ALIMENTAÇÃO DO BEBÊ: O AOS 12 MESES

 


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Alimentação do bebê até 1 ano: tudo o que você precisa saber

Veja como apresentar os alimentos sólidos ao seu filho e saiba como não erra

O bebê já completou 6 meses? Oba! Hora de oferecer os primeiros alimentos sólidos para ele. Para garantir que seu filho comece a vida com uma dieta adequada, equilibrada e saudável, confira, a seguir, as dicas de especialistas.

Espere

Se familiares e amigos insistirem para você oferecer papinhas ao seu filho antes do 6º mês de vida, diga não. O único alimento que ele precisa nessa fase é o leite materno, que é riquíssimo e completo.

Frutas para começar

Após os 6 meses de aleitamento exclusivo no peito, acontece o contato inicial do bebê com os alimentos sólidos. A recomendação mais adotada é começar oferecendo uma fruta ao dia, raspada, amassada ou na forma de purê. Vale manga, laranja, melão, melancia, caqui, cereja... Evite apenas as que têm muitas sementinhas, como kiwi, morango, pitaia e figo, porque elas são de difícil digestão nessa fase e podem causar alergia alimentar. Após um tempo, organize a rotina do bebê intercalando o leite materno com mais porções de frutas – de duas a três ao longo do dia.

Comidinha

As primeiras papinhas (Foto: ThinkStock)

Introduzidas as frutas, é hora de conhecer os salgados, ainda no sexto mês de vida, sempre intercalando com as mamadas. Ofereça alimentos cozidos (que são de mais fácil digestão) e amasse com um garfo. Legumes, verduras e proteínas (carne bovina, peixe, frango ou porco) são saudáveis e importantíssimas. No 7º mês, a comida já deve ter pedacinhos que a criança consiga “mastigar”. A consistência deve mudar gradativamente ao longo dos meses seguintes, de modo que, com 12 meses de vida, esteja próximo ao consumido pelo restante da família.

Tudo natural

Lembre-se que o seu bebê precisa de alimentos frescos e saudáveis. Ele não deve consumir itens processados e industrializados, porque eles são cheios de corantes, conservantes, gordura, sal, açúcar e outros ingredientes que não fazem bem à saúde. 

Muita calma

A introdução deve ser feita gradativamente e com muita paciência. Por mais trabalhoso que seja (a criança pode recusar alimentos, chorar, fazer cara feia ou sujar toda a cozinha), lembre-se que tudo isso é normal. É apenas uma fase e vai passar.

BLW

No BLW é o bebê quem se alimenta (Foto: Thinkstock)

No BLW é o bebê quem se alimenta (Foto: Thinkstock)

Você pode oferecer os alimentos ao seu filho da forma tradicional, em uma colher pequena, ou adotar o método BLW (Baby-led Weaning), no qual o bebê leva sozinho os alimentos à boca. Entre as orientações básicas do BLW estão: oferecer os alimentos preferencialmente in natura em vez de preparar papinhas, optar por alimentos variados, sempre colocar a criança sentada e interagir com ela na hora das refeições. 

Uma carta na manga que ajuda na aceitação dos alimentos é o uso moderado de de temperos como alho, cebola, azeite, salsinha e cebolinha. Eles realçam o sabor e são saudáveis para a criança.

Sem sal e açúcar

Ao longo do primeiro ano de vida, a criança não precisa de sal e açúcar. Portanto, nem pense em adoçar as frutas ou acrescentar sal ou temperos prontos na comidinha de seu filho. Esses ingredientes mascaram o sabor real dos alimentos e ainda podem ser prejudiciais para a saúde a longo prazo, contribuindo com a obesidade e hipertensão.

Nada disso

Fast-food, doces, refrigerantes e produtos industrializados não devem ser oferecidos por conter muita gordura e açúcar, que contribuem com o sobrepeso infantil. Além deles, outro item que não pode estar na dieta do bebê no primeiro ano de vida é o mel (que traz o risco de botulismo, doença que atinge nervos e músculos e pode até matar).

Sem suco

Bebe tomando suco natural (Foto: Thinkstock)

Até pouco tempo, os sucos naturais eram oferecidos normalmente aos bebês. Atualmente, porém, eles têm sido evitados pelos pediatras e nutricionistas durante o primeiro ano de vida. Isso porque, ao fazer um suco, as fibras das frutas são perdidas e o consumo exagerado do líquido pode hipersolicitar o pâncreas infantil, aumentando os índices de açúcar no sangue, e o consumo de calorias “vazias”. O ideal, segundo os especialistas, é oferecer água e frutas separadamente.

Fontes consultadas: Cylmara Gargalak Aziz, pediatra, membro do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês (SP) e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria; Karen Martins, Nutricionista Materno-Infantil da Estima Nutrição (SP).

Fonte:https://revistacrescer.globo.com/Bebes/Alimentacao/noticia/2017/08/alimentacao-do-bebe-ate-1-ano-tudo-o-que-voce-precisa-saber.html


BLW: Sociedade Brasileira de Pediatria lança guia sobre alimentação complementar

Método Baby-led Weaning, em que o bebê pega os alimentos em pedaços e leva até a boca sozinho, tem ganhado popularidade

Bebê comendo brócolis (Foto: Thinkstock)

Bebê comendo brócolis (Foto: Thinkstock)

A Sociedade Brasileira de Pediatria lançou recentemente um guia sobre alimentação complementar, que traz alguns estudos e orientações particulares sobre o método BLW (Baby-led Weaning), no qual o bebê deve levar sozinho os alimentos à boca. Entre as orientações básicas do BLW estão: oferecer os alimentos preferencialmente in natura em vez de preparar papinhas, oferecer alimentos variados, sempre colocar a criança sentada e interagir com ela na hora das refeições.

Inicialmente, o documento ressalta algumas orientações dadas pela SBP sobre a alimentação complementar publicadas no Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia e atualizadas em 2012. São elas:

“• A evolução da consistência deve ser gradual: os alimentos devem ser oferecidos inicialmente em forma de papas e só depois em pedaços mais firmes;

• Todos os grupos alimentares devem ser oferecidos a partir da primeira papa principal;

• A refeição deve ser amassada, sem peneirar ou liquidificar;

• O ritmo da criança deve ser respeitado, de acordo com o desenvolvimento neuropsicomotor;

• Recomenda-se o uso do nome papa principal e não papa salgada.”

Em seguida, o texto traz alguns estudos e orientações sobre o BLW, que tem sido buscado por muitas famílias como alternativa a formas mais tradicionais de alimentação. Só que, de acordo com o guia, “profissionais de saúde e sociedades da Nova Zelândia, Canadá e Estados Unidos não recomendam oficialmente o BLW”. É citado um estudo que comparou bebês que se alimentavam pelo BLW e bebês que se alimentavam pelos métodos tradicionais de colher, com a conclusão dos especialistas de que: “Embora não haja diferença estatisticamente significante, grande número de crianças consome alimentos que representam risco de asfixia. Crianças do grupo BLW foram mais propensas a comer com a família no almoço e jantar; tiveram maior ingestão de gordura e gordura saturada; e menor ingestão de ferro, zinco e vitamina B12 que crianças do outro grupo. Os dois grupos tiveram a ingestão de energia similar.”

De acordo com o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a diferença nutricional pode acontecer porque, com o método BLW, a criança pode mais brincar com a comida do que comer, o que diminui o volume de alimentos ingeridos e, consequentemente, de nutrientes. “O que nós não recomendamos é a utilização única do BLW. Indicamos a alimentação mista: deixar que as crianças explorem os alimentos, as texturas, mas garantir que os pais alimentem os bebês”, explica.

Fisberg ressalta que, mesmo a partir dos 6 meses, fim do período de amamentação exclusiva, é importante seguir com o aleitamento complementar, recomendado pela Organização Mundial da Saúde até os 2 anos.


Alimentação do bebê: 0 aos 12 meses

Revisão clínica: Tatiana Zanin
Nutricionista
Fevereiro 2022

A alimentação do bebê deve ser feita somente com leite materno, ou fórmula infantil, até os 6 meses de idade. No entanto, a partir do 6º mês o leite não fornece mais todos os nutrientes que o bebê precisa para se desenvolver e, por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a introdução de alimentos na dieta do bebê.

Assim, o bebê deve começar a comer papas de frutas amassadas ou raspadas, assim como uma papa principal, preparada com vegetais, tubérculos, leguminosas e proteínas. Além disso, quando o bebê inicia a alimentação complementar é importante que também beba água entre as refeições para evitar a desidratação, prisão de ventre ou sobrecarga dos rins.

A introdução gradativa dos alimentos deve ser feita após a avaliação do pediatra, ou nutricionista, que vai adequar os tipos e as quantidades de alimentos para cada bebê. Saiba quando iniciar a introdução dos alimentos na dieta do bebê.

A alimentação do bebê deve ser feita de acordo com a idade:

1. Dos 0 aos 6 meses

A alimentação do bebê nos primeiros 6 meses, deve ser feita somente com leite materno, ou fórmula infantil.

O leite materno fornece todos os nutrientes que o bebê precisa e deve ser oferecido sob livre demanda, ou seja, quando o bebê quiser. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que, quando possível, o leite materno seja oferecido à criança até os 2 anos de idade ou mais. Além disso, o leite materno exclusivo até os 6 meses de idade, oferece a quantidade de água que o bebê precisa.

A fórmula infantil também oferece os nutrientes necessários para o bebê e é indicada quando a mãe não consegue amamentar ou quando está realizando algum tratamento onde a amamentação não é indicada. O bebê que se alimenta de fórmula infantil deve ingerir 700 ml de água (distribuídos entre a água da fórmula infantil e água pura) ao longo do dia, para evitar prisão de ventre e sobrecarga dos rins. Veja a quantidade de água de acordo com a idade do bebê.

2. A partir dos 6 meses

A partir do 6 meses, acontece a introdução gradativa de alimentos na dieta do bebê que vão complementar o leite materno, ou a fórmula infantil. Nesta etapa o bebê deve fazer o total de 3 refeições por dia, sendo 1 papa de fruta no lanche da manhã e no lanche da tarde, e 1 papa principal no almoço ou no jantar. Entenda melhor como deve ser a alimentação do bebê aos 6 meses.

As frutas, vegetais, cereais e proteínas das papas devem ser oferecidos de forma separada no prato, para que o bebê conheça os diferentes sabores e texturas dos alimentos, e as papas devem ser preparadas como nos exemplos a seguir:

  • Papa de frutas: devem-se preferir as frutas frescas pois são fonte de vitaminas, fibras e minerais e devem ser raspadas ou amassadas, como banana, abacate, manga, laranja, pera e maçã;
  • Papa principal: esta papa deve ser preparada com 1 porção de cereais, como arroz e macarrão, ou tubérculos, como aipim e batata + 1 porção de vegetais, como abóbora, brócolis e cenoura + 1 porção de leguminosas, como feijão + 1 porção de proteína, como carne ou peixe. Deve ser amassada com garfo e pode ser temperada com ervas frescas, sem adição de sal.

É importante que o bebê coma os alimentos separadamente no prato, pois isso também facilita que os pais identifiquem se algum alimento causa alergia ou intolerância. 

Nesta fase, o principal alimento do bebê ainda é o leite materno, ou a fórmula infantil, que devem ser oferecidos com as papas de frutas e em outros horários ao longo do dia.

Ingestão de água: como o bebê começa a comer alguns alimentos, aumentando a ingestão de fibras, proteínas e sódio, também deve ingerir 700 ml de água por dia, distribuídos entre a água do leite materno ou fórmula infantil, a água usada em preparações, como sopas e ensopados, e água pura.

3. Dos 7 aos 8 meses

Dos 7 aos 8 meses, o bebê passa a comer mais uma papa principal por dia, sendo 1 papa principal no almoço e outra no jantar, além de 1 papa de frutas no lanche da manhã e da tarde. As papas devem ser preparadas com frutas e vegetais frescos, cereais ou tubérculos, proteína e leguminosas. Conheça melhor como deve ser a alimentação do bebê a partir dos 7 meses.

O leite materno, que deve ser oferecido de acordo com a vontade da criança, ou a fórmula infantil, seguindo a recomendação do pediatra, ainda são as principais refeições do bebê nesta idade e devem ser oferecidos com as papas de frutas e nas outras refeições do dia.

Ingestão de água: a necessidade de água aumenta um pouco a partir dos 7 meses, sendo recomendada a ingestão de 800ml por dia. É importante considerar a água do leite materno, ou a água utilizada da fórmula infantil, a água usada no preparo das sopas e ensopados e a água pura, que deve ser dada ao bebê ao longo do dia e em pequenas porções.

4. Dos 9 aos 11 meses

Dos 9 aos 11 meses o bebê mastiga melhor e pode começar a comer os alimentos picados e as carnes desfiadas. Nesta fase, o bebê continua a comer a papa principal no almoço e no jantar, e a papa de frutas frescas no lanches da manhã e da tarde, juntamente com o leite materno, ou a fórmula infantil. Veja algumas receitas de papinhas para bebês com 9 meses.

O leite materno ou fórmula infantil ainda são necessários para o bebê nesta fase, mas a comida passa a fornecer mais nutrientes e energia que o bebê precisa. Por isso, é importante prestar atenção aos sinais de fome, quando a criança fica alegre ou aponta para os alimentos, e saciedade, quando a criança come mais devagar, empurra o alimento ou demora para engolir, por exemplo.

Ingestão de água: dos 9 aos 11 meses, a ingestão de água recomendada se mantém em torno de 800 ml por dia, levando em conta a água do leite materno ou fórmula infantil, a água pura e a água usada em preparos como sopas e ensopados.

5. A partir dos 12 meses

A partir dos 12 meses começam a nascer alguns dentes no bebê e ele já consegue segurar a colher. Com isso, o bebê pode começar a comer as mesmas comidas do resto família, mas é importante que ainda tenha a supervisão dos pais ou responsáveis.

No café da manhã do bebê deve ser acrescentada mais uma porção de frutas. Com isso, ele passa a comer papa de frutas frescas no café da manhã, no lanche da manhã e da tarde junto com leite materno, ou leite de vaca, ou fórmula infantil, e as papas principais no almoço e no jantar.

Para os bebês a partir de 12 meses que não mamam no peito, o leite de vaca integral é recomendado por ser uma bebida rica em cálcio, um mineral importante para a formação dos ossos e dentes. Porém, o consumo excessivo de leite pode atrapalhar a absorção do ferro, um mineral importante para evitar anemia e, por isso, o bebê deve consumir o máximo de 600 ml dessa bebida por dia.

No entanto, em situações como intolerâncias e alergias, por exemplo, o leite de vaca não é indicado. Por isso, antes de oferecer esse tipo de leite para o bebê, é recomendado conversar com o pediatra.

Ingestão de água: é recomendado que se dê em torno de 1300 ml de água por dia a partir dos 12 meses, incluindo a água pura (que deve ser dada em copo ou xícara e entre as refeições), a água do leite materno, ou fórmula infantil, e a água usada em preparações como sopas.

O que o bebê não deve comer

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o bebê não deve comer alimentos industrializados, como chocolates, salsichas, sorvetes, biscoitos, sucos de caixinha ou em pó, refrigerantes ou molhos prontos. Além disso, também não é recomendado usar sal ou açúcar na preparação das refeições de crianças até os 2 anos de idade. Veja mais exemplos de alimentos que o bebê não pode comer até os 2 anos de idade.

Nesta fase, o paladar do bebê está em desenvolvimento e ele pode se acostumar com o excesso de gordura, o sabor doce ou salgado destes tipos de alimentos, contribuindo para um hábito alimentar ruim, que pode causar obesidade ou outros problemas de saúde ainda na infância.

Vantagens do leite materno

O leite materno é um alimento completo que tem todos os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê, além de ser de fácil digestão e fornecer anticorpos que fortalecem o sistema imunológico. Por esses motivos, o leite materno é recomendado exclusivamente até os 6 meses, podendo ser mantido até os 2 anos de idade ou mais, mesmo que a criança já faça todas as refeições. 

Além das vantagens para o bebê, a amamentação também traz benefícios para a mãe, como fortalecer a relação com o bebê, ajudar na perda de peso, diminuir o sangramento após o parto e prevenir câncer de mama, ovário e endométrio.

Quando usar fórmula infantil

O uso da fórmula infantil somente é indicada pelos pediatras quando a mãe não consegue amamentar ou quando a amamentação no peito é contra indicada, como no caso de doenças contagiosas ou uso de alguns medicamentos. 

Para alimentar o bebê com fórmula infantil, deve-se seguir as recomendações do pediatra sobre o tipo e quantidade de fórmula adequada para cada bebê. Também é importante lembrar que as crianças que usam fórmulas infantis precisam beber água, para evitar a prisão de ventre e sobrecarga dos rins.

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Fonte:https://www.tuasaude.com/alimentacao-do-bebe-dos-0-aos-12-meses/

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