meses, os alimentos já podem ser picados, e na mesma consistência dos alimentos da família. A carne pode ser desfiada. A quantidade aproximada de cada refeição passa a ser de quatro a cinco colheres de sopa no total. Essa quantidade serve para a família ter uma referência, mas as características individuais da criança devem ser respeitadas.
Lanche da tarde — fruta e leite materno
Antes de dormir — leite materno
É importante incentivar que a criança comece a se alimentar sozinha, mas ajudando sempre que necessário — Foto: Istock
1 a 2 anos
Café da manhã -
Fruta e leite materno ou
Cereal (pães caseiros ou processados, aveia, cuscuz de milho) e leite materno ou
Raízes e tubérculos (aipim/macaxeira, batata doce, inhame) e leite materno.
Lanche manhã — fruta e leite materno
Almoço e jantar - é recomendado que o prato da criança tenha:
1 alimento do grupo dos cereais ou raízes ou tubérculos;
1 alimento do grupo dos feijões;
1 ou mais alimentos do grupo dos legumes e verduras;
1 alimento do grupo das carnes e ovos;
Junto à refeição, pode ser dado um pequeno pedaço de fruta.
Importante: Os alimentos já podem ser oferecidos na mesma consistência dos alimentos da família. A quantidade aproximada de cada refeição passa a ser de cinco a seis colheres de sopa no total. Essa quantidade serve para a família ter uma referência, mas as características individuais da criança devem ser respeitadas.
Lanche da tarde -
Fruta e leite materno ou
Cereal (pães caseiros ou processados, aveia, cuscuz de milho) e leite materno ou
Raízes e tubérculos (aipim/macaxeira, batata doce, inhame) e leite materno.
Antes de dormir — leite materno
Frutas ricas em vitamina C auxiliam na absorção de ferro — Foto: Istock
Crianças veganas ou vegetarianas
O leite materno segue tendo fundamental importância.
Café da manhã e lanches são semelhantes. Mas no almoço e jantar, diariamente, devem estar presentes:
1 alimento do grupo dos cereais ou raízes ou tubérculos;
1 alimento do grupo dos feijões;
2 ou mais alimentos do grupo dos legumes e verduras, sendo um vegetal folhoso verde-escuro e um legume, pelo menos;
1 alimento do grupo das frutas. Uma fruta rica em vitamina C após a refeição é importante para aumentar a absorção de ferro dos alimentos de origem vegetal.
Observação importante: nesse caso, deve ser dada atenção especial à vitamina B12, que não está presente em alimentos de origem vegetal e pode ter que ser suplementada.
Comentários
Postar um comentário