O MUNDO PELOS OLHOS DAS CRIANÇAS - CONHEÇA A VIDA E OBRA DE ROALD DAHL,AUTOR DE "A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATE"
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O mundo pelos olhos das crianças
Conheça a vida e a obra de Roald Dahl, o autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate, cujas narrativas se tornaram clássicos infantis
DANIEL SERRAVALLE DE SÁ
Alguma vez você já pensou como seria viver dentro de um pêssego? Ou ser carregado por um gigante e viajar em seu bolso? Roald Dahl já pensou nessas e muitas outras coisas divertidas. Contador de histórias magistral, dono de uma imaginação surreal e espontânea, o britânico Dahl, autor de A Fantástica Fábrica de Chocolate, criou histórias emocionantes que têm mantido crianças de todas as idades entretidas com a leitura desde 1960.
A rica e variada escrita e a capacidade de ver o mundo como as crianças tornaram Roald Dahl um autor que desfruta de uma incrível popularidade nos países de língua inglesa e nos lugares onde sua obra foi traduzida. Muitas das suas obras infantojuvenil são conhecidas pelas adaptações para o cinema e teatro, mas ele também escreveu poesia, contos e uma autobiografia.
Caracterizada pela imaginação, narrativa veloz e sensibilidade no uso da linguagem, a obra de Roald apresenta enredos objetivos, reduzidos ao essencial, personagens grandiosos e poderosas descrições. Em vários dos seus livros, esse talento para contar história é complementado pelas exuberantes ilustrações do desenhista Quentin Blake, com quem Dahl manteve um trabalho de colaboração e parceria por muitos anos.
Um dos principais motivos para ler Roald Dahl é ver como ele lida com a linguagem de uma maneira extraordinária e inventiva. Em suas mãos ela assume vida própria e se faz aberta a inúmeras possibilidades. Rima e ritmo são aspectos quase tão importantes quanto o conteúdo. O humor permeia toda a obra de Dahl e assume diferentes formas, a exemplo dos trocadilhos e jogos de palavras que chamam a atenção para os sons e os padrões da linguagem. A graça e o prazer do texto estão muitas vezes na fusão de imagens diferentes e inesperadas. Outras maneiras pelas quais Dahl cativa seu público jovem é apelando para o exagero, o absurdo e o grotesco.
A perspectiva na delimitação do que é certo e errado é inequívoca e, nesse sentido, suas histórias podem ser consideradas contos de fadas, uma mistura entre realidade e fantasia, com personagens bons e maus e uma moral. A polarização entre os personagens é reforçada por detalhes descritivos, atributos físicos ou comportamentais, que evocam a simpatia ou a antipatia instantânea do leitor. Entretanto, o ponto de vista não é fixo. Dahl frequentemente quebra a terceira pessoa narrativa com uma voz anônima, cuja função é atrapalhar o bom desenrolar dos acontecimentos e fazer com que o leitor veja as coisas de outra maneira. O narrador anônimo apresenta crenças, opiniões e gostos que colorem a nossa visão da história e afetam a forma como vemos os personagens. Isso movimenta a narrativa e o desenvolvimento da trama de um modo que não acontece em contos de fadas tradicionais.
Outro bom motivo para ler as histórias de Dahl é observar a estruturação de seus enredos e as oportunidades que proporcionam para explorar ingredientes essenciais da narrativa. O conflito, os incidentes centrais e a resolução podem ser apontados de maneira simples para jovens leitores.
Seus personagens principais geralmente são órfãos, como em James e o Pêssego Gigante (1961), ou crianças de famílias monoparentais, como em Danny, the Champion of the World (1975), ou filhos de pais ausentes e desinteressados, como Sophie em O Bom Gigante Amigo (1983). É possível ainda pensar nas narrativas de Dahl como um tipo de ‘rito de passagem’, em que a -inocência e a bondade infantil são confrontadas com o mal, a brutalidade, a estupidez ou simplesmente a incompetência do mundo adulto.
A infância e a vida familiar de Roald Dahl não podem ser dissociadas da sua obra e carreira. Muitas das alegrias e dos dissabores em suas histórias são ideias e inspirações que ele tirou de suas experiências pessoais e da sua própria personalidade forte e individualista, tornando-se uma parte integrante de todos os seus personagens principais.
Roald Dahl nasceu em Llandaff, no País de Gales, em 1916. Seus pais eram noruegueses e viviam na Grã-Bretanha. Aos 13 anos, foi estudar na Repton School, uma famosa escola pública em Derbyshire, Inglaterra. A escola ficava perto da fábrica de chocolate Cadbury’s, que, às vezes, convidava os estudantes para testar as novas variedades de doces. Roald se destacou mais nos esportes do que em línguas. Ele não se interessou pela universidade, queria viajar. Aos 18 anos foi trabalhar para a petrolífera anglo-holandesa Shell.
Aos 23 anos, a Segunda Guerra Mundial estourou e Roald decidiu se alistar na Royal Air Force, onde aprendeu a pilotar aviões. Foi enviado para ação
no Cairo e no deserto da Líbia, onde foi abatido. Após a convalescença, foi mandado para casa como ‘inválido’ e, depois de passar um breve
período na Inglaterra, foi enviado a Washington como funcionário da Embaixada Britânica.
Lá, conheceu o autor C.S. Forester, que pediu a Roald que descrevesse sua versão da guerra, pois ele pretendia publicar na revista The Saturday Evening Post. Ao receber o relato, Forester teria dito: “Sabes que és escritor? Não mudei uma palavra”. O texto apareceu anonimamente na revista, em agosto de 1942, sob o título Shot Down Over Libya (Abatido na Líbia).
Forester foi uma figura decisiva na publicação da sua primeira narrativa ficcional: Os Gremlins, conto sobre pequenos monstros que fazem aviões se acidentarem. A história atraiu a atenção de Walt Disney, que convidou Dahl para escrever a versão cinematográfica. O projeto não se realizou, mas, em vez disso, Disney mudou de ideia e transformou a história em um livro ilustrado, publicado em 1943.
No entanto, a carreira de Roald como autor de livros infantis só deslancha a partir dos anos 1960, após ele ter se casado com a atriz Patricia Neal e se tornado pai de cinco filhos. A família volta para a Inglaterra, onde Dalh viveu o resto de sua vida, escrevendo a maioria de suas histórias em uma pequena cabana no fundo do jardim. Foi assim que surgiu A Fantástica Fábrica de Chocolate (1964), The Enormous Crocodile (1978), The Witches (1982) e Matilda (1989), obra vencedora do Prêmio do Livro Infantil ou Children’s Book Award. Nada mal para um escritor que não sabia datilografar e sempre usou o lápis! Entre 1960 e 1965, uma série de infortúnios atinge a família Dahl: o filho mais novo sofre dano cerebral após um acidente de trânsito, a filha Olivia morre de sarampo e a esposa sofre um acidente vascular cerebral. No fim de 1970, Dahl conhece o ilustrador Quentin Blake com quem estabelece uma parceria de muitos anos. Em 1983 é novamente premiado pelo livro O Bom Gigante Amigo. Nesse mesmo ano, ele se divorcia de Patricia e se casa com Felicity D’Abreu, com quem permaneceu até o fim da vida. Roald Dahl morreu em 23 de novembro de 1990, aos 74 anos.
Fonte:http://www.cartaeducacao.com.br/disciplinas/literatura/o-mundo-%E2%80%A8pelos-olhos-das-criancas/
A fantástica fábrica de Roald Dahl
Um dos filmes que marcou a infância de muitos de nossos leitores teve uma nova versão refilmada pelo cineasta Tim Burton há alguns anos. Realidade e ficção se misturam com a biografia do autor cujo livro deu origem aos dois filmes
Por Adilson de Carvalho Santos* | Foto: Divulgação | Adaptação web Caroline Svitras
Escrever uma história capaz de encantar as crianças e fixar em seu imaginário imagens e palavras que atravessam gerações é um feito admirável. Mas além disso conseguir despertar a criança interna de cada um é um feito surpreendente. É o caso de Peter Pan, de J. M. Barrie, O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupery e A Fantástica Fábrica de Chocolate, de Roald Dahl, autor britânico.
A história da fábrica de chocolate foi publicada em 1964, traduzido para mais de 30 idiomas e adaptado duas vezes para o cinema, tendo se tornado uma das fábulas mais amadas de duas gerações: as que tiveram Gene Wilder como Willy Wonka em 1971 e, mais de 30 anos depois, aqueles que a conheceram com a performance de Johnny Depp. O interesse pela obra de Dahl foi renovado, bem como serviu de estímulo para que outros textos do autor fossem descobertos, já que sua prolífica carreira passou por décadas e muito além de sua morte em 1990, aos 74 anos.
Dahl nasceu no País de Gales em 13 de setembro de 1916 em meio ao primeiro conflito mundial. Tendo perdido sua irmã mais velha e seu pai muito cedo, o futuro talentoso escritor foi criado pela mãe, que o educou em escolas inglesas. Por volta dos treze anos, Dahl estudava na Repton School, em Derbyshire, que costumava receber caixas de chocolate da tradicional fábrica Cadbury para que os jovens provassem os produtos antes de sua comercialização. Em retribuição, a Cadbury dava a Dahl e os demais presentes os deliciosos produtos da empresa. Dahl, inclusive, sonhava em inventar uma nova barra de chocolate que chamasse a atenção da empresa fundada por John Cadbury no final do século XIX. O episódio foi a inspiração, anos mais tarde, para que Dahl escrevesse a história de A Fantástica Fábrica de Chocolate: O menino Charlie Bucket é sorteado junto a quatro outras crianças, com o bilhete dourado que os levará a um passeio pela fábrica do recluso chocolateiro Willy Wonka.
As coincidências entre a Cadbury e o livro de Dahl são várias: em 14 de agosto de 1990, a Cadbury inaugurou um parque temático em Bourneville, no Reino Unido, próximo à fábrica e que atraiu milhares de visitantes. O local parece o cenário da história de Dahl, com brinquedos e atrações que fazem o visitante se sentir em um lugar mágico, com rios, cascatas e montanhas. Além disso, o logotipo das barras de chocolate carregam a assinatura estilizada de William Cadbury, lembrando o nome Wonka retratado nas adaptações do livro para o cinema. A diversidade de produtos Wonka reflete na ficção a variedade da Cadbury, com chocolate ao leite em barra (surgido em 1905), chocolate ao leite com flocos de arroz, com caramelo, biscoito wafer e uma infinidade de outros que faz da Cadbury a marca preferida dos ingleses e, mundialmente, uma das maiores concorrentes de nomes como a Nestlé Hershey ou a Ferrero Rocher.
Na história de Dahl, cada criança personifica um aspecto moralizante da educação infantil: Augustus Gloop é o guloso, Veruca Salt, a menina mimada; Violet Beauregard, a menina fútil e competitiva; e Mike Teavee, o viciado em televisão. À medida em que os quatro são eliminados pelas falhas advindas de sua má criação, os Oompa Loopas, povo diminuto que trabalha na fábrica, cantarola cantigas moralizantes que transmitem os pensamentos de seu autor, que sempre se preocupou em contar histórias que tivessem um efeito positivo sobre as mentes jovens. Sua narrativa é simples em seu desenrolar e consegue criar uma forma de entretenimento educativo. Tal mensagem atinge o público leitor de faixas etárias bem distintas. Tanto crianças como adultos se encantam com a mensagem de que a sorte favorece aquele que é humilde. Charlie vence a competição sem saber que o grande prêmio ao final seria se tornar o herdeiro do excêntrico Wonka, que ainda lhe ensina que o valor real da vida não é o dinheiro, mas o amor de uma família. Dahl fez de Charlie a personificação de sua visão de mundo em que a recompensa vem para quem é puro de coração. Ferrenho crítico da televisão, o autor escreveu um poema apontando o perigo de ser criado de frente para um aparelho de TV, posição essa que espelhou através do personagem de Mike Teavee. Quando o livro foi publicado pela primeira vez, no entanto, os editores ficaram preocupados com a descrição dos Oompa Loompas, que segundo as palavras do autor seriam pigmeus com a cor de pele escura. Vivia-se na ocasião a época dos conflitos com os direitos civis e a editora temia que isso atraísse acusações de racismo, levando o autor a mudar a descrição dos Oompa Loompas a partir da segunda edição.
Durante sua carreira de escritor, Roald Dahl sempre se empenhou em criar uma narrativa simples, mas de mensagem consistente, o que repetiu em outras obras. Em James e O Pêssego Gigante (James & The Giant Peach), de 1961, retratou a carência de pais através da história de um menino órfão que interage melhor com os insetos que moram na citada fruta do que com as tias cruéis que o adotaram. Igualmente carente é a menina Matilda, do livro homônimo publicado em 1988, que é mal compreendida pelos pais trambiqueiros, que não aceitam bem o fato de sua filha preferir os livros à televisão. O entendimento entre pais e filha piora ainda mais quando ela revela possuir dons sobrenaturais. Dahl gostava de inserir elementos de fantasia em meio à realidade de crianças que, por algum motivo, fosse sua realidade social fosse problemas familiares, enfrentam adversidades às quais se sobrepõem por sua pureza de caráter. Em As Bruxas (The Witches), de 1983, por exemplo, um menino vai morar com sua avó depois de perder seus pais. A avó lhe conta histórias de bruxas e como reconhecê- las, o que acaba ocorrendo quando viaja para ouvir o testamento de seus pais. O menino descobre uma convenção de bruxas e seu plano para acabar com as crianças. A família nunca é esquecida pelo autor, que volta a lhe dar grande importância em O Fantástico Sr. Raposo (Fantastic Mr. Fox de 1970), imediatamente antes de escrever Charlie & O Elevador de Vidro (Charlie & The Great Glass Elevator), continuação de A Fantástica Fábrica de Chocolate, publicado em 1972 e que, em vida, nunca permitiu que fosse adaptado para o cinema por ter ficado extremamente descontente com a adaptação de 1971 dirigida por Mel Stuart e estrelada por Gene Wilder como Willy Wonka.
Roald Dahl repudiou essa adaptação cinematográfica. A princípio, o próprio autor ficara a cargo da adaptação do texto, mas a demora em cumprir os prazos fez com que ele fosse substituído por David Seltzer. As mudanças que se seguiram na história desagradaram muito ao autor. Primeiro, repudiou a escolha do ator americano Gene Wilder para o papel de Willy Wonka, que para ele não era o principal personagem e foco da narrativa, e sim o menino Charlie. Como a Quaker Oats era a patrocinadora do filme para o qual investira 3 milhões de dólares, chegando a produzir barras de chocolate Wonka como parte da campanha promocional, o título do filme veio a ser rebatizado Willy Wonka and The Chocolate Factory. Lamentavelmente, as barras de chocolate derretiam muito rápido e tiveram de ser recolhidas das lojas antes que estragassem. Das canções escritas pelo próprio Dahl, somente uma delas foi usada, sendo as demais canções compostas exclusivamente para o filme. Na sequência em que a menina Veruca é eliminada da competição, o texto original traz esquilos que separam as nozes boas das ruins. A menina Veruca invade a sala dos esquilos porque quer ter um dos animais e, por isso, é jogada fora da sala pelos próprios animais. No filme de 1971, os esquilos são trocados por gansos e as nozes por ovos. Na versão de Tim Burton de 2005, os esquilos e as nozes são mantidos. As filmagens foram feitas na Alemanha e foi difícil para o departamento de elenco encontrar pessoas de baixa estatura para interpretar os divertidos pigmeus, pois durante a era nazista, anões e outras pessoas consideradas imperfeitas eram simplesmente mortas. Os pequeninos, incluindo entre eles uma mulher, não falavam inglês e tiveram grande dificuldade para cantarolar os números musicais. Além disso, os cenários extremamente coloridos despertaram comentários maldosos de que o filme parecia uma viagem psicodélica de drogas. Mais de 150 mil litros de água misturada com creme e chocolate foram usados para criar o rio de chocolate, o que resultou em uma mistura que, em pouco tempo, passava a exalar um cheiro desagradável, incomodando a atores e equipe, o que atrasou as filmagens.
Quando Tim Burton filmou a nova versão da história, conseguindo permissão dos herdeiros de Roald Dahl, prometeu corrigir tudo o que o filme de Mel Stuart modificou. Além de ter mantido o título original (Charlie & The Chocolate Factory), Burton foi mais fiel ao texto. A escolha de Johnny Depp, que era alérgico a chocolate quando criança, para o papel de Wonka, no entanto, deu ao personagem um visual por demais caricatural e preso aos maneirismos do ator. Ainda assim, a fidelidade do filme à obra é mais visível e ganha na tela a cada criança eliminada, o que reflete a visão de seu escritor. As canções de Dahl foram utilizadas (quatro delas) e a sequência dos esquilos, trocados por gansos no filme anterior, foi mantida tal qual no livro. Para os Oompas Loompas Burton usou o ator Deep Roy multiplicado digitalmente para parecer às centenas, que nas sequências musicais era dublado por Danny Elfman, cantor, compositor e eventual colaborador de Burton. O papel de Wilbur Wonka (Christopher Lee), pai de Willy, foi escrito especificamente para o filme, não existindo, portanto, no texto de Dahl.
A carreira de Dahl, no entanto, foi ainda maior que a de um escritor de histórias infantis. Lutou na Segunda Guerra, escreveu um conto sobre um acidente que sofrera na Líbia, desenvolveu uma válvula útil para tratar a hidrocefalia (movido por um acidente sofrido por seu filho de quatro meses), fez outros trabalhos de caridade que o destacaram como um grande humanista, tendo ajudado nas áreas médica e educativa, escreveu roteiros de cinema (incluindo Com 007 Só Se Vive Duas Vezes, estrelado por Sean Connery), escreveu contos de terror para adultos e canções para o livro A Fantástica Fábrica de Chocolate. Recentemente, o livro O Bom Gigante Amigo (The Big Friendly Giant), que Dahl escrevera em 1982, e para o qual batizou a protagonista com o nome de sua neta Sophie, recebeu adaptação feita por Steven Spielberg. Nele, o autor fala da inusitada amizade entre uma menina humana e um gigante de bom coração, voltando a falar dos rejeitados, dos obstáculos impostos em uma realidade misturada à fantasia, conseguindo agradar a crianças e adultos.
Falar em linhas gerais não permite alcançar a magia ou a mensagem de seu autor, o galês Roald Dahl, que completa seu centenário em setembro de 2010, data aguardada por seus herdeiros e fãs com um grande evento, o Roald Dahl Day conforme anunciado no site oficial “roalddahl.com”, o que mostra que há muito mais do que chocolate na fantástica fábrica de sonhos que há décadas é redescoberta pelo público.
*Adilson de Carvalho Santos é Professor licenciado em Inglês e respectivas literaturas pela UERJ e licenciado em Português e Literatura pela UNIGRANRIO. Autor de artigos sobre cinema e adaptações literárias em blogcineonline.wordpress.com.
Fonte:http://literatura.uol.com.br/a-fantastica-fabrica-de-roald-dahl/
Charlie and the Chocolate Factory
Charlie and the Chocolate Factory (no Brasil, A Fantástica Fábrica de Chocolate; em Portugal: Charlie e a Fábrica de Chocolate) é um livro infantil do escritor galês Roald Dahl, escrito em 1964. O livro é conhecido por sua linguagem fácil e espontânea, bem como por suas detalhadas descrições. Há quem o descreva como um livro de ficção científica para crianças.
A história já mereceu duas adaptações para o cinema. A última transposição do conto para a tela foi com o filme homônimo do diretor Tim Burton, com o ator Johnny Depp no papel de Willy Wonka, que foi lançado em julho de 2005 nos cinemas brasileiros. Charlie e a Fábrica de Chocolate, o conto infantil, foi lançado em 1964 nos Estados Unidos e obteve grande sucesso nas livrarias. Isso levou o diretor Mel Stuart a filmá-lo em 1971, com adaptação para o cinema feita pelo próprio escritor. Essa primeira versão para o cinema teve Gene Wilder como o polivalente Sr. Wonka.
História
Charlie Bucket, um rapaz inteligente de uma família pobre, vive com seus pais e avós idosos de ambos os conjuntos. Destes quatro, especialmente vovô Joe, ouve histórias sobre o fabricante de doces Willy Wonka e da fábrica de chocolate que ele construiu. Seu avô Joe sabe muita coisa sobre a fábrica da Wonka. À medida que o tempo passou, Wonka começou a suspeitar que eram espiões a roubar suas receitas e dar para as empresas rivais; ele despediu todos os seus trabalhadores e anunciou que ele estava saindo do negócio para sempre. Porém, depois de alguns anos, a fábrica retomou suas operações, mas as portas continuaram fechadas e ninguém sabe quem trabalha para Wonka agora.
Wonka faz um concurso mundial, no qual cinco bilhetes dourados estão escondidos sob os invólucros de seus chocolates, o prêmio para quem encontrá-los é um dia de longa turnê da fábrica acompanhados de seus pais. Charlie e quatro crianças (o guloso Augustus Gloop, a mimada Veruca Salt, a viciada em mascar chiclete Violet Beauregarde e o obcecado por filmes de gangsters que passam na televisão Mike Teavee) vão tentar ganhar o concurso e sobre a turnê, liderados por Wonka. Como o grupo muda de sala para sala, uma criança após a outra cai nos seus vícios e é removido. Os Oompa Loopas, os trabalhadores anões da fábrica, vindos de Loompalândia, cantam canções de ensinamentos as crianças removidas.
O Chocolate Room é a primeira sala em que a turnê vai passar. Diz-se que tudo nesta sala é comestível: os passeios, os arbustos, até o pasto. Há árvores que crescem galês feito de geleia de maçã, arbustos que rebrotes pirulitos, cogumelos que jorrarem natas batidas, abóboras recheados com cubos de açúcar, em vez de sementes, caules geléia de feijão, e até mesmo manchas cândi cubos. O principal ícone do quarto é o Rio de Chocolate, onde o chocolate é misturado e sugado pela cachoeira. Willy Wonka proclama: "Não existe nenhuma outra fábrica no mundo que mistura o chocolate com uma cachoeira." Canos pendurados no teto descem e sugam o chocolate, e depois enviam-no para outros locais da fábrica. Augustus Gloop é sugado por um tubo depois de cair no rio enquanto bebia o chocolate do rio.
A Sala de Invenções é o segundo cômodo em que a turnê vai passar. Sr. Wonka afirma que todas as suas ideias são Simmering e borbulhado nesta sala, e que ol 'Slugworth daria sua dentadura postiça para ficar cinco minutos no interior. Esta sala é a casa de Wonka de novo, e ainda suficientemente testada, doces como o Eterno Gobstoppers, Cabelos Caramelos, e Wonka A maior ideia, até agora, de Três Curso Jantar Mascar chiclete. Este doce é uma mistura de Café-da-manhã, Almoço e Jantar juntos. "Sopa de Tomate, Rosbife e Batatas Assadas e Torta de Amora com Sorvete". No entanto, uma vez que o mastigador chega na sobremesa, o efeito colateral é que ele se transforma em uma gigantesca amora. Isto acontece com Violet Beauregarde após ela comer o chiclete experimental. Depois, Violet é levada para o Quarto de Sucos "Para retirarem seu suco" - Segundo Wonka. A turnê, em seguida, sai da Sala de Invenções.
A Sala das nozes é o terceiro lugar do passeio. Esta sala é onde Wonka utiliza Esquilos para descobrir quais nozes são boas para serem usadas em seus doces. Todos as nozes podres são jogados para o lixo por um caminho que leva a um incinerador. Veruca Salt quer desesperadamente um esquilo, mas fica furiosa quando Wonka diz a ela que ela não pode ter um. Ela tenta agarrar um esquilo para si mesma, mas ele a rejeita e um exército de esquilos se junta e a joga no lixo. Wonka assegura a seus pais que ela está presa na parte de cima do lixo, e enquanto o senhores Salt estava procurando por ela na calha, os esquilos empurram eles pelo lixo, tal como fizeram com Veruca.
No filme de 1971, a triagem não é com nozes e esquilos, mas sim com ovos, com grandes gansos que colocam ovos dourados de chocolate, semelhante à Cadbury Ovos. O mecanismo de triagem é o mesmo, mas Veruca coloca o mecanismo em si mesma ao tentar obter um ganso.
O quarto é a casa de Televisão Wonka, e sua última invenção, a Televisão Chocolate, onde tomar um gigante Barra Wonka e encolhe-la, enviando-a para uma televisão. A barra pode ser tomada a partir da tela, e até mesmo consumida. Charlie observa que o chocolate "ainda é delicioso". Mike Teavee é surpreendido com esta nova descoberta, e tenta enviar si mesmo através da televisão, o que faz com que ele diminua de tamanho até ficar com cerca de um centímetro de altura. Wonka sugere que ele seja colocado através no "Chiclete Strecher", onde ele testa a strechiness da goma. Ele também prevista a dar-lhe vitaminas, nomeadamente Vitamina Wonka. Os Oompa Loompas escoltam os senhores Teavee e seu filho para o Gum Maca.
No filme de 2005, Mike Teavee é esticado pelo caramelo Maca. Charlie é a única criança que não portar-se mal durante todo o passeio. Vendo que ele está a apenas um à esquerda, Wonka anuncia que ele "venceu" a fábrica inteira e vai assumir a empresa após Wonka aposentar-se. Os dois, a bordo de um elevador de vidro, junto com vovô Joe, que tem acompanhado Charlie na turnê, e eles são impelidos a partir da fábrica, e vão até a casa de Charlie para levar os avós. A história prossegue na sequela: Charlie e o Grande Elevador de Vidro.
Adaptações Cinematográficas e suas variantes no Discurso
Apesar de manterem o leitmotiv da narrativa do livro, os dois filmes diferem entre si e a obra original.
- Willy Wonka and the Chocolate Factory: A adaptação de 1971 não se manteve totalmente fiel ao livro. No filme não existe a figura do pai de Charlie, e nem se sabe se ele está morto ou se saiu de casa. O roteiro introduz cenas ao redor do mundo da frenética corrida pelos bilhetes premiados, adicionando um humor mais maduro à narrativa. Também são dadas nacionalidades aos personagens, sendo dois americanos – Michael e Violet, uma britânica, Veruca, e um alemão ocidental, Augustus. A localização da fábrica e a nacionalidade de Charlie permanecem desconhecidas. A ação dentro da fábrica se mantém praticamente a mesma, com a adição de um problema moral que Charlie precisou resolver para ganhar o prêmio.
- Charlie and the Chocolate Factory: Dirigido por Tim Burton, o filme de 2005 se manteve mais fiel ao livro em termos de narrativa. A família de Charlie aparece completa, assim como são mostradas as histórias que o vovô Joe conta a Charlie sobre o Sr.Wonka, que mostra ser bem menos anfitrião que no filme anterior. Ainda assim há um diálogo com o filme de 71, como, por exemplo, a maneira que as personagem se apresentam e suas nacionalidades. Também é feita uma história paralela explicando o passado de Willy Wonka; explicação essa que não existe no livro.
A diferença temporal entre a obra literária e suas versões cinematográficas, junto com a óbvia diferença de meio de comunicação, ajuda a explicar as diferenças no discurso sobre o mesmo leitmotiv: a história de um garoto pobre que consegue realizar seus sonhos por ser uma boa criança.
É comum na obra de Dahl a presença de canções e essa característica foi mantida nos dois filmes, apesar de somente no primeiro filme uma das canções do livro ter sido utilizada. As canções no livro e no primeiro filme, em especial as dos funcionários da fábrica, os Oompa-Loompas, se assemelham às nurserys rhimes inglesas, com estrofes fáceis, um ritmo simples e constante e uma lição de moral. Esse aspecto muda na versão de Tim Burton, em que cada canção possui um ritmo próprio, com uma estrutura mais moderna.
Também houve mudanças em pequenos detalhes na narrativa entre os dois filmes que não condizem mais com a moral dos anos 2000. No primeiro filme, vovô Joe cede o dinheiro do seu cigarro para Charlie comprar um chocolate, o que não acontece no segundo filme. Também o personagem de Michael sofre mudanças: se no primeiro filme ele era um menino viciado em televisão e em filmes violentos, até pedindo um revólver para o pai, que o dará quando ele completar 12 anos, na versão de 2005 Michael é um menino superdotado viciado em vídeogame, cujo defeito é a grande arrogância. Não há também uma explicação de por quê, nessa versão do filme, dele querer ir a fábrica, já que ele afirma odiar chocolate.
Os dois roteiros também apresentam questões que fazem sentido em suas respectivas épocas. Se no filme de 71 são apresentadas cenas de humor nonsense para temperar a busca pelos bilhetes, no de 2005 nos é apresentada uma história de vida de Wonka. O humor nonsense do primeiro filme se encaixa perfeitamente no que era feito pela televisão britânica da época (Monty Python, Doctor Who etc.), assim como a tentativa do segundo filme de explicar o caráter de um personagem por elementos do seu passado é um lugar-comum na ficção dos anos 90 em diante.
Fonte:Wikipédia
45 CURIOSIDADES PARA COMEMORAR 45 ANOS DE A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATES
Em 30 de junho de 1971 chegava aos cinemas americanos A Fantástica Fábrica de Chocolates. Apresentando um dos personagens mais icônicos do cinema, o filme trazia Willy Wonka e sua bizarra aventura com crianças que tinham tirado a sorte grande (ou não) e ganharam o direito de conhecer sua maravilhosa fábrica.
Refilmado em 2005 pelas mãos do diretor Tim Burton, o filme agradou novamente a toda uma nova geração com Johnny Depp encarnando o estranho fabricante de chocolates, no papel que anteriormente fora de Gene Wilder.
Vamos ver abaixo 45 curiosidades para comemorar os 45 anos do filme:
- Dirigido por Mel Stuart, o filme foi lançado originalmente nos cinemas americano pela Paramount Pictures. Entretanto todas as exibições posteriores do filme seja ela na TV, em vídeo ou nos próprios cinemas, foram realizadas pela Warner Bros.
- O filme foi originalmente financiado pela Quaker Oats Company, que esperava para ligá-lo a uma nova barra de chocolate. Quando o filme foi lançado, a empresa começou a comercializar seu “Wonka” barras de chocolate. Infelizmente, um erro na fórmula fez com que as barras derretessem com muita facilidade, mesmo na prateleira, e elas foram retirados do mercado. A Quaker vendeu a marca para St. Louis com base Sunline, Inc. (que mais tarde se tornou parte da Nestlé via Rowntree). Sunline foi capaz de tornar a marca um sucesso, e com a marca de doces Wonka (a maioria sem chocolate) ainda está disponível nos EUA.
- O longa foi um fracasso nas bilheterias, mas um dos filmes mais populares no home-vídeo nos anos de 1980. No Brasil é um clássico do “Cinema em casa” (a seção da tarde do SBT).
- Roald Dahl escreveu um esboço para uma futura adaptação de seu livro para o cinema, mas David Seltzer reescreveu o roteiro para o filme de Mel Stuart. Dahl odiou o tratamento, que negou não apenas a venda dos direitos da sequencia Charlie and the Great Glass Elevator(Charlie e o Grande Elevador de Vidro), mas para qualquer outra adaptação. A adaptação de 2005 só foi possível após sua morte, autorizado por sua viúva.
- No ano de 1964 foi publicado o livro ‘A Fantástica Fábrica de Chocolate,’do escritor Roald Dahl. O livro é um sucesso de vendas, com mais de treze milhões de cópias comercializadas em todo o mundo, adaptação para 31 idiomas e várias adaptações para o cinema.
- A seqüência dos créditos de abertura foi filmada em uma fábrica de chocolate real (a Tobler) na Suíça
- A cena em que Augustus Gloop foi entrevistado por ser o primeiro a encontrar o Bilhete Dourado foi filmado em um restaurante alemão de verdade. A maioria dos membros do elenco foi lá para almoçar durante o período que o filme estava sendo feito.
- No filme Veruca é “descartada” por ser um ovo ruim, no livro ela é considerada uma noz ruim.
- Muitos dos objetos e plantas do filme eram mesmo comestíveis, inclusive os pirulitos gigantes. Já a flor-xícara que Wonka saboreia após beber seu conteúdo era de cera. Gene Wilder, mastugou pedaços de cena até o fim do take.
- A maioria das barras de chocolate eram feitas de madeira.
- Este é o único filme em que Peter Ostrum, intérprete de Charlie Bucket, atuou. Quando cresceu ele tornou-se veterinário. De todas as crianças deste longa a única que continuou atuando foi Julie Dawn Cole, a Veruca Salt.
- Joel Grey foi a primeira escolha para o papel de Willy Wonka, mas não foi considerado fisicamente imponente o suficiente. O papel foi, então, oferecido a Ron Moody, que recusou. Escolha original de Roald Dahl para interpretar Willy Wonka foi Spike Milligan. Jon Pertwee teve que rejeitar o papel porque ele estava com a agenda apertada em Doctor Who na época. Todos os seis membros do Monty Python (Graham Chapman, John Cleese, Eric Idle, Terry Gilliam, Terry Jones e Michael Palin) tinha manifestado grande interesse em desempenhar o papel, mas eles não eram considerados nomes grandes o suficiente para uma audiência internacional.
- Depois de ler o roteiro, Gene Wilder disse que iria fazer o filme sob uma condição: que ele seria permitido fazer uma cambalhota na cena quando ele encontra pela primeira vez as crianças. Quando perguntado por que, Gene Wilder respondeu que, ver Willy Wonka começar mancando e acabar dando cambalhotas iria definir o tom para o personagem. Ele queria retratá-lo como alguém cujas ações eram completamente imprevisíveis.
- Este filme foi rodado em Munique, na Alemanha, mas os produtores tiveram que sair da Alemanha para recrutar mais Oompa Loompas.
- Muitas das pessoas elenco como Oompa Loompas não falavam, por isso que alguns parecem não saber a letra das músicas durante os números musicais.
- Denise Nickerson (Violet Beauregard) e Julie Dawn Cole (Veruca Salt) tinham uma queda por Peter Ostrum (Charlie Bucket) na época das filmagens. As meninas alternavam os dias para passar tempo com o protgaonista. No dia em que não ficavam com ele, gastavam tempo com Bob Roe (um dos colegas de classe de Charlie), por quem também tinham uma queda. Crianças!
- Julie Dawn Cole (Veruca Salt) odiava chocolate.
- Julie Dawn Cole guardou vários objetos do filme (mesmo não sendo permitido). Entre eles, o bilhete dourado, e o chiclete que durava para sempre.
- A cena da “partida” de Veruca foi filmada no dia de aniversário da atriz. Julie Dawn Cole completava 13 anos.
- A reação das crianças ao verem a sala cachoeira de chocolate foi real, era a primeira vez que viam o cenário.
- As abelhas que foram usadas na máquina de goma eram na verdade vespas. Paris Themmen (o Mike Tevee), um encrenqueiro notório no set, aparentemente, deixou as sair de sua redoma e foi picado no rosto.
- Peter Ostrum estava entrando na puberdade durante o filme. Sua voz é alta durante o dueto de “I have a Golden Ticket”, e é muito mais grave no final do filme.
- A música que Wonka canta no barco “There’s no earthly way of knowing… ” é a única retirada do livro. As outras fora escritas especificamente para o filme.
- O longa de 2005 utilizou 781,927.83 litros de chocolate falso em seu delicioso rio, enquanto a cachoeira necessitou de 145,474.96 litros de chocolate derretido falso. Mais de 100 mil barras de plástico foram feitas em formato de chocolate e embrulhadas em embalagens da Nestlé, além das 1850 barras reais que a empresa forneceu as gravações.
- A maioria das barras de chocolate eram feitas de madeira.
- A imagem realizada pelo apresentador do Paraguai anunciando o localizador último do bilhete dourado é do capanga nazista Martin Bormann.
- Ernst Ziegler, que interpretou vovô George, estava quase cego, e assim foi orientado a olhar para uma luz vermelha para guiá-lo quando seu personagem devia olhar em uma certa direção.
- O rosto do túnel psicodélico no filme é o de Walon Green, amigo do diretor Mel Stuart e roteirista de The Wild Bunch. De acordo com as memórias de Stuart, Green é a única pessoa que concordaria em deixar uma centopéia rastejar sobre o seu rosto por causa de um filme infantil.
- Todos os pirulitos e canudos de açúcar nas árvores eram reais.
- O código musical para entrar no salão da cachoeira, é a introdução de “Marriage of Figaro” de Mozart.
- Augustus Gloop é de Dusselheim, Alemanha, Violet Beauregarde é de Miles City, Montana, e Teevee Mike é de Marble Falls, Arizona. Dessas cidades, a única que não é ficcional é Miles City, Montana. As cidades natais Charlie Bucket e Veruca Salt não são mencionados ao longo do filme.
- A razão para todos os objetos no escritório de Wonka serem cortados ao meio, é que seria chato assistir a um escritório comum após tantos cenários criativos no filme.
- O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Trilha Sonora Original, e ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia ou Musical para Gene Wilder.
- A história foi originalmente inspirada em fatos reais pela experiência que Roald Dahl viveu em sua infância, onde durante seus tempos de escola. Uma famosa empresa de chocolates chamada: Cadbury costumava enviar pacotes de teste para os alunos em troca de suas opiniões sobre os novos produtos. Naquele tempo em torno da década de 1920, a fabrica Cadbury e a fabrica Rowntree que eram os dois maiores fabricantes de chocolate da Inglaterra, travavam uma grande disputa comercial, muitas vezes elas tentaram roubar os segredos das receitas uma da outra, para isso eles enviavam espiões como empregados para as fábricas. Devido a esse sigilo muitas vezes foram elaboradas gigantescas máquinas nas fábricas. E isso inspirou o escritor Roald Dahl escrever a fantástica história de como seria essas misteriosas fabricas de chocolate por dentro.
- Em algumas versões brasileiras do livro, Loompalândia é chamada de Lumpalópolis.
- Na versão de 2005 Foram feitas comparações entre Willy Wonka e Michael Jackson. Burton brincou: Há uma grande diferença: Michael Jackson gosta de crianças, Willy Wonka não pode suportá-los. Para mim, isso é uma diferença enorme. Depp explicou que as semelhanças com Michael Jackson nunca lhe ocorreram. “Eu digo se havia alguém que você gostaria de comparar a Wonka seria um Howard Hughes, quase. Recluso, misofóbico, controlador. A outra inspiração de Depp para o Willy Wonka moderno veio do glamour dos astros de rock dos anos 70.
- Em uma lista de 2006 para a Royal Society of Literature, a escritora JK Rowling a autora dos Harry Potter. Disse que o livro a fantástica Fábrica de Chocolate esta entre seus dez melhores livros que toda criança deveria ler.
- O Primeiro filme musical intitulado Willy Wonka & the Chocolate Factory, dirigido por Mel Stuart ,e estrelado por Gene Wilder como Willy Wonka , e Peter Ostrum como Charlie Bucket. Foi Lançado em 30 de junho de 1971, o filme arrecadou apenas US $ 4 milhões e foi considerado uma decepção de bilheteria. Mas seu VHS se tornou um dos mais vendidos e locados na epoca, as repetidas exibições do filme na TV foram as mais assistidas pelas crianças do mundo todo, se tornando um clássico do cinema cult ate hoje. Com isso a empresa Quaker Oats Company usou os personagens do livro e as imagens para o seu marketing com grande sucesso.
- A disputa das fabricas Cadbury e da Rowntree’s inspirou a fabrica de chocolate de Willy wonka. A Cadbury é um empresa multinacional fundada em 1824, tem um extremo sucesso ate hoje. É a segunda maior marca de confeitos do mundo, depois da Wrigley. Já a fabrica de chocolates Rowntree’s fundada em 1862 Foi adquirida pela famosa Nestlé em 1988.
- O filme possui duas dublagens uma do SBT e outra que foi redublado em DVD. A diferença entre as duas é que no DVD as músicas são dubladas e na versão do SBT é mantida a versão original das músicas.
- Em 2011 a série Glee cantou a música Pure Imagination no episódio Funeral da segunda temporada, no funeral de Jean, irmã de Sue, pois esta era a música favorita dela.
- As filmagens do primeiro filme começaram em 30 de abril de 1970 e terminaram em 19 de Novembro de 1970. Os locais principais foram Munique, Baviera, e a Alemanha Ocidental, porque era significativamente mais barato do que filmar nos EUA e o cenário eram propícios para a fábrica de Wonka, os Exteriores da fábrica foram filmados nas fábricas de gás de Stadtwerke München, a entrada e as laterais do edifício existem ate hoje como ponto turístico. O final do filme quando o Wonkavador está voando acima da fábrica é a cidade de Nördlingen na Baviera.
- Oompa-Loompas são pigmeus na obra fictícia de Roald Dahl e também nas adaptações A Fantástica Fábrica de Chocolate de 1971. e A Fantástica Fábrica de Chocolate de 2005. Eles vêm da Loompalândia e são as únicas pessoas que trabalham na fábrica de Willy Wonka, acabando com o risco de espionagem industrial. Eles têm cerca de trinta centímetros e têm entre seus alimentos preferidos o cacau.
- Os pigmeus foram caracterizados como possuindo “cabelos castanho-dourados” e pele “branca-rosada”. Na adaptação musical de 1971, A Fantástica Fábrica de Chocolate, os Oompa-Loompas possuem pele laranja e cabelos verdes. Na adaptação mais recente de 2005, A Fantástica Fábrica de Chocolate, os Oompa-Loompas são bastante pequenos, com cabelos pretos e escuros e pele bronzeada, todos vividos pelo ator Deep Roy. O tamanho de Roy foi diminuído digitalmente para que possuísse apenas trinta centímetros.
- Os Oompa-Loompas viviam na Loompalândia, um lugar infestado de Chifrocerontes, Ratavalhas e Vespobondos, tipos muito perigosos de animais, que comiam milhares de Oompa-Loompas por ano. Por isso, os Oompa-Loompas se refugiavam em casas em cima de altas árvores no meio da floresta, onde os animais perigosos nunca os alcançariam, e comiam larvas verdes, às quais misturavam outros ingredientes, para amenizar o sabor extremamente ruim.
Fonte:https://pausadramatica.com.br/2016/06/30/45-curiosidades-para-comemorar-45-anos-de-a-fantastica-fabrica-de-chocolates/
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